·
Como é grande a tua bondade, que
reservaste para aqueles que te temem, e que, à vista dos filhos dos homens,
concedes àqueles que se refugiam em ti! (Sal. 31:19)
A
qualidade de ser benevolente, amável para com os outros é designada por
bondade. Esta bondade pode se definir como aquela perfeição de Deus que o
mantém solícito para tratar generosa e ternamente todas as suas criaturas.
Deus não é somente o maior
dos seres, mas também o melhor de todos. Deus é originalmente bom em si mesmo,
Deus não depende de ninguém para ter bondade, Ele a tem si mesmo. A bondade de
Deus não é derivada, é própria. Tudo o que Deus faz é bom; tudo o que Deus
aprova é bom, pois só Ele conhece o futuro.
A bondade de Deus é
notória na variedade de prazeres naturais providenciados para o deleite das
suas criaturas: cores, perfumes, sabores... "a terra está cheia da Sua
bondade" (Salmos 33:5). É Deus quem providencia o sustento, até para os animais
(Mateus 6:26). A bondade que os homens possuem é uma dádiva (Tiago 1:17), ou
seja o homem não consegue ser bom sem Deus, pois a bondade também é um dos
frutos do espírito (Gálatas 5:22).
Será que a bondade de Deus
é igual para todos? Ou há alguma diferença na bondade, entre aqueles que O
aceitam e aqueles que O negam? Se não há diferença, o que há então?
Deus é bom para com todos,
Ele concede o mesmo sol, a mesma provisão de alimento, saúde para todo o homem
sem exceção, mas também a palavra de Deus diz que Deus dentro da sua bondade tem
um plano maior para com o seu povo, para com os escolhidos.
Como vimos no estudo
anterior, Deus escolheu alguns (Apoc. 7:9) para fazerem parte do corpo de
Cristo. A palavra de Deus diz que este (corpo de Cristo) não somente deve
passar pelos sofrimento de Cristo, não somente deve se abster das práticas
mundanas, como deve se manter puro e imaculado (I Tessalonicenses 4:7). E por que
será? A bíblia também responde, dizendo que Deus escolheu os seus e tem um
plano especial para com eles. Deus prometeu ao seu povo um bem maior. Deus
prometeu aos seus santos um reino de paz, onde estes serão reis, onde estes
serão o seu governo. O propósito de Deus para com o seu povo, para com o corpo
que Cristo está formando é de primeiro formatar o caracter de Cristo, por meio
do sofrimento de Cristo, da abnegação, da pureza e santificação neles, e estes
filhos e filhas do Altíssimo serão coparticipantes com Cristo (Rom. 8:17),
quando este reinar sobre as nações (Apoc. 19:15).
Nos países dos continentes
europeu e americano essencialmente, onde a democracia é mais velha, logo mais
clara aos nossos olhos vemos desde a muito os governos a se formarem de quatro à quatro,
cinco à cinco ou mesmo de oito à oito ou dez à dez anos em casos de haver
recondução de mandato e conforme a constituição. Em detrimento se é um sistema
presidencialista ou semipresidencialista, cada líder, seja ele presidente ou
primeiro ministro forma o seu governo e escolhe aqueles com quem querem
governar durante o período do seu mandato. O líder não escolhe todos os
habitantes da nação, mas sim alguns para regerem/governarem os demais. A
escolha muitas vezes não depende de quem sabe mais, ou aparece mais. Existe alguns
pressupostos que são levados a cabo, e o mais relevante é ser membro do partido
que governa, e depois cair nas graças do líder.
Com Deus é exatamente o
que acontece, Deus já escolheu aqueles que ao de governar os reinos desta
terra. Vejamos como alguns versos nos mostram esta verdade:
·
Pois
o SENHOR Altíssimo é tremendo, é o grande rei de toda a terra. Ele nos submeteu
os povos e pôs sob os nossos pés as nações. Escolheu-nos a nossa herança, a
glória de Jacó, a quem ele ama. (Sal. 47:2-4)
Alguém, por acaso, consegue ver o
plano maior de Deus para com seus santos a partir deste verso?
O verso apresenta Deus como o Rei
sobre toda a terra, sobre todos os povos e de seguida o salmista diz que Deus
escolheu um grupo de pessoas que submete as nações da terra. Já
na parte final o salmista identifica claramente quem são aqueles que submeterão
os povos, as nações, será a gloria de Jacó (Israel), a quem Deus ama. Embora um
bom número de igrejas cristãs não conseguem identificar sobre quem vão reinar,
o texto diz que é sobre os povos, as nações.
• Porque é o teu povo e a tua herança que tiraste da
terra do Egito, do meio do forno de ferro; ... Pois tu, ó SENHOR Deus, os
separaste dentre todos os povos da terra para a tua herança, como falaste por
intermédio do teu servo Moisés, quando tiraste do Egito a nossos pais. (1Reis
8:51-53)
Mais
uma vez conseguimos ver o mesmo resultado, onde o povo que Deus escolheu dentre
os demais povos recebe uma herança.
·
Eis que os céus e os
céus dos céus são do SENHOR, teu Deus, a terra e tudo o que nela há.
Tão-somente o SENHOR se afeiçoou a teus pais para os amar; a vós outros,
descendentes deles, escolheu dentre todos os povos, como hoje se vê. (Deut.
10:14,15)
De
novo podemos ver uma propriedade peculiar, dentre os demais, sobre todos os
povos da terra, e quem são: Israel.
Como
disse anteriormente, Deus quer constituir o seu reino, o seu governo aqui nesta
terra. Quando passamos um vislumbre sobre os reinos deste mundo conseguimos
detetar quatro dimensões de um reino, são estes:
·
Rei ou Presidente: Autoridade máxima
sobre todos.
·
Corte, executivo ou
Governo:
fazedores de leis, Autoridades sobre os súditos.
·
Povo: Os súditos ou os
povos de uma nação
·
Território: Espaço geográfico
onde é estabelecido o reino ou a nação.
Contudo
é necessário recordar que todos os sistemas de governo no mundo, imitam aquilo
que Deus planejou desde a criação. Este é o sistema de governo criado por Deus
e utilizado por Ele ao longo da história humana. Portanto, o Seu reino também é
estruturado nessas quatro dimensões. Veja como encontrá-los nos versos
bíblicos:
·
O
reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados
ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os
domínios o servirão e lhe obedecerão. (Dan. 7:27)
Neste verso muito conhecido podemos
vislumbrar as 4 dimensões de um reino:
•
REI: Deus, o Rei dos reis (Altíssimo).
•
GOVERNO: Os filhos de Deus, escolhidos antes da
fundação do mundo (povo dos santos do Altíssimo).
•
POVO: Todo o restante da humanidade (e todos os domínios o servirão e lhe
obedecerão).
•
TERRITÓRIO: O planeta terra (O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu,
ou seja, a terra).
Observe
que os reinos da terra (debaixo de todo o céu) que são os povos e nações, obedecerão
e servirão aos santos do Altíssimo, servirão a igreja vencedora em nome do
Filho de Deus, e PARA SEMPRE! Este é o plano maravilhoso que Deus tem
projetado para com o seu povo. Deus quer fazer do seu povo uma autoridade, um
governo quando estabelecer o seu reino. E aqueles que são escolhidos por Deus
precisam conhecer essa verdade, precisam conhecer que chegará um tempo em que
eles serão chamados à reinar. Serão chamados a serem reis e sacerdotes sobre todos os domínios
debaixo do céu.
·
Revesti-vos, pois, como eleitos de
Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de
humildade, de mansidão, de longanimidade (Col.3:12)
O texto é um convite à
prática da bondade, pois a misericórdia, a humildade, a mansidão e a
longanimidade estão todas ligadas a bondade. O exercício da bondade nos torna
amáveis para com o próximo não importa quem seja, também nos torna humildes
aceitando as limitações do nosso irmão e tratá-lo sempre com mansidão e
longanimidade. Vivemos em tempos difíceis até mesmo em nossos relacionamentos,
precisamos aprender a pensar como Deus pensa, demonstrar bondade sempre, ainda
que a mesma não seja valorizada ou ainda que a pessoa beneficiária não
reconheça nunca. Ainda assim devemos ser bondosos, pois o nosso Pai celestial é
bom em todo tempo. Uma vez que somos seus filhos, é necessário que em nosso
carácter reflitamos também a sua bondade. É necessário lembrar que ser bom não
depende do esforço individual de cada filho de Deus, mas sim da submissão aos
princípios Divino.
·
Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da
lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem
mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. (Ef.
5:25-27)
Cristo veio a este mundo
para confirmar o governo do reino de Deus (Dan. 2:44), e em sua vida terrena
deixou o exemplo de como os filhos de Deus devem caminhar em humildade perante
Deus e os homens. Sua missão atingiu o ponto alto quando consumado o sacrifício
pela humanidade na cruz do calvário. O apóstolo Paulo nos diz que Cristo sacrificou-se
pela igreja para limpá-la, purificá-la de tudo o que é mau, e por meio da
palavra de Deus (bíblia) a igreja é convidada a se abster das práticas mundanas. Tal
como o Cabeça da igreja andou por este mundo de forma humilde, fazendo o bem à
todos quantos necessitassem, quer fossem bons ou maus para com ele. De igual
modo a igreja de Deus sendo o corpo de Cristo é também chamada a viver de forma
humilde e irrepreensível em todas as circunstâncias da vida (I Pe. 2:20-21).
Somos chamados a alcançar um padrão de vida que é estabelecido por Deus e não estabelecido
pelos homens. Onde a vida em santidade, onde a vida de arrependimento, onde a
vida em amor ao próximo e a Deus seja o padrão máximo a alcançar neste mundo, e
esperar confiantes em Deus, que a seu tempo fará cumprir sua promessa à igreja,
de ser governo neste mundo.
·
Ao vencedor, que guardar até ao fim as
minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações. (Apoc. 2:26)
A nossa santificação,
abnegação, pureza é importante hoje, pois só assim faremos parte daqueles que
regerão as nações. Se negligenciarmos os nossos deveres como filhos do
Altíssimo hoje, amanhã será tarde. Deus renunciará os nossos direitos, tal como
Esaú perdeu o seu direito a primogenitura também perderemos se renunciarmos os nossos deveres.
Quem é o vencedor se não
aquele que com a ajuda de Deus consegue viver uma vida de arrependimento,
aquele que diante do que Cristo fez na cruz do calvário se submete à uma vida
de santificação. Sigamos olhando atentamente para a vida de Cristo, pois é Ele
que nos chama a atenção à guardarmos as suas obras até ao fim. Não importa se
já estamos filiados em uma instituição. Paremos, pensemos e meditemos se
realmente as obras de Cristo fazem parte de nosso dia-a-dia, se realmente as
obras de Cristo fazem parte do nosso ser. Cristo quer fazer de nós sua igreja,
e para com Ele reinar sobre os povos deste mundo, desde que você e eu estejamos
dispostos a guardar as obras que Ele deixou.
“Consolai-vos,
pois, uns aos outros com estas palavras”
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