Todos nós almejamos a volta do
Messias a terra e clamamos a Deus, que este retorno seja o mais breve possível.
Tudo porque estamos cansados de viver o mal que se propagou neste mundo. Há muita injustiça em meio à humanidade, mortes, estupros, doenças, calamidades, degradação moral e espiritual de uma sociedade mundial que só Cristo é o remédio adequado para a restauração do mundo.
Tudo porque estamos cansados de viver o mal que se propagou neste mundo. Há muita injustiça em meio à humanidade, mortes, estupros, doenças, calamidades, degradação moral e espiritual de uma sociedade mundial que só Cristo é o remédio adequado para a restauração do mundo.
E como sabemos, a volta do Cristo
ressurreto é um tema muito propagado entre os filhos de Deus. Quem nunca ouviu
nos púlpitos ou em sites evangélicos que ao som da sétima trombeta, Cristo
aparecerá e os mortos ressuscitarão? Quem nunca ouviu ao som da última trombeta
os mortos...?
Tem havido um grave erro interpretativo
durante séculos e séculos, quando pensamos que a exclusividade que os apóstolos
deram sobre a vinda de Cristo nos evangelhos e cartas apostólicas também foi
exclusivo nos livros proféticos. Ou seja, na maior parte dos textos proféticos,
em especial, os de apocalipse, as pessoas são levadas a pensar que se trata da
vinda de Cristo, porque nos evangelhos e cartas apostólicas só se aborda
exclusivamente sobre a vinda de Cristo.
Provavelmente alguém fique
indagado quando digo que esta interpretação é um erro interpretativo que dura há
séculos e séculos. Como? Se a sétima trombeta é também a última, não será que
se trata da mesma coisa? Não será que é só o irmão Artur que faz confusão? Se
não, por que existe esta interpretação?
E tudo começa na junção que se
faz entre o último ai e a última trombeta. Esta interpretação errônea deve-se a
conexão errônea que se faz com o escrito de Paulo (última trombeta). Os
interpretes juntaram a citação de Paulo com a citação profética de João para
concluir que a ultima e a sétima trombeta são as mesmas.
- Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. (1Cor. 15:52)
Só que Paulo ao escrever ao povo
de Coríntios não fez nenhuma interpretação profética da revelação apocalíptica dada
a João, em patmos. Foi aproximadamente no ano 95 que o Senhor Jesus revelou a
João sobre as sete trombetas, que em nada têm haver com esta última trombeta.
E, no ano 95 Paulo já havia morrido faz tempo. Logo, Paulo não teve acesso a
esta e outras revelações apocalípticas.
A mensagem do juízo Divino por
meio das trombetas e taças cheias de flagelos antes da vinda de Cristo era
desconhecida por parte de Paulo e outros discípulos, que morreram antes da revelação
que Deus deu a Jesus (Apoc. 1:1)
Então, em quem Paulo se baseou
para escrever o que escreveu? Uma vez que Paulo recebeu o evangelho não dos
homens, mas do próprio Cristo. Paulo baseou-se no evangelho do homem Jesus.
Baseou-se na mensagem que Este (Cristo) deu, quando esteve com os seus
discípulos no monte das oliveiras.
- E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. (Mateus 24:29-31)
Paulo fez a interpretação desse
texto profético que fala sobre a vinda de Cristo. Onde Cristo será o Rei dos
reis e Senhor dos senhores. Paulo entendeu que os anjos que acompanharão o
Filho do Altíssimo descerão com suas trombetas e tocarão as mesmas, anunciando
a chegada do daquele que foi morto, mas reviveu, o Rei e Senhor Jesus. Os vivos
ímpios e justos ouvirão o rijo clamor de trombeta que os anjos entoarão, mas ao
ressoar da última trombeta os mortos justos despertarão e serão
transformados.
E é fácil interpretar assim,
porque a sétima trombeta será tocada no terceiro céu, dentro do santuário
celestial, onde foram tocadas as outras seis, diante do trono de Deus (Apoc.
8:2), enquanto que as muitas trombetas que os acompanhantes (anjos) de Jesus
trarão, serão tocadas no primeiro céu, ou seja, no nosso céu atmosférico. E
será no ressoar da última trombeta que os mortos ouvirão o chamado e
ressuscitarão.
Não há como conectar o ressoar da
ultima trombeta, que trará vida aos mortos justos (momento de alegria) com o
ressoar da sétima trombeta que trará "ai" (dor) a humanidade. O anjo que
alertou a João não disse que dois dos primeiros "ais" seriam terríveis e o último "ai" benéfico. Se assim fosse deixaria de haver três "ais", existiriam apenas
dois ais.
- E olhei, e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com grande voz: Ai! Ai! Ai! dos que habitam sobre a terra! Por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar. (Apoc. 8:13)
Devido às interpretações que se dão
as trombetas e aos seus respetivos ais, fui levado a levantar algumas questões antes
de descartar por completo a ideia de que Jesus vem na sétima trombeta:
Se Cristo vem na sétima trombeta (o último ai), então, como chamaríamos
a vinda do Pai Eterno, oi? Viva? Aleluia? Qual seria o dia mais terrível para a
humanidade de todas as eras? A vinda de Cristo ou a Vinda de seu Pai? Quem é o
único que pode matar não só o corpo, mas o corpo e a alma? Os mortos de todas
as eras poderiam dizer “ai” na vinda de Cristo?
A verdade é que os escatológicos
interpretam o texto acima como os três últimos ais (sofrimentos) da raça humana
antes da volta de Cristo. Só que há algumas coisas que os interpretes esquecem
ao analisar em todo o contexto apocalíptico.
Primeiro: Mesmo lendo que não,
muitos creem que o cumprimento das profecias tem o seu fim na volta de Cristo.
Segundo: Esquecem-se que Deus, o
Todo Poderoso é o principio e o fim (com Ele tudo começa, com Ele tudo acaba),
é o primeiro e o último, o alfa e ômega.
Terceiro: Esquecem-se que quando
Deus descer a esta terra haverá muito mais lamentação do que na vinda de Jesus,
porque os mortos de todas as eras e os vivos serão julgados. E aqueles que
forem achados em falta serão queimados no fogo do inferno.
Amigos, as três trombetas
representam aflição sobre a humanidade, e estes "ais" se estendem muito mais
além do que as pessoas interpretam. É quando o Pai Eterno descer, que o mundo
viverá o maior inferno da sua historia, antes da restauração final. O último ai
não será um simples "ai", mas o maior "AI" que a humanidade enfrentará, mas
claro, estará isenta a igreja de Cristo que já foi provada no segundo "ai", e
provada até a morte.
Como interpretar, então, o Apocalipse 11:15-19?
Ao olharmos para os versos
bíblicos precisamos olhar para todos os detalhes ou o maior numero de detalhes
possíveis para que a informação não fique deturpada na gênesis.
- O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve altas vozes no céu que diziam: "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre". (Apoc. 11:15)
Finalmente, toca-se no céu a
sétima trombeta. E o reino é passado para Deus e o seu Cristo. Só que João não
diz que eles (Pai e Filho) reinam. O texto diz: "Ele reinará para todo sempre". Ele quem? Deus ou Cristo?
Provavelmente alguém pode ser
tentado a pensar que Deus e o seu Cristo reinarão juntos e serão ambos Reis,
pois no verso 16 de Apocalipse 19, Cristo virá como Rei dos reis e Senhor dos
senhores.
Mas os versos 16 e 17 de
apocalipse 11 respondem com precisão estas perguntas:
- Os vinte e quatro anciãos que estavam assentados em seus tronos diante de Deus prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: "Graças te damos, Senhor Deus todo-poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar. (Apoc. 11:16,17)
O texto esclarece que no toque da
sétima trombeta, o Senhor Deus todo-poderoso começará a reinar sobre este
mundo. João na sua dissertação não deu espaço para que alguém além do Pai
Eterno pudesse reinar. João conhece muito bem o Cristo de Deus, sabe o poder
que Cristo tem, mas ainda assim, concluiu que no toque da sétima trombeta é o
Pai Eterno que vai assumir o poder absoluto sobre este mundo.
Por que será?
Após concluir o seu trabalho aqui
na terra, Cristo disse aos seus discípulos, que lhe havia sido entregue todo o
poder no céu e na terra. E como sabemos, ele virá assumir este poder quando
descer pela segunda vez como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Mas cristo, o
unigênito de Deus é o Príncipe do céu (Atos 5:31). E o facto de Cristo assumir
o poder do céu e da terra significa que o Pai deixará que seu Filho Reine em
seu lugar. Mas este reinado (Rei) não é ilimitado. Tem um período de maturação
até que o Pai volte a assumir o poder, como diz o verso 17 de Apocalipse 11.
Esta foi da mesma forma que Paulo
entendeu e esclareceu ainda mais, colocando o preto no branco:
- E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo o principado, bem como toda a potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz todas as coisas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. (1Cor. 15:24-28)
O Senhor Deus todo-poderoso, que
é e que era, há de assumir (receber de Cristo) o seu grande poder e reinará
sobre Cristo e sobre todo o mundo. Ou seja, O Pai Eterno será o Rei dos reis e
o seu Cristo será o Príncipe dos reis da terra (os eleitos).
Logo, quando nos deparamos com
textos proféticos que nos dizem sobre o reinado do Pai, quer dizer que é mesmo
o reinado do Pai, que é após o reinado de Cristo, isto é, depois do milênio.
Mas não só existem ainda mais
dois detalhes que não são vistos pelos estudantes escatológicos:
Um segundo detalhe que passa
despercebido, é o fato de neste texto, João esclarecer que os mortos serão
julgados.
- As nações se iraram; e chegou a tua ira. Chegou o tempo de julgares os mortos e de recompensares os teus servos, os profetas, os teus santos e os que temem o teu nome, tanto pequenos como grandes, e de destruir os que destroem a terra. Então foi aberto o santuário de Deus no céu, e ali foi vista a arca da sua aliança. Houve relâmpagos, vozes, trovões, um terremoto e um grande temporal de granizo. (Apoc. 11:18,19)
Como sabemos Cristo não
ressuscitará os mortos, e, por conseguinte, não irá julga-los. Cristo julgará
sim, a besta, o falso profeta e os seus seguidores (Apoc. 19:20,21), ou seja,
os ímpios que estiverem vivos na sua segunda volta.
O dia do juízo final em que os
mortos ressuscitarão pertence a Deus, o todo-poderoso:
- E disseram aos montes e aos rochedos: Cai sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da irá do Cordeiro. Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar? (Apoc. 6:16,17)
- Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles. Vi também os mortos, grandes e pequenos, de pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros. O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia;... Se o nome de alguém não foi encontrado no livro da vida, este foi lançado no lago de fogo. (Apoc. 20:11-15)
O fato do julgamento dos mortos
de todas as eras serem depois do milênio, mostra claramente que a sétima
trombeta não pode ser tocada quando Cristo voltar, uma vez que, na segunda volta
de cristo, os mortos não serão julgados. Os textos provam claramente que, será
no toque da sétima trombeta que Deus, o todo-poderoso, além de assumir o poder
e reinar sobre o mundo, também julgará os vivos e os mortos.
O terceiro detalhe que passa
despercebido nos interpretes escatológicos é a diferença de meios pelos quais o
Pai e Filho descerão a terra.
Embora os evangelhos, as cartas
apostólicas e proféticas estão repletas de relatos sobre a vinda de Cristo, só
o capitulo 19 de Apocalipse nos esclarece devidamente com que meio o Filho de
Deus e os seus anjos descerão a este mundo.
- Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça... e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. (Apoc. 19:11-14)
Cristo estará montado num cavalo
branco quando descer a esta terra. E, isto faz toda a diferença na altura de
interpretarmos os relatos que falam sobre a aparição do Pai, pois o Pai não
descerá montado sobre um cavalo.
- E disseram aos montes e aos rochedos: Cai sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da irá do Cordeiro. (Apoc. 6:16)
- Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles. (Apoc. 20:11)
Embora o contexto de Apocalipse
11:15-19 não fale sobre o trono de Deus, é fácil conecta-lo com os dois textos
acima.
Primeiro: Porque tanto o contexto
de Apocalipse 11:15-19 como o contexto de Apocalipse 6:16,17; 20:11 falam sobre
o julgamento final da raça humana. E se haverá juízo final, tem de haver o
trono do Rei e Juiz.
Segundo: Porque no contexto de
Apocalipse 11:15-19, Deus ainda não desceu do céu. Este contexto só nos permite
vislumbrar o louvor que se dá a Deus na altura em que se toca a sétima trombeta
dentro do seu santuário. E no louvor exalta-se todo ato que o Todo-Poderoso
fará quando assumir o seu poder. O contexto nem sequer nos mostra os
preparativos para a descida do Todo-Poderoso.
Amigos, quando o milênio estiver
no final, o sétimo anjo tocará a sua trombeta e o último "ai" estará às portas
da humanidade. Deus descerá a esta terra, os mortos serão ressuscitados diante de
sua presença, os livros serão abertos (Apoc. 20:12) e entrar-se-á em juízo
final e eterno.
Conclusão final: As quatro
primeiras trombetas trazem consigo fenômenos naturais em grande escala e alguns
até inexplicáveis. O mundo ficará perplexo e descontextualizado, mas os filhos
de Deus saberão exatamente o tempo em que estarão a viver.
Passado estes juízos, eis que o
anjo de Deus anuncia os três ais que sobrevirão sobre a raça humana. No
primeiro ai (quinta trombeta) Deus permitirá que seres estranhos saiam do
abismo, e atormentem a humanidade durante cinco meses. O tormento será tão
forte que a humanidade preferirá morrer, mas a morte fugirá dos homens.
Enquanto que a quinta trombeta
revela um tormento durante cinco meses, a sexta trombeta é ainda maior. Deus
permitirá a soltura de 200.000.000 de seres que dizimarão a humanidade na sua
terça parte. Depois deste trágico incidente, surgirá a besta que lutará e
vencerá os filhos de Deus. Mas o restante da humanidade não estará salvaguardado,
pois Cristo aparecerá no final do cumprimento da sexta trombeta e ressuscitará
os filhos de Deus, e matará todos os ímpios. Aqueles que aceitarem o ensino do
falso profeta e da besta, e receberem a sua marca na mão ou na testa.
E, quando os mil anos estiverem por
se completar, Deus revelará o seu mistério (Apoc. 10:7). Revelado o mistério, a
sétima trombeta ressoará no santuário celestial. Deus "levantar-se-á" do seu
trono para assumir o reino. E, Deus será tudo em todos por toda a eternidade.
Obs: Alguém sabe qual é o
mistério de Deus, que será revelado antes do milênio se completar?
"Consolai-vos,
pois, uns aos outros com estas palavras"
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