Antes
de falar a ultima parte do apocalipse 12 senti a necessidade de responder as
perguntas que deixei no artigo anterior:
O Grande Sinal No Céu. Parte 2. Embora a
resposta seja simples, ela envolve muitos elementos a ter em conta na hora de
deixarmos a nossa resposta. As perguntas são:
Se
Israel não engravidou de novo como é que existe sua descendência? Quem
identificaríamos ser essa descendência?
Antes de identificarmos a
descendência da mulher precisamos observar outro detalhe que o versículo 17 mostra:
- ... os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus. (Apoc. 12:17)
Quem
são esses que obedecem aos mandamentos de Deus?
Falar
de Israel e os mandamentos de Deus são temas muito polêmicos entre os cristãos.
É algo que divide os cristãos de todo o mundo. Uns creem que os mandamentos de
Deus dados no Éden e lembrados no Sinai são irrevogáveis.
Já
há outro grupo que creem que esses mandamentos foram cravados na cruz e que
estamos sob a alçada de um novo mandamento dado por Cristo. Este grupo
define-se assim: Eu não sou Israel e a lei dos 10 mandamentos foi dada a
Israel.
Será
isso verdade?
Reflita
comigo: Se os mandamentos são para os Israelitas e Deus não rejeitou este povo,
como é que Deus aboliria a Sua lei? Se Israel existe como povo eleito como é
que o Deus imutável revogaria a sua lei? Como entender que Deus, por meio de
Cristo, fará de Judeus e gentios um só povo (Ef. 2:14)? Será que Deus governará
o único povo (Judeus e gentios) com duas leis? Haverá uma lei para Israel e
outra para os gentios? Faço esta pergunta, porque se alega que temos (gentios) novo
mandamento.
Provavelmente
alguém diria: Artur, olha para Ef. 2:15 e Col. 2:14. Cristo aboliu a lei ou
não?
Eu
diria que sim, mas também não...
Vejamos
o que realmente Paulo fala em Efésios, que é exatamente a mesma orientação que
passou em Colossenses:
- Aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos em forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, (Ef. 2:15)
Uma
das palavras chaves que precisa ser analisada aqui é a palavra ordenanças. Descodificada
esta palavra perceberemos muita coisa.
O
que são ordenanças?
Ordenanças é uma decisão, uma lei, uma
prescrição ou um mandado. É ainda uma norma jurídica que faz parte de um
regulamento e que está subordinada a uma lei. São decisões emitidas por Deus ou
por autoridades eclesiásticas ou civis.
Amigos,
agora o importante aqui é descortinar quais as ordenanças que criaram separação
entre o Judeu e o gentio, porque a classe eclesiástica de Israel tinha muitas
ordenanças sobre os quais o povo era regido. Algumas dadas por Deus e outras
emitidas pela própria corte eclesiástica (Sacerdotes). E, devemos ter um dado
em consideração: Nem todas as ordenanças criaram essa separação entre Judeus e
gentios.
Atentamos:
- Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, naquele tempo estáveis sem Cristo... (Ef. 2:11,12)
É
fácil verificar qual era o tema do discurso de Paulo: Inclusão dos gentios como
sendo povo de Deus. Também é fácil verificar qual era a ordenança que separava
o Judeu do gentio. Você sabe amigo?
Sim,
irmãos, a circuncisão era uma lei divina que distinguia o povo eleito dos
gentios. Era um ato de purificação do povo Judeu, mas com o tempo e por varias
circunstancias lhe foi acrescentada varias outras ordenanças humanas para
auxiliar o homem no seu cabal cumprimento. Só que ao invés do homem conseguir
guardar melhor esta lei da circuncisão o que o clero sacerdotal conseguiu foi
criar um fosso muito grande entre Judeus e gentios.
Cristo
quando se encarnou, viu que o gentio era desprezado em todos os sentidos, por
causa destas ordenanças criadas a partir da lei (circuncisão). Estas ordenanças
eram tão exageradas que o Judeu quando visse um gentio na sua direção fugia
para não passar próximo dele. Uma aproximação, mesmo sem contato físico, entre
um Judeu e um gentio era tida como motivo de impureza (Atos 10:28). Era só um
Judeu passar na sombra de um gentio para ser considerado impuro.
A
menos que fosse o próprio gentio a renunciar sua posição e se juntar ao povo
Judeu, cumprindo todas as ordenanças judaicas, estes não eram contados na
salvação e por isso não mereciam receber o evangelho do reino (Leia Atos 10).
Toda
interpretação não deve fugir do parâmetro (contexto) que o autor nos dá, sob
pena de incorrermos por caminhos perigosos que possam destruir muitas almas. Paulo
nos diz que as ordenanças que criaram inimizade entre Israel e gentios encontram-se
na lei da circuncisão (ordenanças de circuncisão: não juntar-se ou aproximar-se
de um gentio) e com isso um gentio estava à parte da herança que Cristo deixou
para a sua igreja (Ef. 2:11,12).
Por
outro lado, Cristo ordenou a abolição das ordenanças citadas por Paulo em
Efésios? Provavelmente você diria que sim, mas minha resposta a essa pergunta é:
Não.
Quando
não olhamos cuidadosamente para os versos, perdemos de vista a verdadeira
mensagem passada pelo autor. Os detalhes fazem toda a diferença e quando não
percebemos isso, facilmente falhamos.
- Aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos em forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, (Ef. 2:15)
O
texto é muito claro em afirmar que Cristo de forma particular (pessoal) aboliu,
na sua carne, as ordenanças, mas não diz que de forma geral tenha ordenado a
abolição das mesmas. O texto não diz que Cristo orientou que tais ordenanças fossem
abolidas por sua igreja. E para entendermos isso, precisamos ver por partes:
- [Cristo] aboliu, na sua carne...
Amigos,
Cristo aboliu aonde? Cristo aboliu na sua carne. Cristo aboliu na sua pessoa.
Cristo aboliu no seu proceder. Ou seja, Cristo mesmo sendo Judeu escolheu não
seguir as ordenanças que estavam em volta da circuncisão. Ordenanças essas que
proibiam o Judeu de se juntar ou aproximar de um gentio.
Quantas
vezes Cristo foi condenado por comer com publicanos e gentios (Luc. 5:29,30)?
Quantas vezes foi condenado por entrar na casa dos incircuncisos (Luc. 19:5-7)?
Quantas vezes foi condenado por manter contato físico com pecadores (Luc.
7:36-50)? Ou mesmo de cura-los (Mat. 9:1-8)?
Cristo
decidiu abolir todas as ordenanças que o separavam como Judeu dos gentios e por
causa disto chegou à salvação aos gentios (nós).
Contudo,
foi por meio deste procedimento que Cristo orienta a Paulo, apostolo dos
gentios, para assumir o ministério que Ele deixou. Ou seja, se nem Cristo ou
Paulo abolissem essas ordenanças (circuncisão), nas suas
carnes, não teríamos o evangelho entre nós e isto seria prejudicial para
os gentios conforme Paulo afirma em Colossenses 2:14.
Agora
olhando fora do contexto que Paulo nos transmite em Efésios 2:15. O que dizer
da lei? Cristo aboliu a lei? Se dissesses que sim, diria que ainda não entendeste
a diferença entre lei dos mandamentos em forma de ordenanças e simplesmente a
lei. As ordenanças estão subordinadas a lei. São decisões que aparecem para
auxiliar a compreensão da lei. Se a lei não existir não há ordenanças.
Esquece
ainda as ordenanças. Olhe somente para a lei e responda estas perguntas:
·
Cristo teve outro
deus diante de seu Deus e Pai?
·
Cristo se prostrou
diante de uma imagem?
·
Cristo tomou o nome
de seu Pai em vão?
·
Cristo deixou de
observar o sábado (Luc. 4:16)?
·
Cristo deixou de
honrar seu pai e sua mãe terrena?
·
Cristo matou?
·
Adulterou?
·
Furtou?
·
Disse falso
testemunho?
·
Cristo cobiçou
alguém ou algo do próximo?
Ou
ainda: Cristo foi repudiado por não ter cumprido a purificação (circuncisão) segundo
a lei (Luc. 2:21)? Cristo foi condenado por não ter festejado a páscoa (Luc.
2:41,42)? Cristo foi condenado por dar primazia aos gentios, em vez dos Judeus
(Mat. 15:21-28)?
A
resposta a estas perguntas é só uma: Nenhuma vez. Cristo, o único perfeito, não
falhou no cumprimento da lei.
Por
isso é que Cristo disse: Não vim para abolir a lei, mas para cumpri-la. Nada na
lei se omitirá, até que os céus e a terra passem e tudo seja cumprido à risca
(Mat. 5:17-19).
Talvez
alguém pergunte: Então, como é que Ele foi criticado por causa do que fazia no
dia de sábado?
Amigos,
Cristo nunca foi condenado por não ter adorado a seu Deus no dia de sábado. (Luc.
4:16). Cristo foi, sim, condenado por causa das ordenanças que o clero
sacerdotal incrementou dentro da lei do sábado. Foi condenado por abolir, na
sua carne, as ordenanças subordinadas ao sábado. Ordenanças estas que proibiam
o homem, no dia de sábado, de ajudar o próximo mesmo que este estivesse no
leito da morte.
- Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável, para uma refeição; eles o observavam. Havia ali um homem hidrópico. Jesus dirigiu-se aos doutores da lei e aos fariseus: É permitido ou não fazer curas no dia de sábado? (Luc. 14:1-3)
Cristo
não perguntou sobre a santidade do sábado, ou se deve ou não deve ser guardado.
Perguntou sobre as ordenanças que existiam dentro da lei do sábado. Ou seja, o
que Cristo quis dizer com esta pergunta foi: Já sabemos que o sábado é santo e que
não se deve fazer nenhuma obra, mas, então, e o homem? Deixo-o assim? Ou
curo-lhe no dia do sábado?
As
ordenanças evoluíram (foram crescendo) no tempo. Cresceram exponencialmente a
partir do momento que Israel atravessou o exilio que os impérios opressores os submeteram.
O medo de um novo exilio, por causa do pecado, levou os líderes religiosos a formularam
mais ordenanças que iria protegê-los de jamais quebrar novamente as leis
divinas. Tais ordenanças, nos dias de Jesus, tinha se tornado numa lista de 39
proibições só na área da agricultura: Veja conforme estão registradas no
Mishnah:
Proibições
de :
·
Semear
·
Arar
·
Colher
·
Agrupar feixes
·
Debulhar
·
Dispersar
·
Catar
·
Moer
·
Peneirar
·
Preparar massa
·
Assar
·
Tosquiar
·
Lavar a lã
·
Desembaraçar a lã
·
Tingir a lã
·
Fiar
·
Tecer
·
Dar dois nós
·
Tecer dois fios
·
Separar duas linhas
·
Atar
·
Desatar
·
Coser
·
Rasgar
·
Caçar
·
Abater
·
Raspar o couro
·
Curtir o couro
·
Alisar o couro
·
Demarcar o couro
·
Cortar
·
Escrever
·
Apagar
·
Construir
·
Demolir
·
Acender fogo
·
Apagar ou diminuir
o fogo
·
Martelar
·
Transportar algo
desde um ambiente particular a um público
Preste
atenção na terceira proibição: Colher
- E aconteceu que, passando ele num sábado pelas searas, os seus discípulos, caminhando, começaram a colher espigas. E os fariseus lhe disseram: Vês? Por que fazem no sábado o que não é lícito? Mas ele disse-lhes: Nunca lestes o que fez Davi, quando estava em necessidade e teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, no tempo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu os pães da proposição, dos quais não era lícito comer senão aos sacerdotes, dando também aos que com ele estavam? E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor. (Marc. 2:23-28)
Segundo
os fariseus qual foi o pecado deles? Colheram espigas no dia de sábado para
comer.
Será
que algumas ordenanças feriam a lei do sábado? Não. Mas o homem é maior que as
ordenanças. Pois o sábado foi feito para o homem (seja ele Judeu ou gentio) se
servir dele e não o contrario.
Cristo
procurou ser o modelo de todos, tanto o Judeu como o gentio. Nada fez que
comprometesse o seu estado de homem sem pecado uma vez que, pecado é a
transgressão da lei (1Jo. 3:4).
Voltando
ao texto de Efésios 2:15 devo lembrar-lhes que Cristo mesmo tendo abolido, na sua carne, (no seu proceder) as ordenanças (ordenanças
da circuncisão) não orientou que sua igreja também abolisse as mesmas. Veja:
Como
sabemos, exceto Pedro que renunciou (aboliu), uma única vez, estas ordenanças
(circuncisão), na sua carne, (Atos 10) João, Tiago e outros discípulos nunca
deixaram estas ordenanças e nem por isso Cristo condenou a sua igreja por fazer
conforme fez. Alias, foi até uma provisão divina que os discípulos assim se
procedessem.
- E quando aqueles que me pareciam ser de maior influência [quais tenham sido, outrora, não me interessa; Deus não aceita a aparência do homem], esses, digo, que me pareciam ser alguma coisa nada me acrescentaram; antes pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da circuncisão [pois aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão também operou eficazmente em mim para com os gentios] e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, que eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que nós fôssemos para os gentios, e eles, para a circuncisão. (Gal. 2:6-9)
O
que isto quer dizer? Quer dizer que até as ordenanças da circuncisão, Cristo
não orienta a sua abolição, como se tratasse de uma ordem dada à igreja. Não.
Foi pessoal como Pedro (uma única vez) e Paulo fizeram.
Por
outro lado, espanta-me como é que um gentio renuncia o que ele não pode
renunciar, mas também renuncia aquilo que o liga a herança de Cristo. O abolir
as ordenanças Judaicas, na nossa carne, não nos compete a nós gentios, porque estas
ordenanças não foram dadas a nós. Nós gentios não temos nenhuma decisão dada
por homens, que nos diz que devemos nos separar de um Israelita. Logo, nós não
abolimos, na nossa carne, ordenanças nenhuma. Só um Israelita é que pode
abolir, na sua carne, essas ordenanças e preferir se afastar de um gentio.
Ainda
assim, alguém poderia perguntar: Artur, tudo bem. As ordenanças só podem ser
abolidas pelos Judeus, mas os mandamentos que João fala em Apocalipse 12:17 não
são os dois mandamentos do novo pacto (Mat. 22:37-40)?
A
cristandade olha para o contexto das palavras de Cristo (Mat. 22:37-40) como
palavras equidistante da de seu Pai. Só que esquecem que Cristo nada fez que
não fosse anteriormente prescrito por seu Pai (Jo. 5:19).
Para
entendermos melhor se existe ou não um novo mandamento, primeiro se deve
entender quem é a descendência da mulher (Israel).
Uma
vez que a mulher é claramente Israel, pois foi ela quem gerou (nasceu) o
Salvador, o Filho varão que há de reger as nações. Foi Israel e só Israel na
terra é que simboliza a esposa de Deus (Ez. 16:8; Is 54:5). Logo, Cristo é o simbólico
Filho da esposa de Deus, a saber: Israel.
Embora
o capítulo retrate que Cristo tenha subido ao céu logo após o seu nascimento,
nós sabemos que Ele viveu entre nós. E durante o seu ministério, Cristo formou,
criou (gerou) aqueles que passaram a pertencer a sua família. Então, todo
aquele que segue Cristo é descendente de Cristo (Heb. 2:10), que por sua vez é
descendente de Israel.
Assim,
os descendentes de Israel são Cristo e todos aqueles que seguem a Cristo.
Com
base nesta conclusão, acho que a mesma deveria chamar-nos atenção naquilo que cremos:
"Eu não sou Israel". Existe herança fora de Israel? A bíblia diz que
não.
- Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas, e que naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. (Ef. 2:11,12)
Olha
o que Paulo declara àqueles que ainda não haviam recebido o evangelho do reino:
Primeiro:
Estão sem Cristo
Segundo:
Separados da comunidade de Israel
Terceiro:
Estranhos à aliança (herança)
Quarto:
Sem esperança
Quinto:
Sem Deus
Como
é que tendo recebido o evangelho do reino ainda te consideras fora da
comunidade de Israel e estranho a herança?
A
sequência que Paulo faz não é inocente. Isto quer dizer que para o gentio
chegar ate Deus precisa de Cristo. Mas antes deste (gentio) estar na presença
de Deus deve ser incluso no grupo daqueles (Israel) com os quais Deus fez a
aliança (Leia: "Mistério de Deus" para entender quando é que os
gentios serão inclusos).
Obs:
O novo grupo composto por Judeus e gentios não terá nova denominação.
Continuará a ser chamada de comunidade de Israel. Logo, isto quer dizer que, é você
que é incluso nesta comunidade e não o contrario.
Só
depois de serem inclusos na comunidade de Israel é que os gentios passarão a
fazer parte da herança. A esperança renascerá e estarão diante da presença de
Deus por toda a eternidade (será todo o Israel que participará nas bodas do
Cordeiro).
E
Cristo? Cristo aboliu a lei na cruz? Não.
Nunca o fez. Nem a sua citação sobre o "novo mandamento" (Mat.
22:37-40) contrariou a lei dada no Sinai. Mas todo aquele que acha que Cristo trouxe
nova orientação de seu Pai e que a lei do Sinai foi cravada na cruz, deveria
estar atento ao espaço temporal que Cristo promulgou (decretou) o "novo
mandamento".
Responda-me:
Se a lei do Sinai foi cravada na cruz, então, por que Cristo orientou que seus
discípulos observassem o "novo mandamento" antes da sua morte? Por
que Cristo não esperou a sua morte e ressurreição para ensinar-lhes o famoso
novo mandamento?
Sabem
por quê? Porque não era novo. Era bem mais velho que todos os discípulos de
Cristo.
- Não procurem vingança, nem guardem rancor contra alguém do seu povo, mas ame cada um o seu próximo como a si mesmo. Eu sou o Senhor. (Lev. 19:18)
- Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. (Deut. 6:4,5)
O
Antigo Testamento defende claramente o amor a Deus e o amor aos homens que
procede do amor a Deus. Sem este amor, a Lei não existiria. Na verdade a
extensão da lei de Deus em 10 mandamentos é só uma interpretação Divina para
melhor explicar ao homem como devemos ama-Lo.
Amigos,
faço este pronunciamento todo sobre a lei dos mandamentos, para dizer que, por
mais que a descendência de Israel seja todo aquele que é seguidor de Cristo,
nos últimos dias, aqueles que serão identificados, pelo céu, como a igreja de
Cristo estarão testemunhando diante da besta não só com base no testemunho de
Cristo, mas também guardarão os mandamentos de Deus.
Não
penseis que este grupo se trata de uma instituição (a placa da tua igreja) que
guarda os mandamentos, pois como já disse no artigo anterior: "O Grande Sinal No Céu. Parte 2", o Dragão ainda não caiu a terra em perseguição a
mulher (Israel) e cristãos.
Como
é que podemos mostrar este amor? Paulo deixou um conselho aos gentios de Roma
usando a mesma interpretação de Deus no Sinai:
- Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei. Pois estes mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: Ame o seu próximo como a si mesmo. (Rom. 13:8,9)
Ao
falar sobre o amor ao próximo, Paulo exorta sobre a dívida que devemos ao
próximo. Esta deve ser somente o amor. Paulo relembrou a orientação de Deus no
Sinai, para dizer que o cumprimento dos seis últimos mandamentos não foram
revogados. Embora só apareçam quatro mandamentos, Paulo deixou ainda em aberto a
possibilidade de haver mais mandamentos que não tenha pronunciado: "e,
se há qualquer outro mandamento". Estes mandamentos não foram
revogados na cruz, pelo contrario, eles se resumem neste preceito: "Ame
o seu próximo como a si mesmo".
Sei
que nada sou. Mas também gostaria de deixar o meu conselho aos descendentes de
Israel "parafraseando" o conselho que Paulo deixou a igreja de Roma.
Contudo, se juntasses o conselho que Paulo deu a igreja de Roma com o meu conselho
entrarias na perfeição do entendimento sobre Deus:
- Não devam nada a Deus (Ecl. 5:4,5), a não ser o amor que possamos demonstrar guardando as suas palavras (Jo. 14:23,24), pois aquele que ama a Deus tem cumprido a lei (1Jo. 5:2,3). Pois estes mandamentos: Não terás outros deuses diante de Mim, não farás para ti imagem de escultura, não tomaras o nome do SENHOR teu Deus em vão, e, se há qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento".
"Consolai-vos, pois, uns aos
outros com estas palavras"
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