Apocalipse 4. A curiosidade que não matou o gato. Fortaleceu-lhe

Este é o inicio daquilo que é a minha visão sobre o livro de apocalipse.  Espero muito sinceramente contribuir na preparação moral, espiritual de todo povo, língua, tribo e nação, pois digo sem demagogia nenhuma que restam-nos poucos anos até ao aparecimento do nosso salvador.
Espero ainda não defraudar aqueles que com sinceridade têm estado a provar os espíritos quando estudam os artigos que aqui são publicados.

Obs: Gostaria de dar uma palavra de apreço ao amigo Daniel que participou no artigo introdutório as profecias, dizer que não o esqueci, pois começa agora a resposta a pergunta que fizeste. A jornada é um pouco longa até chegarmos o entendimento de que Jesus volta no ano 2036. Creia que procurarei não forçar a bíblia, e se o fizer por favor corrija-me (há muita surpresa pela frente).

Não sou o detentor de nenhuma verdade absoluta (1Cor. 13:9), pois a bíblia me diz todos os homens têm apenas verdades relativas (incompletas), mas sei que aquilo que apresento faz parte da verdade presente. Sei também que ninguém estará em condições de descortinar toda a verdade, uma vez que ela (verdade) só será absoluta depois do milênio, quando o Pai revelar. E o Pai só estará entre os homens para revelar toda a verdade quando descer a terra (Apoc. 21:2,3).

Talvez alguém se pergunte: Se vamos estudar o livro de Apocalipse, por que começar no capitulo 4? Meu inicio é no capitulo 4, porque até ao momento em que vos escrevo não descortino nada de especial nos capítulos anteriores que fossem reveladores, mas se Deus na sua graça me conceder algum entendimento, com certeza publicarei.

Antes de entrar no conteúdo de apocalipse quero fazer uma alerta à igreja:

É importante compreender que as profecias bíblicas estão a dispor de qualquer um, e não ao dispor de um punhado de pessoas. Com isto, quero dizer que as profecias não são pertença exclusiva de ninguém. Ninguém é mais autoridade que outrem a respeito das profecias, pois Deus está revelando nestes últimos dias para quem Ele deseja.

Muitos homens se lançaram nesta aventura de dar explicação aos escritos proféticos, e há muitas visões a respeito. Alguns vêm de uma maneira, outros de outra. E muitos homens e mulheres de varias épocas que hoje são de referencia mundial, pois têm maior aceitação (adeptos) no que pregaram, o que é muito normal.

Mas é importante que você irmã(o) perceba que as profecias bíblicas não devem ser aceites com base no transmissor da mesma. Elas (profecias) devem ser provadas. A verdade é que todos que apresentam suas explicações fazem-no “provando” pela bíblia. Mas também é verdade que esta prova passa por adicionar comentários extras bíblicos, ou às vezes forçar o texto, para que o seu entendimento seja favorável.

Não quero com isso dizer que o transmissor não é provado. O transmissor deve ser provado, mas não diminuído em detrimento de outro, só porque um é mais famoso que outro e com isto deixar de fazer uma observação cuidadosa de tal espirito. Mas o que se vê é comparação dos transmissores e não comparação dos espíritos (palavra, mensagem) dos transmissores.

E se comparassem a minha pessoa com os homens e mulheres que a historia regista como grandes reformadores, e não só, estaria em grande desvantagem. Quem sou diante de Russel para as testemunhas de Jeová? Quem sou diante de Lutero para os luteranos? Quem sou diante de Ellen White para os adventistas? Quem sou diante do bispo Marcelo para os do Reino de Deus? Poderia adicionar mais, mas a resposta seria sempre: nada sou, sou um zero a esquerda.

Mas será que não posso dizer algo que eles não puderam visionar nas profecias?

Lembrem-se desta frase sublinhada, pois dareis conta no final este artigo: A função das profecias é somente para nos situar o tempo em que estamos, de maneira que quando acontecer às pessoas deem conta da verdade (Jo. 14:29). Tendo as profecias esta função e adicionando o que João disse para não dar credito a todo espirito. Muitos são levados a desacreditar o espirito que fala diferente da sua denominação. É importante lembrar que João também não disse que devemos desacreditar a todo espirito. João diz que devemos prova-los a todos (1Jo. 4:1)

Meu objetivo com isto é lembrar que o irmão não deve descartar os espíritos, mas prova-los. Meu objetivo é mostrar que ao provares os espíritos proféticos não precisas de descartar o espírito que já aceitaste. Deves simplesmente colocar o que já aceitaste de um lado, e aquilo que poderás ler aqui do outro lado, e com a bíblia no meio, provar se os argumentos forçam ou não os textos bíblicos. E mesmo que decidas descartar um, peço-te irmã(o) não descartes, porque mesmo inclinado naquilo que creio não descarto aquilo que aprendi. Pois sei que profecias não são doutrinas e posso leva-las juntas até que se cumpram todas as coisas.

Por isso digo e volto a repetir: Ninguém é mais autoridade que outrem a respeito das profecias, pois Deus está revelando nestes últimos dias para quem Ele deseja.

Entremos na abordagem do tema proposto:

Embora o objetivo de um transmissor seja mostrar o seu conhecimento sobre o assunto, mas o projeto que tenho para com este primeiro estudo de apocalipse 4 é levar a igreja a vislumbrar de maneira diferente e abordarmos sobre o assunto, pois cada um tem uma visão diferente que poderá complementar a outra (Não se calem. No final vamos olhar todos juntos e falar do que vemos no capitulo).

O capitulo 4 de Apocalipse faz uma abordagem pouco significativa a respeito de sinais de Deus para o seu povo. Pouco ou nada se vê que transmite algo significativo (embora eu creio que tem algo muitíssimo significativo a respeito do tempo). E o que nos mostram é somente uma apresentação gloriosa do Altíssimo em seu Trono.

O capitulo começa com a visão de João onde ele vê uma porta aberta no céu. De seguida um anjo convida-o para subir ao céu na presença do trono de Deus, no seu santuário.

• Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda. (Apoc. 4:1-3)

A cena de certeza foi deslumbrante para João, mas também foi algo terrível. Terrível porque ninguém fica indiferente na presença do Deus Todo-Poderoso. Tanto é que a João foi vetada a imagem facial deste Ser parecido com a pedra de Jaspe e sardônica, com um arco celeste ao redor de seu trono.

• E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro. E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus. E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás. E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando. E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir. E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre, Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas. (Apoc. 4:4-11)

Para nós este capitulo parece mais uma informação de como é aproximadamente Deus e tudo o que O envolve. Será que esta cena é tão simples quanto parece ser? Será que não nos revela além do que já sabemos e conseguimos ver?

Devo confessar que gostaria que todos vocês estudassem comigo as profecias do tempo do fim, porque creio que duas cabeças são melhores do que uma, e muitas cabeças ainda mais.

O capitulo é muito esclarecedor em relação à posição de Deus para com os seus anjos. Vê-se claramente quem é Aquele que é inigualável, pois toda honra e gloria Lhe é atribuída. Mas há algo que me chamou atenção neste capitulo 4, e percebi tal chamada de atenção quando descortinei todo o capitulo 5 (capitulo é muito revelador, mas pouco compreendido). Ou seja, ao descortinar o capitulo 5 fui levado a observar uma curiosidade no capitulo 4 no qual comecei a questionar-me. E sei que tal curiosidade fará o irmão olhar com outros olhos para o livro de apocalipse, que como sabemos é a revelação de Jesus Cristo para o povo do tempo do fim.

E a curiosidade é: A visão do trono

Ao ver esta curiosidade fiquei intrigado com a visão do trono. Foi então que Deus colocou as questões importantes sobre este capitulo:

• Por que João teve de ver o trono?
• Por que não viu outra coisa?
• A aparição do trono é algo vulgar aos profetas de Deus?
• Será que a aparição do trono de Deus indica mais do que uma simples apresentação da soberania de Deus como se prega?

Na verdade são perguntas simples, mas ao mesmo tempo muito significativas para se compreender aquilo que Deus quer revelar neste capitulo. O que poderia significar a aparição do trono? Se fizermos uma busca nos livros proféticos, no qual, os profetas relatam terem tido a visão do trono de Deus, podemos encontrar o Profeta Ezequiel (cap. 1), o profeta Isaias (cap. 6), o profeta Daniel (cap. 7) e o profeta João (cap. 4; 5; 11 e 22). Pode ser que haja mais um ou dois, mas a verdade é que só encontro estes profetas como relatores de terem tido visões sobre o trono de Deus.

Paulo ao falar da atuação de Deus diz que: Deus no passado sempre revelou seus intentos por meio dos profetas. Logo se o profeta Isaías, Ezequiel e Daniel vislumbraram o trono de Deus e a partir dali lhes foi revelado algo é porque a informação não era importante, mas importantíssima.

• Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, (Heb. 1:1)

Paulo continua dizendo que nos últimos dias Deus se revela por meio de seu Filho. Mas mesmo se comunicando por meio de Filho, Deus voltou a aparecer pela ultima vez a João, e João tal como Isaías, Ezequiel e Daniel pode ver o trono, o que faz da mensagem de João importantíssima.

Provavelmente alguém perguntaria: O que isto tem haver? Se olharmos para este detalhe poderemos perceber que os dois primeiros profetas (Ezequiel e Isaías) não relatam o que acontecerá no tempo do fim. É fácil fazer esta observação, porque também o contexto do que os profetas narram nada tem a ver com os acontecimentos dos últimos dias. Logo a visão do trono que estes profetas tiveram não se relaciona com o tempo do fim.

E para Daniel?

• Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo; (Dan. 7:9-11)

Quando Daniel apresentou sua visão no primeiro ano de Belsazar, ele narrou sobre os quatro animais. Ele vê o primeiro animal, suas conquistas e derrota. Vê o segundo animal, suas conquistas e derrota. Assim aconteceu com o terceiro e com o quarto. Mas a particularidade é que na derrota do quarto animal lhe é mostrado o trono de Deus (Dan. 7:9, 26). Ou seja, para quem lê Daniel vê que a aparição do trono de Deus está relacionada somente com um tempo muito próximo do fim. Quem estuda os escritos de Daniel consegue perceber que com a aparição do trono de Deus poucos anitos, meses, semanas, dias ou mesmo horas faltariam para que Cristo volte. Creio que esta é a percepção de todos.

Assim podemos concluir que Daniel tem a oportunidade de ver o trono de Deus no momento do quarto animal, porque o mesmo exercerá um papel importante neste tempo. Também é fácil vislumbrar que a aparição do trono de Deus não é um ato comum entre os profetas, embora muitos deles tenham falado do mesmo. Deus não revelou seu trono, sem que para tal não significasse algo muito importante.

E a visão de João?

Daniel e João complementam-se? Se percebemos que a visão do trono de Deus a Daniel é dado como um acontecimento muito próximo a volta de Cristo, o que dizer então da visão do trono de Deus dado a João? Será que Deus também revelou a João uma cena que acontece no tempo do fim ou nem por isso?

Gostaria da tua contribuição meu irmã(o). Façamos uma analise em conjunto sobre este detalhe, que poderá ser bastante significativo no entendimento profético.

 “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”