quinta-feira, 26 de maio de 2016

Bondade

·         Como é grande a tua bondade, que reservaste para aqueles que te temem, e que, à vista dos filhos dos homens, concedes àqueles que se refugiam em ti! (Sal. 31:19)

A qualidade de ser benevolente, amável para com os outros é designada por bondade. Esta bondade pode se definir como aquela perfeição de Deus que o mantém solícito para tratar generosa e ternamente todas as suas criaturas.
Deus não é somente o maior dos seres, mas também o melhor de todos. Deus é originalmente bom em si mesmo, Deus não depende de ninguém para ter bondade, Ele a tem si mesmo. A bondade de Deus não é derivada, é própria. Tudo o que Deus faz é bom; tudo o que Deus aprova é bom, pois só Ele conhece o futuro.
A bondade de Deus é notória na variedade de prazeres naturais providenciados para o deleite das suas criaturas: cores, perfumes, sabores... "a terra está cheia da Sua bondade" (Salmos 33:5). É Deus quem providencia o sustento, até para os animais (Mateus 6:26). A bondade que os homens possuem é uma dádiva (Tiago 1:17), ou seja o homem não consegue ser bom sem Deus, pois a bondade também é um dos frutos do espírito (Gálatas 5:22).
Será que a bondade de Deus é igual para todos? Ou há alguma diferença na bondade, entre aqueles que O aceitam e aqueles que O negam? Se não há diferença, o que há então?
Deus é bom para com todos, Ele concede o mesmo sol, a mesma provisão de alimento, saúde para todo o homem sem exceção, mas também a palavra de Deus diz que Deus dentro da sua bondade tem um plano maior para com o seu povo, para com os escolhidos.
Como vimos no estudo anterior, Deus escolheu alguns (Apoc. 7:9) para fazerem parte do corpo de Cristo. A palavra de Deus diz que este (corpo de Cristo) não somente deve passar pelos sofrimento de Cristo, não somente deve se abster das práticas mundanas, como deve se manter puro e imaculado (I Tessalonicenses 4:7). E por que será? A bíblia também responde, dizendo que Deus escolheu os seus e tem um plano especial para com eles. Deus prometeu ao seu povo um bem maior. Deus prometeu aos seus santos um reino de paz, onde estes serão reis, onde estes serão o seu governo. O propósito de Deus para com o seu povo, para com o corpo que Cristo está formando é de primeiro formatar o caracter de Cristo, por meio do sofrimento de Cristo, da abnegação, da pureza e santificação neles, e estes filhos e filhas do Altíssimo serão coparticipantes com Cristo (Rom. 8:17), quando este reinar sobre as nações (Apoc. 19:15).
Nos países dos continentes europeu e americano essencialmente, onde a democracia é mais velha, logo mais clara aos nossos olhos vemos desde a muito os governos a se formarem de quatro à quatro, cinco à cinco ou mesmo de oito à oito ou dez à dez anos em casos de haver recondução de mandato e conforme a constituição. Em detrimento se é um sistema presidencialista ou semipresidencialista, cada líder, seja ele presidente ou primeiro ministro forma o seu governo e escolhe aqueles com quem querem governar durante o período do seu mandato. O líder não escolhe todos os habitantes da nação, mas sim alguns para regerem/governarem os demais. A escolha muitas vezes não depende de quem sabe mais, ou aparece mais. Existe alguns pressupostos que são levados a cabo, e o mais relevante é ser membro do partido que governa, e depois cair nas graças do líder.
Com Deus é exatamente o que acontece, Deus já escolheu aqueles que ao de governar os reinos desta terra. Vejamos como alguns versos nos mostram esta verdade:
·         Pois o SENHOR Altíssimo é tremendo, é o grande rei de toda a terra. Ele nos submeteu os povos e pôs sob os nossos pés as nações. Escolheu-nos a nossa herança, a glória de Jacó, a quem ele ama. (Sal. 47:2-4)
Alguém, por acaso, consegue ver o plano maior de Deus para com seus santos a partir deste verso?
 
O verso apresenta Deus como o Rei sobre toda a terra, sobre todos os povos e de seguida o salmista diz que Deus escolheu um grupo de pessoas que submete as nações da terra. Já na parte final o salmista identifica claramente quem são aqueles que submeterão os povos, as nações, será a gloria de Jacó (Israel), a quem Deus ama. Embora um bom número de igrejas cristãs não conseguem identificar sobre quem vão reinar, o texto diz que é sobre os povos, as nações.

      Porque é o teu povo e a tua herança que tiraste da terra do Egito, do meio do forno de ferro; ... Pois tu, ó SENHOR Deus, os separaste dentre todos os povos da terra para a tua herança, como falaste por intermédio do teu servo Moisés, quando tiraste do Egito a nossos pais. (1Reis 8:51-53)

Mais uma vez conseguimos ver o mesmo resultado, onde o povo que Deus escolheu dentre os demais povos recebe uma herança.

·         Eis que os céus e os céus dos céus são do SENHOR, teu Deus, a terra e tudo o que nela há. Tão-somente o SENHOR se afeiçoou a teus pais para os amar; a vós outros, descendentes deles, escolheu dentre todos os povos, como hoje se vê. (Deut. 10:14,15)

De novo podemos ver uma propriedade peculiar, dentre os demais, sobre todos os povos da terra, e quem são: Israel.

Como disse anteriormente, Deus quer constituir o seu reino, o seu governo aqui nesta terra. Quando passamos um vislumbre sobre os reinos deste mundo conseguimos detetar quatro dimensões de um reino, são estes:

·         Rei ou Presidente: Autoridade máxima sobre todos.

·         Corte, executivo ou Governo: fazedores de leis, Autoridades sobre os súditos.

·         Povo: Os súditos ou os povos de uma nação

·         Território: Espaço geográfico onde é estabelecido o reino ou a nação.

Contudo é necessário recordar que todos os sistemas de governo no mundo, imitam aquilo que Deus planejou desde a criação. Este é o sistema de governo criado por Deus e utilizado por Ele ao longo da história humana. Portanto, o Seu reino também é estruturado nessas quatro dimensões. Veja como encontrá-los nos versos bíblicos:

·         O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão. (Dan. 7:27)

Neste verso muito conhecido podemos vislumbrar as 4 dimensões de um reino:

      REI: Deus, o Rei dos reis (Altíssimo).

      GOVERNO: Os filhos de Deus, escolhidos antes da fundação do mundo (povo dos santos do Altíssimo).

      POVO: Todo o restante da humanidade (e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão).

      TERRITÓRIO: O planeta terra (O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu, ou seja, a terra).

Observe que os reinos da terra (debaixo de todo o céu) que são os povos e nações, obedecerão e servirão aos santos do Altíssimo, servirão a igreja vencedora em nome do Filho de Deus, e PARA SEMPRE! Este é o plano maravilhoso que Deus tem projetado para com o seu povo. Deus quer fazer do seu povo uma autoridade, um governo quando estabelecer o seu reino. E aqueles que são escolhidos por Deus precisam conhecer essa verdade, precisam conhecer que chegará um tempo em que eles serão chamados à reinar. Serão chamados a serem reis e sacerdotes sobre todos os domínios debaixo do céu.

·         Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade (Col.3:12)
O texto é um convite à prática da bondade, pois a misericórdia, a humildade, a mansidão e a longanimidade estão todas ligadas a bondade. O exercício da bondade nos torna amáveis para com o próximo não importa quem seja, também nos torna humildes aceitando as limitações do nosso irmão e tratá-lo sempre com mansidão e longanimidade. Vivemos em tempos difíceis até mesmo em nossos relacionamentos, precisamos aprender a pensar como Deus pensa, demonstrar bondade sempre, ainda que a mesma não seja valorizada ou ainda que a pessoa beneficiária não reconheça nunca. Ainda assim devemos ser bondosos, pois o nosso Pai celestial é bom em todo tempo. Uma vez que somos seus filhos, é necessário que em nosso carácter reflitamos também a sua bondade. É necessário lembrar que ser bom não depende do esforço individual de cada filho de Deus, mas sim da submissão aos princípios Divino.
·         Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. (Ef. 5:25-27)
Cristo veio a este mundo para confirmar o governo do reino de Deus (Dan. 2:44), e em sua vida terrena deixou o exemplo de como os filhos de Deus devem caminhar em humildade perante Deus e os homens. Sua missão atingiu o ponto alto quando consumado o sacrifício pela humanidade na cruz do calvário. O apóstolo Paulo nos diz que Cristo sacrificou-se pela igreja para limpá-la, purificá-la de tudo o que é mau, e por meio da palavra de Deus (bíblia) a igreja é convidada a se abster das práticas mundanas. Tal como o Cabeça da igreja andou por este mundo de forma humilde, fazendo o bem à todos quantos necessitassem, quer fossem bons ou maus para com ele. De igual modo a igreja de Deus sendo o corpo de Cristo é também chamada a viver de forma humilde e irrepreensível em todas as circunstâncias da vida (I Pe. 2:20-21). Somos chamados a alcançar um padrão de vida que é estabelecido por Deus e não estabelecido pelos homens. Onde a vida em santidade, onde a vida de arrependimento, onde a vida em amor ao próximo e a Deus seja o padrão máximo a alcançar neste mundo, e esperar confiantes em Deus, que a seu tempo fará cumprir sua promessa à igreja, de ser governo neste mundo.
·         Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações. (Apoc. 2:26)
A nossa santificação, abnegação, pureza é importante hoje, pois só assim faremos parte daqueles que regerão as nações. Se negligenciarmos os nossos deveres como filhos do Altíssimo hoje, amanhã será tarde. Deus renunciará os nossos direitos, tal como Esaú perdeu o seu direito a primogenitura também perderemos se renunciarmos os nossos deveres.
Quem é o vencedor se não aquele que com a ajuda de Deus consegue viver uma vida de arrependimento, aquele que diante do que Cristo fez na cruz do calvário se submete à uma vida de santificação. Sigamos olhando atentamente para a vida de Cristo, pois é Ele que nos chama a atenção à guardarmos as suas obras até ao fim. Não importa se já estamos filiados em uma instituição. Paremos, pensemos e meditemos se realmente as obras de Cristo fazem parte de nosso dia-a-dia, se realmente as obras de Cristo fazem parte do nosso ser. Cristo quer fazer de nós sua igreja, e para com Ele reinar sobre os povos deste mundo, desde que você e eu estejamos dispostos a guardar as obras que Ele deixou.


 “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”
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