quinta-feira, 9 de junho de 2016

Imutabilidade

·         Porque Eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ò filhos de Jacó, não sois consumidos. (Mal. 3:6)


A imutabilidade é o atributo divino segundo o qual Deus não pode mudar. Há muitas variantes de interpretação a respeito do alcance desta imutabilidade. Para a maior parte dos autores, é a natureza de Deus que não pode ser alterada por causa alguma.

A imutabilidade de Deus é Sua “constância” ou o fato dEle ser “sempre-o-mesmo”. Deus é absolutamente perfeito e não pode mudar para melhor, nem mudar para pior. Embora tudo mais esteja em estado de constante mudança, Deus permanece o mesmo para sempre e sempre.

A mutabilidade pertence à toda criação, a imutabilidade pertence somente a Deus. Os céus que vemos constantemente mudam a aparência: às vezes estão limpos, outras vezes estão escuros por causa das nuvens e trevas. A face da terra muda a aparência de estação a estação, mas Deus permanece imutável na sua natureza.
É importante referir que a imutabilidade de Deus não sofreu variação quando Ele decidiu criar o mundo. Quando se entende que Deus mudou ao criar o mundo, então é porque confundimos mudança e manifestação.
Enquanto escrevo, o sol brilha pela janela de meu quarto; em breve seu brilho desaparecerá, mas isto não implica mudança no sol, ele continua o mesmo; o que há é somente uma manifestação diferente. Além disto, uma mudança na atividade não implica mudança de caráter ou natureza. O fato de se manifestar de forma diferente por causa do pecado, não significa que haja variação de caráter em sua Pessoa.
Entre o professo povo cristão a Imutabilidade de Deus é um tema esgotado, pois todos creem que em Deus não existe variação em todos os sentidos. Contudo é neste capitulo onde há mais falha. Se for para o nosso beneficio Deus é imutável, senão então sorrateiramente Ele pode mudar desde não haja percepção da mesma mudança. "Exigimos" que Deus se comporte de acordo com o atributo da Imutabilidade quando nos convém, mas pode variar se nos prejudicar ou se não for em nosso favor. Achamos que os olhos de Deus estão voltados para os cristãos de forma redobrada em detrimento daqueles que Ele escolhera a partir de Abraão. Mas, sabem por que hoje aceitamos tal como aceitamos? Sabem por que não compreendemos a doutrina da escolha bem como da permanência da raça humana neste planeta em detrimento do céu? Por causa da espúria doutrina da "teoria da substituição".
No Antigo Testamento vemos Deus a escolher o povo Israelita a partir de Abrão, Isaac e Jacó, para com eles realizar um grande plano entre as nações. Deus viu Abrão antes sequer do mundo ter existido. Posteriormente quando o chamou, Deus prometeu a Abrão que faria dele uma bênção entre as nações. Mesmo tendo Abraão pecado na sua caminhada, Deus deu continuidade ao seu imutável plano até a descendência de Jacó, a nação Israelita.
Opa! Espera lá! Eu disse seu imutável plano? O plano que Deus estabeleceu com Abraão é imutável? Se não, então que plano era?
·         Nada acrescentes as suas Palavras pra que não seja achado mentiroso. (Provérbios 30:6)
Se Israel era assim tão “má” porquê Deus na Sua onisciência não implementou o cristianismo desde o início? Uma vez que os cristãos são “bons”, e Deus não os rejeita. Digam lá, escolher outro grupo é ou não é uma mudança de plano? É ou não é uma mudança de atitude?
Vamos ainda definir melhor mudança e manifestação:
Mudança: é a variação das coisas de um estado para outro.
Manifestação: expressão pública de opiniões, sentimentos ou ações.
Perguntaria a igreja de hoje: E, se Deus criasse um mundo paralelo ao nosso, e colocasse lá outros Adão e Eva para iniciar o mesmo plano que executou aqui, mas sem pecado? Já imaginaste esta possibilidade?
Provavelmente muitos dirão que Deus é imutável, que já na sua Onisciência previu isto, e pelo seu amor, Deus não poderia fazer uma mudança como esta, isto significaria que Ele não seria Deus, mas sim, um homem.
Pois bem, então o que dizer da “mudança” que Deus fez no percurso deste mundo?  Isto para a maior parte dos cristãos. O que dizer quando dissemos que Deus rejeitou a Israel e escolheu os cristãos? Alguém no seu juízo pode afirmar que isto não é mudança? Quer queiramos quer não isto é mudança. Provavelmente alguém diria: Deus condicionou a promessa a Abraão por isso é que houve rejeição de Israel. Será? Será que a promessa à Abraão foi feita na base do “SE”? Não esqueçamos que a finalidade da escolha é para reinar não para ser salvo. A salvação cada um, individualmente, terá de garantir diante de Deus, e claro nos méritos de Cristo. Deus mudaria os reis da terra?
Deus ensinou por meio de Adão, o primeiro homem, que os pactos a se realizar deveriam ser feitos com base na morte de animais, pois sem sangue não haveria pacto (Gên. 3:21). E isto, passou-se de geração a geração, e Abraão também aprendeu. Deus no seu amor escolheu Abraão, para fazer dele uma grande nação, e por meio dele serem benditas todas as nações da terra:
·         Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herdá-la. E disse Abrão: Senhor, como saberei que hei de herdá-la? E disse-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. E trouxe-lhe todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu. E as aves desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava. E pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abrão; e eis que grande espanto e grande escuridão caiu sobre ele…. E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades. Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: a tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; a terra dos cineus, dos ceneseus, dos cadmoneus, dos heteus, dos ferezeus, dos amorreus, dos cananeus, dos gergeseus e dos jebuseus.” (Gên. 15:7-12,17-21)
Deus ao escolher Abrão, não foi porque este era uma pessoa integra, pois a família de Abrão adorava deuses pagãos (Gên. 31:19), foi por amor que Deus fez dele seu filho e pai das nações. O Senhor reforça o seu voto, mas Abrão na sua humanidade duvida, e é assim que Deus promove um pacto bilateral por meio de sangue, para que Abrão não duvidasse mais. Mas no momento em que o pacto deveria acontecer, Abrão cai em sono, então aquilo que deveria ser um pacto bilateral passou a ser um pacto unilateral, só Deus presenciou o consumar dos animais, quando Abrão acordou o pacto já estava feito. A compreensão deste pacto só foi melhor entendida, quando mais tarde ao mudar o nome de Abrão para Abraão, Deus afirma categoricamente que é: aliança perpétua (Gên. 17:7).
Paulo para reforçar ainda mais este pacto, diz:
·         Pois os homens juram por quem é maior do que eles, e o juramento para confirmação é, para eles, o fim de toda contenda. Assim que, querendo Deus mostrar mais abundantemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu conselho, se interpôs com juramento; para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos poderosa consolação, nós, os que nos refugiamos em lançar mão da esperança proposta; (Heb. 6:16-18).
Poderia Deus ter jurado em vão? É importante compreender, que embora tenhamos aprendido que Israel foi rejeitada, isto não corresponde a verdade. Deus em nenhum momento mudou o seu plano. Embora existam textos que pareçam que houve rejeição da parte de Deus, a verdade é que isto não aconteceu. Existe sim e claramente textos a mostrar que Deus castigou e castigará seu povo devido o pecado. O que acontece, é que nós cristãos preferimos relaxar, e esperar que as ideias humanas que nos agradem perpetuem, sem nenhuma contestação, ao invés de estudarmos a palavra de Deus.
AGOSTINHO DE HIPONA E A TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO
Ao contrário do que muitos pregam por aí, a igreja não substituiu Israel nos planos de Deus. Esta abominável “doutrina” é conhecida como “Teologia da Substituição”, cujo autor é o “Pai do antissemitismo”, Agostinho de Hipona, o tal “Santo Agostinho” dos católicos, na imagem.

“O teólogo católico Agostinho de Hipona (354-430), o qual com a sua obra ‘Cidade de Deus’ criou o antissemitismo, que iria gerar implacáveis perseguições aos judeus no mundo inteiro, sob a alegação de que eles foram os imperdoáveis assassinos do Senhor Jesus Cristo.
O livro de Agostinho tem dominado as mentes, desde que foi escrito, e tem influenciado também os protestantes, que aderiram à teologia da substituição, acreditando que a igreja substituiu Israel no plano divino e, portanto, os judeus caíram definitivamente da graça de Deus, por terem rejeitado o seu Messias. Agostinho criou a falsa teologia de que a Igreja de Roma é a substituta literal e por direito de Israel e que todas as promessas feitas por Deus ao Seu povo passaram a valer somente para o ‘Israel de Deus’, isto é, a Igreja de Roma [segundo a interpretação dele]. A partir dessa doutrina, Roma tomou o lugar de Jerusalém, autodenominando-se ‘Cidade Santa’ e os papas tomaram o lugar do Cristo, proclamando-se ‘Vigários de Cristo’. (Mary Schultze).
Os estragos da Teologia da Substituição têm sido enormes: separou o povo de Israel da Igreja de Cristo, trazendo desprezo, separação e até mesmo ódio contra Israel;
·         Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o meu Senhor se esqueceu de mim. Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim. (Is. 49:14-16)
Quando leio um texto como este, só posso chegar a uma de duas conclusões: Ou Deus é um tremendo mentiroso e quer nos ludibriar, ou a igreja, infelizmente, segue ensinos demoníacos, que fazem transparecer mutabilidade em Deus. Porque o texto diz claramente que Sião (Israel) faz uma afirmação triste, na qual, diz que o Senhor a desamparou, esqueceu-se dela. Mas em resposta, o Senhor afirma que: “Ainda que uma mãe venha a se esquecer de seu filho de peito, que é algo muito difícil de acontecer, o Senhor jamais se esqueceria de Sião (Israel).
Ou será que esta passagem entende-se de outra maneira? Será que quando Isaías recebeu esta visão viu Deus a se referir para os cristãos de hoje e não para o seu próprio povo? Se assim foi, de igual modo, continua a ser um Deus mutável, porque Ele disse JAMAIS se esquecerá de Sião.
·         Deus não é o homem, para que minta; nem filho do homem para que se arrependa. Porventura diria Ele, e não faria? Ou não falaria, e não confirmaria? (Núm. 23:19)
Israel tem sido rebelde desde o princípio. Sua condição atual não é nada de novo. Deus tem punido Israel por seus pecados. A pior punição, porém, está por vir durante a Grande Tribulação, que culminará na batalha de Armagedom. No entanto, as promessas a Abraão, Isaque, e Jacó permanecem e serão cumpridas pela graça de Deus. Porquanto se a bênção de Deus vem apenas para os cristãos porque estes são dignos dela, então toda a humanidade está condenada. Pois, como a Bíblia nos lembra, "todos pecaram" (Rom. 3:23; 5:12).
A igreja precisa tirar da mente que Deus relegou, baniu a nação de Israel em detrimentos dos cristãos. Queridos, é só ler um pouco mais e verás que não houve nenhuma renúncia da parte de Deus, em relação ao seu povo escolhido.
·         Que vantagem, pois, tem o judeu? ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em todo sentido; primeiramente, porque lhe foram confiados os oráculos de Deus. Pois quê? Se alguns foram infiéis, porventura a sua infidelidade anulará a fidelidade de Deus? De modo nenhum; antes seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado. (Rom. 3:1-4)
Precisamos de perceber que não é a infidelidade de alguns do povo de Israel, em não aceitarem o evangelho pregado pelo Senhor Jesus, que anularia a promessa que Deus fez a Abraão e sua descendência. O povo de Israel ainda é o povo escolhido, ainda é a nação herdeira de Deus, ainda faz parte dos planos de Deus.
Paulo ao escrever estas palavras aos Romanos, acredito que procurava dissipar algumas duvidas que surgiram naquele tempo. E chego a pensar, que talvez tenha sido para um grupo de israelitas que ali estavam, ou para alguns gentios que se julgavam superiores aos Israelitas, por estes (gentios convertidos) abraçarem o cristianismo. Isto é notório na maneira como Paulo fala mais tarde no capitulo 11:
·         E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado no lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás então: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu pela tua fé estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme; porque, se Deus não poupou os ramos naturais, não te poupará a ti. (Rom. 11:17-21)
Paulo aplica o sentido figurativo, caracterizando cada pessoa de Israel como um ramo da arvore de oliveira, e diz que alguns desses ramos foram quebrados (não todos). Diz ainda ao zambujeiro (oliveira incapaz de dar frutos ou impróprio para o consumo) para não se gloriar de estar enxertado na arvore de oliveira e achar que os ramos quebrados perderam-se para sempre.
Vamos entender melhor este capitulo:
·         Pergunto, pois: Acaso rejeitou Deus ao seu povo? De modo nenhum; por que eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou ao seu povo que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como ele fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e procuraram tirar-me a vida? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil varões que não dobraram os joelhos diante de Baal. Assim, pois, também no tempo presente ficou um remanescente segundo a eleição da graça. Mas se é pela graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Pois quê? O que Israel busca, isso não o alcançou; mas os eleitos alcançaram; e os outros foram endurecidos, (Rom. 11:1-7)
Paulo no capitulo 11, volta a afirmar que Deus não é mutável, pois não rejeitou o seu povo. Se os cristãos de hoje querem realmente banir a Israel como povo escolhido, também devem abandonar os escritos de Paulo. Porquê?
Primeiro, porque os cristãos creem que Israel foi rejeitada depois da morte de Cristo. Então Paulo só pode ser um falso profeta uma vez que sendo ele Israelita de nascença, Deus não usaria um rejeitado que perseguia os cristãos, não usaria um anticristo para ser o mensageiro dos gentios, sendo ele dos “rejeitados” (para os cristãos). Deus deveria usar os novos escolhidos para pregar aos gentios.
Segundo, porque Paulo supostamente mentiu quando disse: Deus não rejeitou ao seu povo que antes conheceu.
Terceiro, porque Paulo exalta um povo mais do que os outros, povo este que supostamente foi rejeitado. É só observarmos a maneira como ele trata o povo Hebreu como herdeiro legitimo de Abraão nos méritos de Cristo e diz aos gentios que são coerdeiros do mesmo pacto, não herdeiros.
Queridos, o que Paulo está a nos transmitir é que mesmo havendo alguns que rejeitaram a mensagem de Jesus e não aceitaram o evangelho, Deus, tal como no tempo de Elias, guardou alguns que aceitaram o evangelho de seu Filho, na qual, Paulo da tribo de Benjamim, também faz parte e ele os denominou de remanescente segundo a eleição da graça.
·         como está escrito: Deus lhes deu um espírito entorpecido, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até o dia de hoje. E Davi diz: Torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, e em tropeço, e em retribuição; escureçam-se-lhes os olhos para não verem, e tu encurva-lhes sempre as costas. Logo, pergunto: Porventura tropeçaram de modo que caíssem? De maneira nenhuma, antes pelo seu tropeço veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. Ora se o tropeço deles é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude! Mas é a vós, gentios, que falo; e, porquanto sou apóstolo dos gentios, glorifico o meu ministério, para ver se de algum modo posso incitar à emulação os da minha raça e salvar alguns deles. Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? (Rom. 11:8-15)
Embora um bom número de Israelitas tenha tropeçado, a verdade é que não caíram, como diz as escrituras. Apenas o seu tropeço serviu de salvação aos gentios. Deus na sua onisciência viu que tudo isso aconteceria. Se Deus viu que tudo isso iria de acontecer antes da fundação do mundo como poderia Ele escolher um povo e depois rejeita-lo? Das duas uma, ou Deus não viu, logo não é Onisciente, ou Deus não é imutável, pois cansou-se do povo que Ele já sabia que rejeitaria o seu Enviado na sua caminhada.
Será que a parte de Israel que tropeçou pode se arrepender e voltar para Cristo? Se sim, então porquê rejeita-la. Se no final eles podem receber Cristo e viver o cristianismo: Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? A parte de Israel que tropeçou não permanecerá para sempre assim, e tal como os gentios cristãos despertaram, haverá também um despertamento para a nação Israelita (Rom.11:30-32).
·         Considera pois a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; para contigo, a bondade de Deus, se permaneceres nessa bondade; do contrário também tu serás cortado. E ainda eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os enxertar novamente. Pois se tu foste cortado do natural zambujeiro, e contra a natureza enxertado em oliveira legítima, quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira esses que são ramos naturais! Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado; e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades; e este será o meu pacto com eles, quando eu tirar os seus pecados. Quanto ao evangelho, eles na verdade, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais. Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis. (Rom. 11:22-29)
Como disse anteriormente, Paulo prefigurou cada Israelita como um ramo da oliveira (v.17), mostrou que existe os ramos zambujeiros (v.17), mostrou que existe uma raiz (Cristo) que alimenta a arvore. Agora, quem é esta arvore de oliveira?
A arvore de oliveira é a nação escolhida, o Israel. Nós os zambujeiros é que somos enxertados a esta arvore (Israel), e não o que se prega hoje, transparecendo que os oráculos de Deus foram confiados aos zambujeiros, é o contrário (Rom.3:2). Paulo ao dizer que todo o Israel será salvo refere-se aos ramos naturais e aos zambujeiros enxertados. Somos nós que ao aceitarmos o cristianismo, estamos a fazer parte deste grupo, pois Jesus não virá por outro grupo que não seja o seu Israel, disso a cristandade pode ter certeza, pois o que Deus estabeleceu é irrevogável.
·         Portanto, lembrai-vos que outrora vós, gentios na carne, chamam circuncisão, feita pela mão dos homens, estáveis naquele tempo sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em si mesmo, dos dois um novo homem, assim fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade; e, vindo, ele evangelizou paz a vós que estáveis longe, e paz aos que estavam perto; porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito. (Ef. 2:11-22)
Querida igreja, acho que o texto acima é tão elucidativo que não requer mais nenhuma explicação, mais ainda assim é necessário destacar o sublinhado, e realçar aquilo que Paulo disse: Todo aquele que anda sem Cristo neste mundo, está sem a comunidade de Israel, está sem a promessa, está sem esperança e sem Deus no mundo; e estar separado da comunidade de Israel é perder a herança, pois serão eles que herdarão o reino que há de vir.
Porquê Paulo diz que estamos sem a comunidade de Israel, se esta supostamente foi rejeitada? Por isso volto a afirmar, se Israel foi banida, também devemos banir os escritos de Paulo, pois neste texto, ele transmitiu uma inverdade aos cristãos de Efésios e de outras gerações.
A verdade é que a promessa do qual os zambujeiros fariam parte de Israel, foi antecipadamente planejada, mas esteve oculta até a plenitude dos tempos. O enxerto dos zambujeiros era um mistério, que só foi revelado quando a igreja que Cristo deixou, atingiu a maturidade espiritual suficiente, para abraçar esta verdade.
·         Por esta razão eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, gentios, se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como pela revelação, me foi dado a conhecer o mistério, conforme acima em poucas palavras vos escrevi, pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como se revelou agora no Espírito aos seus santos apóstolos e profetas, a saber, que os gentios são coerdeiros e membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho; do qual fui feito ministro, segundo o dom da graça de Deus, que me foi dada conforme a operação do seu poder. (Ef. 3:1-7)
Paulo fala aos zambujeiros da cidade de Efésios que, o que vos escrevi acima (cap. 2:11-22), estava guardado em mistério, só foi revelado agora aos apóstolos e profetas: Que a partir do momento em que o plano da salvação foi consumado na cruz, vós zambujeiros naturais, deixareis de ser zambujeiros e passareis a ser ramos naturais da arvore de oliveira (Israel) por meio do evangelho, fazendo parte da promessa de Deus à Abraão.
·         Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a descendência, não somente à que é da lei (os ramos naturais), mas também à que é da fé (os zambujeiros) que teve Abraão, o qual é pai de todos nós. (como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, que vivifica os mortos, e chama as coisas que não são, como se já fossem. O qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência; (Rom. 4:16-18)
Sabemos que Deus tem todos os motivos para rejeitar a Israel, pois este povo foi idolatra, adultero, fazia coisas que não eram aceites por Deus e para culminar a maior parte do povo rejeitou o Filho de Deus, Aquele que é o salvador deles em particular, e nosso no geral. Mas a verdade é que antes deste povo existir Deus fez um juramento (Gên. 17:7) e igualmente faz um desafio pra você que rejeitas o seu povo eleito (Israel): que meças os céus, que meças os fundamentos da terra. Se conseguires então Deus rejeitará a nação Israelita.
·         Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante de Mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante Mim para sempre. Assim diz o SENHOR: Se poderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR. (Jer. 31:35-37)
Embora o sistema religioso quer fazer dos ramos zambujeiros o centro do cristianismo, a verdade é que o centro passa por aqueles que desde a eternidade lá atrás foram escolhidos pelo próprio Deus (Rom. 3:1,2). Atentemos com diligência para as escrituras, vigiemos na sã doutrina. Estejamos sóbrios e em especial quando se trata de uma doutrina que substitui uns pelos outros como se Deus fosse mutável. Vigiemos, pois com ela (doutrina errônea) atrai outros tantos erros doutrinários. Oremos também por aqueles a quem Deus tem voltada a sua especial atenção (Israel), tal como a bíblia nos alerta sobre Jerusalém (sal. 122:6; Rom. 10:1).


“Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”
Share:

0 comentários:

Enviar um comentário

Translate

CATEGORIAS

Seguidores