Vingança consiste na retaliação contra uma pessoa ou grupo em
resposta a algo que foi percebido ou sentido como prejudicial. Embora muitos
aspectos da vingança possam lembrar o conceito de igualar as coisas, na verdade
a vingança em geral tem um objetivo mais destrutivo do que construtivo. Quem
busca vingança deseja forçar o outro lado a passar pelo que passou e/ou
garantir que não seja capaz de repetir a ação nunca mais.
Embora
o foco principal dos estudantes de escatologia seja a segunda parte do capítulo
19 de apocalipse, a primeira parte deste capítulo retrata alegria no céu. A
palavra de Deus na primeira parte do capitulo 19 testifica que o céu entrará em
júbilo. Não será júbilo por um acontecimento celestial, mas por causa de um
acontecimento terreno. O texto sagrado diz ainda que a euforia no céu se dará,
porque a grande prostituta será queimada por meio da besta e seus aliados.
Isto
não é novidade, pois foram varias às vezes que Deus usou os reis pagãos como
meio de seus intentos contra Israel ou outras nações. Rei Ciro, Tiro,
Nabucodonosor entre outros são exemplo da soberania de Deus. Por mais que as
vontades desses reis fossem soberanas em seus reinos, algumas delas estavam
submetidas na vontade do Soberano do universo.
Com
a besta e seus aliados não se fugirá da regra. Então, entende-se que a vontade
da besta em destruir Babilônia é, porque foi Deus quem colocou seus Intentos na
mente da besta, para que ela cumprisse a vontade Soberana do Rei do universo.
Uma
vez que a cidade que embriaga os reis da terra estiver queimada. Uma vez que a
prostituta da terra, que com as suas doutrinas mata os santos e as testemunhas
de Cristo, por andarem na contramão da Babilônia, estiver destruída, o céu
rejubilará de alegria.
- E, depois destas coisas ouvi no céu uma grande voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia! A salvação, e a glória, e a honra, e o poder pertencem ao Senhor nosso Deus; Porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua fornicação, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos. E outra vez disseram: Aleluia! E a fumaça dela sobe para todo o sempre. (Apoc. 19:1-3)
A
alegria no céu não se dará só porque a corrupção que ela (prostituta)
implementara no mundo terá o seu fim, mas também porque se fará justiça.
Justiça por muitos filhos e filhas de Deus que derramaram sangue na obra do Mestre.
- E os vinte e quatro anciãos, e os quatro animais, prostraram-se e adoraram a Deus, que estava assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia! E saiu uma voz do trono, que dizia: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, assim pequenos como grandes. E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus. (Apoc. 19:4-9)
O
céu se alegra porque o reino de Deus está às portas. O tempo de o Messias
aparecer entre os homens é muito pouco e dar início do reino de Deus.
Mas,
queridos, dentro desta visão de João tem outra profecia. A voz que João ouve
profetizando o reinado de Deus e as bodas do Cordeiro não se trata de uma
profecia a se cumprir de imediato na volta do Messias.
Como
já vimos no estudo sobre as trombetas, o reinado de Deus é aquele em que é Ele
que ocupa o lugar de Rei dos reis e Senhor dos senhores. Isto ocorrerá no toque
da sétima trombeta, quando o Pai Eterno descer a esta terra e julgar toda a
humanidade (Apoc. 20).
E
o capitulo 21 de Apocalipse dá cobertura neste posicionamento, pois as bodas do
Cordeiro só serão realizadas na presença física, na terra, tanto da noiva
(cidade santa) como de seu Pai. E, tudo isto, depois do milênio.
Após
ser alertado para não adorar aquele que lhe dava as visões (Apoc. 19:10), a
João lhe foi mostrado o que aconteceria depois da queda da Babilônia:
- E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de veste tingida em sangue; e o nome pelo qual se chama é A Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores. (Apoc. 19:11-16)
Após
a destruição da prostituta. Após o júbilo no céu, João vê Cristo montado sobre
um cavalo com vestimenta nobre (Rei dos reis e Senhor dos senhores). E seguiram-no
os exércitos do céu, montados sobre cavalos brancos, tudo para se cumprir o dia
do Senhor (o dia da vingança).
Na
apresentação da pessoa de Cristo, João pronuncia ainda que o Messias regerá as
nações com Vara de Ferro e irá de pisar o lagar do vinho do furor e da ira de
Deus, fazendo alusão ao que iria explicar nos versos subsequentes.
Tal
como a maioria dos estudos que retratam o capítulo 19, esse estudo vai girar em
volta do que é descrito a partir do versículo 11 e das importantes informações
que João descreve no verso 15. O que é? Onde? Serão as perguntas que nortearão
este estudo, para melhor percebermos a mensagem profética do Senhor.
Observando
mais atentamente o verso 15, eis que surge duas inquietações: O que é o lagar
do vinho do furor e da ira de Deus? Onde está localizado o lagar que Cristo há
de pisar?
Devemos
começar esta abordagem definindo primeiro a palavra Lagar.
Lagar
é o local onde se pisam frutos para separar sua parte líquida da massa sólida,
como as azeitonas para fazer azeite ou as uvas para elaborar vinho.
Então,
entende-se que lagar do vinho do furor e da ira de Deus é o local onde Deus há
de "esmagar" os ímpios que se revoltarão contra a sua cidade e seu
povo Israel.
Como
sabemos Deus há de vindimar a terra:
- E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras. E o anjo lançou a sua foice a terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as no grande lagar da ira de Deus. (Apoc. 14:18,19)
- ... e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. (Apoc. 19:15)
Quando
tudo estiver decidido entre os adoradores da besta e sua imagem e os adoradores
do Único Deus Verdadeiro. Quando tudo estiver amadurecido na decisão entre a
vida e a morte, Deus vindimará as uvas da ira e o Messias virá para pisá-las,
apaziguando assim a ira de Deus.
Contudo,
é necessário que se perceba exatamente a segunda pergunta do nosso questionário:
Onde está localizado o lagar que Cristo há de pisar?
É
aqui que existe equivoco da parte daqueles (cristão antissionistas; alguns por
ignorância) que estudam este tema, pois não conseguem perceber as diferentes
etapas proféticas que os profetas fizeram, especialmente, aqueles que
identificaram os locais dos juízos.
Vejamos
alguns textos que aparentemente falam do dia do Senhor:
- Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso. ... E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom. (Apoc. 16:14-16)
- Porque, eis que naqueles dias, e naquele tempo, em que removerei o cativeiro de Judá e de Jerusalém. Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra. (Joel 3:1,2)
Parece
contraditório, mas nestes textos vislumbramos dois locais de confronto. Será
que a bíblia se contradiz? Será que o Messias confrontará a Besta no lugar que em hebraico se chama Armagedom e ao mesmo
tempo estará no Vale de Jeosafá? Afinal, onde está localizado o lagar da vinha
do Senhor?
No
que tange ao lugar em que o Rei dos reis pisará a vinha da terra é um assunto
que tem sofrido diversos revês de entendimento, pois muitos creem que Armagedom
e o Vale de Jeosafá tratam do mesmo local. Ou ainda, aceitam um e ignoram
outro.
Quem
nunca ouviu que o Armagedom é a batalha final entre Cristo e seu exército de
anjos contra satanás, por meio da besta e seu exército?
E
por que este entendimento?
Talvez
porque fica mais fácil fazer esta observação, uma vez que, tanto no Armagedom
como no vale de Jeosafá as nações pagãs estarão juntas contra o povo de Deus.
Embora
pareça que os profetas João e Joel tenham falado a mesma coisa, a verdade é que
não falaram e vamos perceber isso nos detalhes de suas cartas. Então, comecemos
por João:
O
profeta João ao falar sobre a batalha do dia do Senhor alerta sobre um lugar em
que as nações se ajuntariam que tem o nome de Armagedom (Apoc. 16:16). E para
descobrirmos a localização geográfica do mesmo, teríamos descortina-lo por meio
da língua original do povo de João, pois é assim que ele nos adverte: no
lugar que em hebreu se chama Armagedom.
Quanto
à etimologia, Armagedom tem origem na expressão hebraica har megiddom, que
significa "monte de Megido", um local situado aproximadamente a 88 km
a norte de Jerusalém.
Sabendo
que Armagedom é o monte Megido (Megido significa lugar de multidões), então,
precisamos entender o porquê dos reis se aglomerarem neste lugar. E o texto dá
detalhes sobre qual o objetivo desta futura congregação de exércitos no monte
Megido:
- E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. (Apoc. 16:12)
O
texto nos diz que os reis do oriente e seus exércitos terão todas as condições,
para se deslocarem ao lugar que em Hebraico se chama Armagedom.
Obs:
Não são reis do ocidente liderados pelo vaticano. Serão reis a leste de Israel.
Assim,
é fácil perceber que a deslocação deste grande exército é para atacar Israel. É
fácil perceber que a concentração de Armagedom não é uma batalha, muito menos é
o extermínio dos exércitos pagãos da besta por parte de Messias. É fácil
perceber que é neste momento que a Besta e o seu exército entram no território Israelense.
A
concentração no Armagedom não é sinônimo da batalha que envolverá o Messias, pois
o Messias ainda não estará entre nós. Até porque o Messias virá como vingador
de seu povo e se viesse quando os reis do oriente se concentrassem no
Armagedom, Cristo estaria a antecipar a sua vingança, uma vez que, por esta
altura Jerusalém ainda não estará exilada. A concentração no monte Megido é,
sim, uma concentração do exército da Besta contra o povo de Israel. E o facto
de se ajuntarem em Armagedom (monte Megido) significa que espaço territorial de
Israel já estará invadido.
Só
que é preciso perceber que Deus colocou o seu foco principal, na sua cidade
Jerusalém. Invadindo Israel, a Besta e seus reis acamparão no monte Megido, até
avançarem para sitiar Jerusalém:
- Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei, então, que é chegada a sua desolação. ... Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. (Luc. 21:20-22)
Os
exércitos que cercarão Jerusalém que Cristo profetizou são nada mais nada menos
que os exércitos dos reis do oriente. Estes antes de cercarem Jerusalém se
concentrarão (ponto de encontro) no monte Megido
O
ajuntamento no monte Megido (Armagedom) é somente o prenúncio da grande
tribulação. Ou seja, no Armagedom Deus não vingará o seu povo contra as nações
pagãs. No Armagedom é o prenúncio de que Deus intentará contra o seu povo
Israel, por meio da Besta e seus aliados. É o momento em que o povo
aperceber-se-á que o dia de vingança de Deus contra o seu povo está próximo (Heb.
10:30,31), pois Israel preferirá se separar de Deus, estabelecendo pacto com a
própria Besta (Dan. 9:27).
E
o que se passará no Vale de Jeosafá?
O
Vale do Cédron (em hebraico: נחל קדרון, em árabe: وادي الجز, "escuro") é um vale a leste de Jerusalém,
descrito pela Bíblia como tendo grande significado. Devido a eventos ocorridos
durante o período do Rei Jeosafá, de Judá, o vale da torrente do Cédron também
passou a ser profeticamente chamada de "Vale de Jeosafá" ou
"baixada de Jeosafá"– Emek Yehoshafat (em hebraico: עמק יהושפט), que significa:
"O vale onde Deus julgará" (Vale do Julgamento). O Vale de Jeosafá é
um Vale de apenas 3,5 km que separa Jerusalém do monte das oliveiras.
Se
no monte Megido as forças bélicas da Besta se concentrarão para combater o sul,
o oriente e a terra gloriosa (Dan. 8:9) no vale de Jeosafá a cena é diferente.
O profeta diz claramente que os exércitos pagãos já invadiram e exilaram Judá e
Jerusalém:
- Porque, eis que naqueles dias, e naquele tempo, em que removerei o cativeiro de Judá e de Jerusalém. Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra. E lançaram sortes sobre o meu povo, e deram um menino por uma meretriz, e venderam uma menina por vinho, para beberem. (Joel 3:1-3)
Como
profeta Joel descreve, Deus reunirá o exército da Besta. Exército este que
arrasara Jerusalém. Os reunirá e os fará descer até ao Vale de Jeosafá. Ali
entrará em juízo com eles, por causa do seu povo. Ao contrário do monte Megido que
é prenúncio da vingança de Deus contra Israel, no Vale de Jeosafá, Deus fará
juízo contra o exército da Besta, por causa do seu povo Israel.
Mas
que tipo de JUÍZO se fará no Vale de Jeosafá? Haverá extermínio do exército da
Besta neste lugar?
Nos
textos subsequentes Deus responde esta inquietação:
- ... porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão. (Joel 3:14)
Amigos,
o texto diz claramente que a reunião do exército da Besta no Vale de Jeosafá é
um evento próximo ao dia do Senhor.
Não é o dia em que o Senhor exterminará a Besta e seu exército. É, sim, o dia
mais importante na vida de todo soldado do exército pagão que invadiu
Jerusalém.
Então,
de que dia se trata?
Trata-se
de decisão. Vamos nos explicar melhor...
A
cena que o profeta Joel descreve é uma cena pós-tribulação. Depois do exército
da besta e seus aliados invadirem Jerusalém, depois de exterminarem os
habitantes de Jerusalém, depois de levaram metade da cidade para o cativeiro,
depois repartirem os despojos da cidade (Zac. 14:1,2), o profeta Joel descreve
uma cena um pouco caricata, mas ao mesmo tempo uma cena, que deve nos levar a
uma profunda reflexão sobre o amor de Deus.
Após
o exército da Besta destruir o seu povo, Deus começa por sentenciar os povos
que invadiram Jerusalém:
- E também que tendes vós comigo, Tiro e Sidom, e todas as regiões da Filístia? É tal o pago que vós me dais? Pois se me pagais assim, bem depressa vos farei tornar a vossa paga sobre a vossa cabeça. Visto como levastes a minha prata e o meu ouro, e as minhas coisas desejáveis e formosas pusestes nos vossos templos. E vendestes os filhos de Judá e os filhos de Jerusalém aos filhos dos gregos, para os apartar para longe dos seus termos. Eis que eu os suscitarei do lugar para onde os vendestes, e farei tornar a vossa paga sobre a vossa própria cabeça. E venderei vossos filhos e vossas filhas na mão dos filhos de Judá, que os venderão aos Sabeus, a um povo distante, porque o Senhor o disse. (Joel 3:4-8)
Contudo,
tal sentença está condicionada na decisão
que cada soldado do exército da besta deverá tomar:
- Ajuntai-vos, e vinde, todos os gentios em redor, e congregai-vos. Ó Senhor, faze descer ali os teus fortes; Suscitem-se os gentios, e subam ao vale de Jeosafá; pois ali me assentarei para julgar todos os gentios em redor. Lançai a foice, porque já está madura a seara; vinde, descei, porque o lagar está cheio, e os vasos dos lagares transbordam, porque a sua malícia é grande. Multidões, multidões no vale da decisão; porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão. (Joel 3:11-14)
A
cena é caricata porque depois destes povos destruírem Jerusalém e seus
habitantes, Deus ainda os levará a decidirem entre a vida e a morte. Deus os
leva a decidirem a quem seguir: se é a Besta ou ao Criador.
Mas,
verdade seja dita e aos olhos humanos, não há razão nenhuma para que Deus deia
mais uma última oportunidade a estes povos. Pois, como sabemos, por esta
altura, a pregação do evangelho por parte das testemunhas de Deus já terá
ocorrido, e creio que por esta altura todos já teriam tomado suas decisões: Se
o evangelho da Besta ou o evangelho das testemunhas de Deus.
Deus
revela neste Vale o seu amor. Seu amor a um povo pagão. Um povo em trevas, que
desconhece o Deus da bíblia.
Ainda
que o seu amor seja tão grande, o tempo de decisão é muito curto. O tempo de
decisão é curto e em meio ao tremor, em meio a aflições que sobrevirão sobre o
mundo.
E
este pouco tempo (porque o dia do Senhor está perto) é bem perceptível, quando
João nos esclarece o tempo em que restará até a vinda do Messias, após a morte
das testemunhas de Deus.
- E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros. (Apoc. 11:9)
Multidões
e multidões estarão no Vale de Jeosafá, para decidirem sobre suas vidas. O
juízo de Deus no Vale de Jeosafá é mais um ato do infinito amor de Deus para
com o pecador pagão. Será uma ação incompreensível aos olhos humanos. No Vale
de Jeosafá Deus requererá deste exército pecador a tomar uma decisão e terão de
toma-la (decisão) em pouco tempo (três dias e meio). O Vale de Jeosafá é o Vale
da decisão, é também o Vale do amor de Deus ou o Vale da incompreensão humana.
Deus
reunirá os gentios no Vale de Jeosafá e entrará em juízo com eles, para que
estes tomem suas finais posições sobre quem é o Deus verdadeiro antes do dia do
Senhor: Se é o rei deles (a Besta) ou o Criador nos céus.
Mas,
como sucederá tal confronto (juízo) entre Deus e o exército da Besta? Deus vai
descer antes do dia previsto para lhes fazer tomar a decisão?
- Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. (Salmos 19:1)
Descer
antes do previsto, por causa do exército da Besta seria até um ato de injustiça
para com os seus eleitos. Mas por meio dos céus, Deus há de mostrar ao exército
da Besta quem é o Criador. O universo há de cooperar de forma estrondosa, que
nem mesmo a Besta estará em condições de impedir os acontecimentos que Deus
fará neste pequeno tempo de juízo.
- E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. (Mat. 24:29)
A
cena em que Cristo acalma o mar turbulento (Mat. 8:26) é bem elucidativa para
nos mostrar quem tem poder sobre o Universo. Neste aspecto a bíblia é clara em
dizer, que além do Criador, Aquele pelo qual Deus criou tudo o que existe
(Messias), também tem poder sobre o universo.
- E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem. E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. (Luc. 21:24-26)

No
vale de decisão Deus agitará o universo para mostrar ao exército da Besta quem é
o Deus Criador. Com certeza o exército pagão esperará da Besta uma ação igual a
que Cristo teve no mar da Galileia. E diante da incapacidade daquele que se
exalta como deus (2Tess. 2:2-4), o exército pagão será deixado a decidir quem é
o único Deus Verdadeiro: Se é o Criador lá nos céus ou o seu rei (Besta) na
terra.
Provavelmente
alguém poderia perguntar: Artur, quem garante que aquilo que os discípulos
descreveram nos evangelhos se trata de sinais de Deus para com o exército da
Besta?
O
profeta Joel responde claramente esta pergunta:
- Multidões, multidões no vale da decisão; porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão. O sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor. E o Senhor bramará de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; e os céus e a terra tremerão, mas o Senhor será o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel. (Joel 3:14-16)
As
multidões no Vale da decisão contemplarão os céus e a terra a serem abaladas.
As estrelas cairão do céu (Mat. 24:29), ao mesmo tempo em que observarão uma
proteção inexplicável feita ao povo que eles subjugam.
- E vós sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que habito em Sião, o meu santo monte; e Jerusalém será santa; estranhos não passarão mais por ela. (Joel 3:17)
No
pouco tempo que o exército da Besta tem para decidir entre a vida e a morte. No
pouco tempo que os pagãos têm diante de todo o cenário protagonizado pelo
Senhor, o próprio Deus os fará saber quem é que protege Israel e onde é a sua
habitação, a saber: Sião.
E
o profeta João? O que disse sobre este ajuntamento do exercito da Besta antes
do confronto físico?
- E o anjo lançou a sua foice a terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as no grande lagar da ira de Deus. (Apoc. 14:19)
João
mostra que o grande lagar da ira de Deus é um lugar diferente do lugar da
vindima. Ou seja, depois de reunir (vindima) todas as uvas que fazem parte da
ira de Deus, o anjo os leva noutro lugar onde serão pisados. Uma vez que
vindimar se trata de colher, apanhar, juntar, reunir, é no Vale da decisão que
Deus vindimará (reunirá) as uvas (exército pagão) da terra.
Logo,
significa que o grande lagar da ira de Deus onde o anjo há de atirar as uvas
(exército pagão) que fazem parte da ira de Deus não é no Vale de Jeosafá. O
profeta Joel clarificou o juízo que se fará no Vale de Jeosafá. E o juízo é por
meio do céu e a terra. Céu e terra manifestarão a gloria do Eterno Deus para
que o povo pagão reconheça a incapacidade do deus (Besta) em alterar os
acontecimentos perpetrados por Deus. E, isto quer dizer, que no Vale da decisão
não haverá confronto físico entre o exército do Messias e o exército da Besta.
Se
nem no monte Megido, nem no Vale de Jeosafá é o grande lagar que o Messias há
de pisar a vinha da terra, então, onde está localizado este grande lagar?
Edom
é o grande lagar da ira de Deus. Será em Edom, de Bozra que o exército da Besta
entrará em guerra contra o Messias e ali será exterminado.
- Quem é este, que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas; este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar. Por que está vermelha a tua vestidura, e as tuas roupas como as daquele que pisa no lagar? Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura. Porque o dia da vingança estava no meu coração; e o ano dos meus remidos é chegado. E olhei, e não havia quem me ajudasse; e admirei-me de não haver quem me sustivesse, por isso o meu braço me trouxe a salvação, e o meu furor me susteve. E atropelei os povos na minha ira, e os embriaguei no meu furor; e a sua força derrubei por terra. (Is. 63:1-6)
- Chegai-vos, nações, para ouvir, e vós povos, escutai; ouça a terra, e a sua plenitude, o mundo, e tudo quanto produz. Porque a indignação do Senhor está sobre todas as nações, e o seu furor sobre todo o exército delas; ele as destruiu totalmente, entregou-as à matança. E os seus mortos serão arremessados e dos seus cadáveres subirá o seu mau cheiro; e os montes se derreterão com o seu sangue. E todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um livro; e todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e como cai o figo da figueira. Porque a minha espada se embriagou nos céus; eis que sobre Edom descerá, e sobre o povo do meu anátema para exercer juízo. A espada do Senhor está cheia de sangue, está engordurada da gordura do sangue de cordeiros e de bodes, da gordura dos rins de carneiros; porque o Senhor tem sacrifício em Bozra, e grande matança na terra de Edom. (Is. 34:1-6)
Não
é no Armagedom (monte Megido), muito menos no Vale de Jeosafá que as forças de
Cristo e seu exército de anjos contra a besta e seus exércitos entrarão em
confronto final. Será em Bozra, Edom que o Rei dos reis e Senhor dos senhores
virá com o seu furor contra aqueles que violentaram os seus remidos.
- ... e Edom se fará um deserto assolado, por causa da violência que fizeram aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente. (Joel 3:19)
Embora
o profeta Joel tenha predito sobre a reunião do exército da Besta no Vale da
decisão, ele mesmo (Joel) clarifica, no verso 19, que será em Edom que se
destruirá tal exército. Corroborando com a profecia contra Edom que o profeta
Obadias anunciou (Obadias 1).
- E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. (Apoc. 19:19)
Se
no Vale da decisão o exército da Besta será levado a refletir sobre quem é o
Criador do universo, em Edom o exército será congregado para a batalha final
contra Aquele que vem com trajes glorioso e deslumbrante (Is. 63:1). Em Bozra,
Edom o exército da Besta será reunido contra Aquele que vem montado sobre um
cavalo e contra todo seu exército de anjos.
Conclusão:
Armagedom (monte Megido):
é o lugar que as forças da Besta se reunirão antes do início da grande
tribulação. Será o ponto de encontro dos exércitos aliados a Besta para tomarem
de assalto Jerusalém.
Vale de Jeosafá (Vale da decisão):
é o lugar que Deus reunirá o exército da Besta depois destes violentarem e
espalharem Jerusalém e o seu povo. Ali Deus fará tremer os céus e a terra, por forma
a mostrar quem é o Criador do Universo, uma vez que a Besta se intitula de deus.
Naquele Vale, tal como o profeta Joel anunciou: Naqueles dias (Joel 3:1), ou
ainda o profeta João: por três dias e meio (Apoc. 11:9), o exército pagão terá
a oportunidade de deixar de ser pagão e se converter ao Verdadeiro Deus, Aquele
que tem poder sobre os céus e a terra.
Depois
destes sinais nos céus, eis que o sinal mais esperado pela igreja aparecerá nos
céus. O Filho do Homem surgirá como Rei dos reis e Senhor dos senhores e remirá
seu povo, sua igreja.
Edom,
em Bozra: é o lugar que o Messias vingará o povo de Deus. Edom é o grande lagar
que o Messias no seu furor há de pisar o exército da Besta. Edom é o lugar da
Batalha Final entre Cristo e o seu exército de anjos contra a Besta e seu
exército.
Precisamos
observar melhor os detalhes proféticos, para que, quando chegar o momento em
que os dias da tribulação estiverem próximos nós possamos estar sóbrios de que
o que Deus falou, tudo irá se cumprir na integra.
"Consolai-vos, pois, uns aos
outros com estas palavras"
0 comentários:
Enviar um comentário