sábado, 11 de fevereiro de 2017

Quem é a Descendência Que Guarda os Mandamentos de Deus?


Antes de falar a ultima parte do apocalipse 12 senti a necessidade de responder as perguntas que deixei no artigo anterior:
O Grande Sinal No Céu. Parte 2. Embora a resposta seja simples, ela envolve muitos elementos a ter em conta na hora de deixarmos a nossa resposta. As perguntas são:

Se Israel não engravidou de novo como é que existe sua descendência? Quem identificaríamos ser essa descendência?

Antes de identificarmos a descendência da mulher precisamos observar outro detalhe que o versículo 17 mostra:

  • ... os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus. (Apoc. 12:17)

Quem são esses que obedecem aos mandamentos de Deus?

Falar de Israel e os mandamentos de Deus são temas muito polêmicos entre os cristãos. É algo que divide os cristãos de todo o mundo. Uns creem que os mandamentos de Deus dados no Éden e lembrados no Sinai são irrevogáveis.

Já há outro grupo que creem que esses mandamentos foram cravados na cruz e que estamos sob a alçada de um novo mandamento dado por Cristo. Este grupo define-se assim: Eu não sou Israel e a lei dos 10 mandamentos foi dada a Israel.

Será isso verdade?

Reflita comigo: Se os mandamentos são para os Israelitas e Deus não rejeitou este povo, como é que Deus aboliria a Sua lei? Se Israel existe como povo eleito como é que o Deus imutável revogaria a sua lei? Como entender que Deus, por meio de Cristo, fará de Judeus e gentios um só povo (Ef. 2:14)? Será que Deus governará o único povo (Judeus e gentios) com duas leis? Haverá uma lei para Israel e outra para os gentios? Faço esta pergunta, porque se alega que temos (gentios) novo mandamento.

Provavelmente alguém diria: Artur, olha para Ef. 2:15 e Col. 2:14. Cristo aboliu a lei ou não?

Eu diria que sim, mas também não...

Vejamos o que realmente Paulo fala em Efésios, que é exatamente a mesma orientação que passou em Colossenses:

  • Aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos em forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, (Ef. 2:15)

Uma das palavras chaves que precisa ser analisada aqui é a palavra ordenanças. Descodificada esta palavra perceberemos muita coisa.

O que são ordenanças?

Ordenanças é uma decisão, uma lei, uma prescrição ou um mandado. É ainda uma norma jurídica que faz parte de um regulamento e que está subordinada a uma lei. São decisões emitidas por Deus ou por autoridades eclesiásticas ou civis.

Amigos, agora o importante aqui é descortinar quais as ordenanças que criaram separação entre o Judeu e o gentio, porque a classe eclesiástica de Israel tinha muitas ordenanças sobre os quais o povo era regido. Algumas dadas por Deus e outras emitidas pela própria corte eclesiástica (Sacerdotes). E, devemos ter um dado em consideração: Nem todas as ordenanças criaram essa separação entre Judeus e gentios.

Atentamos:

  • Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, naquele tempo estáveis sem Cristo... (Ef. 2:11,12)

É fácil verificar qual era o tema do discurso de Paulo: Inclusão dos gentios como sendo povo de Deus. Também é fácil verificar qual era a ordenança que separava o Judeu do gentio. Você sabe amigo?

Sim, irmãos, a circuncisão era uma lei divina que distinguia o povo eleito dos gentios. Era um ato de purificação do povo Judeu, mas com o tempo e por varias circunstancias lhe foi acrescentada varias outras ordenanças humanas para auxiliar o homem no seu cabal cumprimento. Só que ao invés do homem conseguir guardar melhor esta lei da circuncisão o que o clero sacerdotal conseguiu foi criar um fosso muito grande entre Judeus e gentios.

Cristo quando se encarnou, viu que o gentio era desprezado em todos os sentidos, por causa destas ordenanças criadas a partir da lei (circuncisão). Estas ordenanças eram tão exageradas que o Judeu quando visse um gentio na sua direção fugia para não passar próximo dele. Uma aproximação, mesmo sem contato físico, entre um Judeu e um gentio era tida como motivo de impureza (Atos 10:28). Era só um Judeu passar na sombra de um gentio para ser considerado impuro.

A menos que fosse o próprio gentio a renunciar sua posição e se juntar ao povo Judeu, cumprindo todas as ordenanças judaicas, estes não eram contados na salvação e por isso não mereciam receber o evangelho do reino (Leia Atos 10).

Toda interpretação não deve fugir do parâmetro (contexto) que o autor nos dá, sob pena de incorrermos por caminhos perigosos que possam destruir muitas almas. Paulo nos diz que as ordenanças que criaram inimizade entre Israel e gentios encontram-se na lei da circuncisão (ordenanças de circuncisão: não juntar-se ou aproximar-se de um gentio) e com isso um gentio estava à parte da herança que Cristo deixou para a sua igreja (Ef. 2:11,12).

Por outro lado, Cristo ordenou a abolição das ordenanças citadas por Paulo em Efésios? Provavelmente você diria que sim, mas minha resposta a essa pergunta é: Não.

Quando não olhamos cuidadosamente para os versos, perdemos de vista a verdadeira mensagem passada pelo autor. Os detalhes fazem toda a diferença e quando não percebemos isso, facilmente falhamos.

  • Aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos em forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, (Ef. 2:15)

O texto é muito claro em afirmar que Cristo de forma particular (pessoal) aboliu, na sua carne, as ordenanças, mas não diz que de forma geral tenha ordenado a abolição das mesmas. O texto não diz que Cristo orientou que tais ordenanças fossem abolidas por sua igreja. E para entendermos isso, precisamos ver por partes:

  • [Cristo] aboliu, na sua carne...

Amigos, Cristo aboliu aonde? Cristo aboliu na sua carne. Cristo aboliu na sua pessoa. Cristo aboliu no seu proceder. Ou seja, Cristo mesmo sendo Judeu escolheu não seguir as ordenanças que estavam em volta da circuncisão. Ordenanças essas que proibiam o Judeu de se juntar ou aproximar de um gentio.

Quantas vezes Cristo foi condenado por comer com publicanos e gentios (Luc. 5:29,30)? Quantas vezes foi condenado por entrar na casa dos incircuncisos (Luc. 19:5-7)? Quantas vezes foi condenado por manter contato físico com pecadores (Luc. 7:36-50)? Ou mesmo de cura-los (Mat. 9:1-8)?

Cristo decidiu abolir todas as ordenanças que o separavam como Judeu dos gentios e por causa disto chegou à salvação aos gentios (nós).

Contudo, foi por meio deste procedimento que Cristo orienta a Paulo, apostolo dos gentios, para assumir o ministério que Ele deixou. Ou seja, se nem Cristo ou Paulo abolissem essas ordenanças (circuncisão), nas suas carnes, não teríamos o evangelho entre nós e isto seria prejudicial para os gentios conforme Paulo afirma em Colossenses 2:14.

Agora olhando fora do contexto que Paulo nos transmite em Efésios 2:15. O que dizer da lei? Cristo aboliu a lei? Se dissesses que sim, diria que ainda não entendeste a diferença entre lei dos mandamentos em forma de ordenanças e simplesmente a lei. As ordenanças estão subordinadas a lei. São decisões que aparecem para auxiliar a compreensão da lei. Se a lei não existir não há ordenanças.

Esquece ainda as ordenanças. Olhe somente para a lei e responda estas perguntas:

·         Cristo teve outro deus diante de seu Deus e Pai?
·         Cristo se prostrou diante de uma imagem?
·         Cristo tomou o nome de seu Pai em vão?
·         Cristo deixou de observar o sábado (Luc. 4:16)?
·         Cristo deixou de honrar seu pai e sua mãe terrena?
·         Cristo matou?
·         Adulterou?
·         Furtou?
·         Disse falso testemunho?
·         Cristo cobiçou alguém ou algo do próximo?

Ou ainda: Cristo foi repudiado por não ter cumprido a purificação (circuncisão) segundo a lei (Luc. 2:21)? Cristo foi condenado por não ter festejado a páscoa (Luc. 2:41,42)? Cristo foi condenado por dar primazia aos gentios, em vez dos Judeus (Mat. 15:21-28)?

A resposta a estas perguntas é só uma: Nenhuma vez. Cristo, o único perfeito, não falhou no cumprimento da lei.

Por isso é que Cristo disse: Não vim para abolir a lei, mas para cumpri-la. Nada na lei se omitirá, até que os céus e a terra passem e tudo seja cumprido à risca (Mat. 5:17-19).

Talvez alguém pergunte: Então, como é que Ele foi criticado por causa do que fazia no dia de sábado?

Amigos, Cristo nunca foi condenado por não ter adorado a seu Deus no dia de sábado. (Luc. 4:16). Cristo foi, sim, condenado por causa das ordenanças que o clero sacerdotal incrementou dentro da lei do sábado. Foi condenado por abolir, na sua carne, as ordenanças subordinadas ao sábado. Ordenanças estas que proibiam o homem, no dia de sábado, de ajudar o próximo mesmo que este estivesse no leito da morte.

  • Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável, para uma refeição; eles o observavam. Havia ali um homem hidrópico. Jesus dirigiu-se aos doutores da lei e aos fariseus: É permitido ou não fazer curas no dia de sábado? (Luc. 14:1-3)

Cristo não perguntou sobre a santidade do sábado, ou se deve ou não deve ser guardado. Perguntou sobre as ordenanças que existiam dentro da lei do sábado. Ou seja, o que Cristo quis dizer com esta pergunta foi: Já sabemos que o sábado é santo e que não se deve fazer nenhuma obra, mas, então, e o homem? Deixo-o assim? Ou curo-lhe no dia do sábado?

As ordenanças evoluíram (foram crescendo) no tempo. Cresceram exponencialmente a partir do momento que Israel atravessou o exilio que os impérios opressores os submeteram. O medo de um novo exilio, por causa do pecado, levou os líderes religiosos a formularam mais ordenanças que iria protegê-los de jamais quebrar novamente as leis divinas. Tais ordenanças, nos dias de Jesus, tinha se tornado numa lista de 39 proibições só na área da agricultura: Veja conforme estão registradas no Mishnah:

Proibições de :

·         Semear
·         Arar
·         Colher
·         Agrupar feixes
·         Debulhar
·         Dispersar
·         Catar
·         Moer
·         Peneirar
·         Preparar massa
·         Assar
·         Tosquiar
·         Lavar a lã
·         Desembaraçar a lã
·         Tingir a lã
·         Fiar
·         Tecer
·         Dar dois nós
·         Tecer dois fios
·         Separar duas linhas
·         Atar
·         Desatar
·         Coser
·         Rasgar
·         Caçar
·         Abater
·         Raspar o couro
·         Curtir o couro
·         Alisar o couro
·         Demarcar o couro
·         Cortar
·         Escrever
·         Apagar
·         Construir
·         Demolir
·         Acender fogo
·         Apagar ou diminuir o fogo
·         Martelar
·         Transportar algo desde um ambiente particular a um público

Preste atenção na terceira proibição: Colher

  •  E aconteceu que, passando ele num sábado pelas searas, os seus discípulos, caminhando, começaram a colher espigas. E os fariseus lhe disseram: Vês? Por que fazem no sábado o que não é lícito? Mas ele disse-lhes: Nunca lestes o que fez Davi, quando estava em necessidade e teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, no tempo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu os pães da proposição, dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, dando também aos que com ele estavam? E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor. (Marc. 2:23-28)

Segundo os fariseus qual foi o pecado deles? Colheram espigas no dia de sábado para comer.

Será que algumas ordenanças feriam a lei do sábado? Não. Mas o homem é maior que as ordenanças. Pois o sábado foi feito para o homem (seja ele Judeu ou gentio) se servir dele e não o contrario.

Cristo procurou ser o modelo de todos, tanto o Judeu como o gentio. Nada fez que comprometesse o seu estado de homem sem pecado uma vez que, pecado é a transgressão da lei (1Jo. 3:4).

Voltando ao texto de Efésios 2:15 devo lembrar-lhes que Cristo mesmo tendo abolido, na sua carne, (no seu proceder) as ordenanças (ordenanças da circuncisão) não orientou que sua igreja também abolisse as mesmas. Veja:

Como sabemos, exceto Pedro que renunciou (aboliu), uma única vez, estas ordenanças (circuncisão), na sua carne, (Atos 10) João, Tiago e outros discípulos nunca deixaram estas ordenanças e nem por isso Cristo condenou a sua igreja por fazer conforme fez. Alias, foi até uma provisão divina que os discípulos assim se procedessem.

  • E quando aqueles que me pareciam ser de maior influência [quais tenham sido, outrora, não me interessa; Deus não aceita a aparência do homem], esses, digo, que me pareciam ser alguma coisa nada me acrescentaram; antes pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da circuncisão [pois aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão também operou eficazmente em mim para com os gentios] e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, que eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que nós fôssemos para os gentios, e eles, para a circuncisão. (Gal. 2:6-9)

O que isto quer dizer? Quer dizer que até as ordenanças da circuncisão, Cristo não orienta a sua abolição, como se tratasse de uma ordem dada à igreja. Não. Foi pessoal como Pedro (uma única vez) e Paulo fizeram.

Por outro lado, espanta-me como é que um gentio renuncia o que ele não pode renunciar, mas também renuncia aquilo que o liga a herança de Cristo. O abolir as ordenanças Judaicas, na nossa carne, não nos compete a nós gentios, porque estas ordenanças não foram dadas a nós. Nós gentios não temos nenhuma decisão dada por homens, que nos diz que devemos nos separar de um Israelita. Logo, nós não abolimos, na nossa carne, ordenanças nenhuma. Só um Israelita é que pode abolir, na sua carne, essas ordenanças e preferir se afastar de um gentio.

Ainda assim, alguém poderia perguntar: Artur, tudo bem. As ordenanças só podem ser abolidas pelos Judeus, mas os mandamentos que João fala em Apocalipse 12:17 não são os dois mandamentos do novo pacto (Mat. 22:37-40)?

A cristandade olha para o contexto das palavras de Cristo (Mat. 22:37-40) como palavras equidistante da de seu Pai. Só que esquecem que Cristo nada fez que não fosse anteriormente prescrito por seu Pai (Jo. 5:19).

Para entendermos melhor se existe ou não um novo mandamento, primeiro se deve entender quem é a descendência da mulher (Israel).

Uma vez que a mulher é claramente Israel, pois foi ela quem gerou (nasceu) o Salvador, o Filho varão que há de reger as nações. Foi Israel e só Israel na terra é que simboliza a esposa de Deus (Ez. 16:8; Is 54:5). Logo, Cristo é o simbólico Filho da esposa de Deus, a saber: Israel.

Embora o capítulo retrate que Cristo tenha subido ao céu logo após o seu nascimento, nós sabemos que Ele viveu entre nós. E durante o seu ministério, Cristo formou, criou (gerou) aqueles que passaram a pertencer a sua família. Então, todo aquele que segue Cristo é descendente de Cristo (Heb. 2:10), que por sua vez é descendente de Israel.

Assim, os descendentes de Israel são Cristo e todos aqueles que seguem a Cristo.

Com base nesta conclusão, acho que a mesma deveria chamar-nos atenção naquilo que cremos: "Eu não sou Israel". Existe herança fora de Israel? A bíblia diz que não.

  • Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas, e que naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. (Ef. 2:11,12)

Olha o que Paulo declara àqueles que ainda não haviam recebido o evangelho do reino:

Primeiro: Estão sem Cristo
Segundo: Separados da comunidade de Israel
Terceiro: Estranhos à aliança (herança)
Quarto: Sem esperança
Quinto: Sem Deus

Como é que tendo recebido o evangelho do reino ainda te consideras fora da comunidade de Israel e estranho a herança?

A sequência que Paulo faz não é inocente. Isto quer dizer que para o gentio chegar ate Deus precisa de Cristo. Mas antes deste (gentio) estar na presença de Deus deve ser incluso no grupo daqueles (Israel) com os quais Deus fez a aliança (Leia: "Mistério de Deus" para entender quando é que os gentios serão inclusos).

Obs: O novo grupo composto por Judeus e gentios não terá nova denominação. Continuará a ser chamada de comunidade de Israel. Logo, isto quer dizer que, é você que é incluso nesta comunidade e não o contrario.

Só depois de serem inclusos na comunidade de Israel é que os gentios passarão a fazer parte da herança. A esperança renascerá e estarão diante da presença de Deus por toda a eternidade (será todo o Israel que participará nas bodas do Cordeiro).

E Cristo? Cristo aboliu a lei na cruz? Não. Nunca o fez. Nem a sua citação sobre o "novo mandamento" (Mat. 22:37-40) contrariou a lei dada no Sinai. Mas todo aquele que acha que Cristo trouxe nova orientação de seu Pai e que a lei do Sinai foi cravada na cruz, deveria estar atento ao espaço temporal que Cristo promulgou (decretou) o "novo mandamento".

Responda-me: Se a lei do Sinai foi cravada na cruz, então, por que Cristo orientou que seus discípulos observassem o "novo mandamento" antes da sua morte? Por que Cristo não esperou a sua morte e ressurreição para ensinar-lhes o famoso novo mandamento?

Sabem por quê? Porque não era novo. Era bem mais velho que todos os discípulos de Cristo.

  •  Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas ame cada um o seu próximo como a si mesmo. Eu sou o Senhor. (Lev. 19:18)
  • Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. (Deut. 6:4,5)

O Antigo Testamento defende claramente o amor a Deus e o amor aos homens que procede do amor a Deus. Sem este amor, a Lei não existiria. Na verdade a extensão da lei de Deus em 10 mandamentos é só uma interpretação Divina para melhor explicar ao homem como devemos ama-Lo.

Amigos, faço este pronunciamento todo sobre a lei dos mandamentos, para dizer que, por mais que a descendência de Israel seja todo aquele que é seguidor de Cristo, nos últimos dias, aqueles que serão identificados, pelo céu, como a igreja de Cristo estarão testemunhando diante da besta não só com base no testemunho de Cristo, mas também guardarão os mandamentos de Deus.

Não penseis que este grupo se trata de uma instituição (a placa da tua igreja) que guarda os mandamentos, pois como já disse no artigo anterior: "O Grande Sinal No Céu. Parte 2", o Dragão ainda não caiu a terra em perseguição a mulher (Israel) e cristãos.

Como é que podemos mostrar este amor? Paulo deixou um conselho aos gentios de Roma usando a mesma interpretação de Deus no Sinai:

  •  Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei. Pois estes mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: Ame o seu próximo como a si mesmo. (Rom. 13:8,9)

Ao falar sobre o amor ao próximo, Paulo exorta sobre a dívida que devemos ao próximo. Esta deve ser somente o amor. Paulo relembrou a orientação de Deus no Sinai, para dizer que o cumprimento dos seis últimos mandamentos não foram revogados. Embora só apareçam quatro mandamentos, Paulo deixou ainda em aberto a possibilidade de haver mais mandamentos que não tenha pronunciado: "e, se há qualquer outro mandamento". Estes mandamentos não foram revogados na cruz, pelo contrario, eles se resumem neste preceito: "Ame o seu próximo como a si mesmo".

Sei que nada sou. Mas também gostaria de deixar o meu conselho aos descendentes de Israel "parafraseando" o conselho que Paulo deixou a igreja de Roma. Contudo, se juntasses o conselho que Paulo deu a igreja de Roma com o meu conselho entrarias na perfeição do entendimento sobre Deus:

  • Não devam nada a Deus (Ecl. 5:4,5), a não ser o amor que possamos demonstrar guardando as suas palavras (Jo. 14:23,24), pois aquele que ama a Deus tem cumprido a lei (1Jo. 5:2,3). Pois estes mandamentos: Não terás outros deuses diante de Mim, não farás para ti imagem de escultura, não tomaras o nome do SENHOR teu Deus em vão, e, se há qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento".



"Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras"
Share:

0 comentários:

Enviar um comentário

Translate

CATEGORIAS

Seguidores