A imutabilidade é o atributo divino segundo o qual Deus não pode mudar. Há muitas variantes de interpretação a respeito do alcance desta imutabilidade. Para a maior parte dos autores, é a natureza de Deus que não pode ser alterada por causa alguma.
A imutabilidade de Deus é Sua
“constância” ou o fato dEle ser “sempre-o-mesmo”. Deus é absolutamente perfeito
e não pode mudar para melhor, nem mudar para pior. Embora tudo mais esteja em
estado de constante mudança, Deus permanece o mesmo para sempre e sempre.
A
mutabilidade pertence à toda criação, a imutabilidade pertence somente a Deus.
Os céus que vemos constantemente mudam a aparência: às vezes estão limpos,
outras vezes estão escuros por causa das nuvens e trevas. A face da terra muda
a aparência de estação a estação, mas Deus permanece imutável na sua natureza.
É
importante referir que a imutabilidade de Deus não sofreu variação quando Ele decidiu
criar o mundo. Quando se entende que Deus mudou ao criar o mundo, então é porque
confundimos mudança e manifestação.
Enquanto
escrevo, o sol brilha pela janela de meu quarto; em breve seu brilho
desaparecerá, mas isto não implica mudança no sol, ele continua o mesmo; o que
há é somente uma manifestação diferente. Além disto, uma mudança na atividade
não implica mudança de caráter ou natureza. O fato de se manifestar de forma
diferente por causa do pecado, não significa que haja variação de caráter em
sua Pessoa.
Entre o professo povo cristão a Imutabilidade de Deus é um tema esgotado, pois todos creem que em Deus não existe variação em todos os sentidos. Contudo é neste capitulo onde há mais falha. Se for para o nosso beneficio Deus é imutável, senão então sorrateiramente Ele pode mudar desde não haja percepção da mesma mudança. "Exigimos" que Deus se comporte de acordo com o atributo da Imutabilidade quando nos convém, mas pode variar se nos prejudicar ou se não for em nosso favor. Achamos que os olhos de Deus estão voltados para os cristãos de forma redobrada em detrimento daqueles que Ele escolhera a partir de Abraão. Mas, sabem por que hoje aceitamos tal como aceitamos? Sabem por que não compreendemos a doutrina da escolha bem como da permanência da raça humana neste planeta em detrimento do céu? Por causa da espúria doutrina da "teoria da substituição".
No
Antigo Testamento vemos Deus a escolher o povo Israelita a partir de Abrão,
Isaac e Jacó, para com eles realizar um grande plano entre as nações. Deus viu
Abrão antes sequer do mundo ter existido. Posteriormente quando o chamou, Deus
prometeu a Abrão que faria dele uma bênção entre as nações. Mesmo tendo Abraão
pecado na sua caminhada, Deus deu continuidade ao seu imutável plano até a
descendência de Jacó, a nação Israelita.
Opa!
Espera lá! Eu disse seu imutável plano? O plano que Deus estabeleceu com Abraão é imutável? Se não, então que plano era?
·
Nada
acrescentes as suas Palavras pra que não seja achado mentiroso. (Provérbios
30:6)
Se
Israel era assim tão “má” porquê Deus na Sua onisciência não implementou o
cristianismo desde o início? Uma vez que os cristãos são “bons”, e Deus não os rejeita.
Digam lá, escolher outro grupo é ou não é uma mudança de plano? É ou não é uma mudança de atitude?
Vamos
ainda definir melhor mudança e manifestação:
Mudança:
é a variação das coisas de um estado para
outro.
Manifestação:
expressão pública de opiniões, sentimentos ou ações.
Perguntaria a igreja de
hoje: E, se Deus criasse um mundo paralelo ao nosso, e colocasse lá outros
Adão e Eva para iniciar o mesmo plano que executou aqui, mas sem pecado? Já
imaginaste esta possibilidade?
Provavelmente
muitos dirão que Deus é imutável, que já na sua Onisciência previu isto, e pelo
seu amor, Deus não poderia fazer uma mudança como esta, isto significaria que Ele
não seria Deus, mas sim, um homem.
Pois
bem, então o que dizer da “mudança” que Deus fez no percurso deste mundo? Isto para
a maior parte dos cristãos. O que dizer quando dissemos que Deus rejeitou a
Israel e escolheu os cristãos? Alguém no seu juízo pode afirmar que isto não é
mudança? Quer queiramos quer não isto é mudança. Provavelmente alguém diria: Deus condicionou a promessa a Abraão por isso é que houve rejeição de Israel. Será? Será que
a promessa à Abraão foi feita na base do “SE”? Não esqueçamos que a finalidade da escolha é para reinar não para ser salvo. A salvação cada um, individualmente, terá de garantir diante de Deus, e claro nos méritos de Cristo. Deus mudaria os reis da terra?
Deus ensinou por meio de Adão, o primeiro homem, que os pactos a se
realizar deveriam ser feitos com base na morte de animais, pois sem sangue não
haveria pacto (Gên. 3:21). E isto, passou-se de geração a geração, e Abraão
também aprendeu. Deus no seu amor escolheu Abraão, para fazer dele uma grande
nação, e por meio dele serem benditas todas as nações da terra:
·
Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor, que te
tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herdá-la. E disse
Abrão: Senhor,
como saberei que hei de herdá-la? E disse-lhe: Toma-me
uma novilha de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos,
uma rola e um pombinho. E trouxe-lhe todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs
cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu. E as aves desciam
sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava. E pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abrão; e eis que grande espanto e grande
escuridão caiu sobre ele…. E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis
um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades.
Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: a tua descendência tenho dado esta terra,
desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; a
terra dos cineus, dos ceneseus, dos cadmoneus, dos heteus, dos ferezeus, dos
amorreus, dos cananeus, dos gergeseus e dos jebuseus.” (Gên. 15:7-12,17-21)
Deus ao escolher Abrão, não foi porque este era uma pessoa integra, pois
a família de Abrão adorava deuses pagãos (Gên. 31:19), foi por amor que Deus
fez dele seu filho e pai das nações. O Senhor reforça o seu voto, mas Abrão na
sua humanidade duvida, e é assim que Deus promove um pacto bilateral por meio
de sangue, para que Abrão não duvidasse mais. Mas no momento em que o pacto
deveria acontecer, Abrão cai em sono, então aquilo que deveria ser um pacto
bilateral passou a ser um pacto unilateral, só Deus presenciou o consumar dos
animais, quando Abrão acordou o pacto já estava feito. A compreensão deste
pacto só foi melhor entendida, quando mais tarde ao mudar o nome de Abrão para
Abraão, Deus afirma categoricamente que é: aliança perpétua (Gên. 17:7).
Paulo para reforçar ainda mais este pacto, diz:
·
Pois os homens juram por quem é maior do
que eles, e o juramento para confirmação é, para eles, o fim de toda
contenda. Assim que, querendo Deus mostrar mais abundantemente aos herdeiros
da promessa a imutabilidade do seu conselho, se interpôs com juramento;
para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta,
tenhamos poderosa consolação, nós, os que nos refugiamos em lançar mão da
esperança proposta; (Heb. 6:16-18).
Poderia Deus ter jurado em vão? É
importante compreender, que embora tenhamos aprendido que Israel foi rejeitada,
isto não corresponde a verdade. Deus em nenhum momento mudou o seu plano.
Embora existam textos que pareçam que houve rejeição da parte de Deus, a verdade
é que isto não aconteceu. Existe sim e claramente textos a mostrar que Deus
castigou e castigará seu povo devido o pecado. O que acontece, é que nós
cristãos preferimos relaxar, e esperar que as ideias humanas que nos agradem
perpetuem, sem nenhuma contestação, ao invés de estudarmos a palavra de Deus.
AGOSTINHO DE
HIPONA E A TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO
Ao contrário do que muitos pregam por aí, a
igreja não substituiu Israel nos planos de Deus. Esta abominável “doutrina”
é conhecida como “Teologia da Substituição”, cujo autor é o “Pai do
antissemitismo”, Agostinho de Hipona, o tal “Santo Agostinho” dos católicos, na
imagem.
“O teólogo
católico Agostinho de Hipona (354-430), o qual com a sua obra ‘Cidade de Deus’
criou o antissemitismo, que iria gerar implacáveis perseguições aos judeus no
mundo inteiro, sob a alegação de que eles foram os imperdoáveis assassinos do
Senhor Jesus Cristo.
O livro de
Agostinho tem dominado as mentes, desde que foi escrito, e tem influenciado
também os protestantes, que aderiram à teologia da substituição, acreditando
que a igreja substituiu Israel no plano divino e, portanto, os judeus caíram
definitivamente da graça de Deus, por terem rejeitado o seu Messias. Agostinho
criou a falsa teologia de que a Igreja de Roma é a substituta literal e por
direito de Israel e que todas as promessas feitas por Deus ao Seu povo passaram
a valer somente para o ‘Israel de Deus’, isto é, a Igreja de Roma [segundo a
interpretação dele]. A partir dessa doutrina, Roma tomou o lugar de Jerusalém,
autodenominando-se ‘Cidade Santa’ e os papas tomaram o lugar do Cristo,
proclamando-se ‘Vigários de Cristo’. (Mary
Schultze).
Os estragos
da Teologia da Substituição têm sido enormes: separou o povo de Israel da
Igreja de Cristo, trazendo desprezo, separação e até mesmo ódio contra Israel;
·
Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o
meu Senhor se esqueceu de mim. Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de
peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que
esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas
das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim.
(Is. 49:14-16)
Quando leio um
texto como este, só posso chegar a uma de duas conclusões: Ou Deus é um
tremendo mentiroso e quer nos ludibriar, ou a igreja, infelizmente, segue
ensinos demoníacos, que fazem transparecer mutabilidade em Deus. Porque o texto
diz claramente que Sião (Israel) faz uma afirmação triste, na qual, diz que o
Senhor a desamparou, esqueceu-se dela. Mas em resposta, o Senhor afirma que: “Ainda
que uma mãe venha a se esquecer de seu filho de peito, que é algo muito difícil
de acontecer, o Senhor jamais se esqueceria de Sião (Israel).
Ou será que
esta passagem entende-se de outra maneira? Será que quando Isaías recebeu esta
visão viu Deus a se referir para os cristãos de hoje e não para o seu próprio povo?
Se assim foi, de igual modo, continua a ser um Deus mutável, porque Ele disse
JAMAIS se esquecerá de Sião.
·
Deus não é o homem, para que minta;
nem filho do homem para que se arrependa. Porventura diria Ele, e não faria? Ou
não falaria, e não confirmaria? (Núm. 23:19)
Israel tem sido rebelde desde o princípio. Sua
condição atual não é nada de novo. Deus tem punido Israel por seus pecados. A
pior punição, porém, está por vir durante a Grande Tribulação, que culminará na
batalha de Armagedom. No entanto, as promessas a Abraão, Isaque, e Jacó
permanecem e serão cumpridas pela graça de Deus. Porquanto se a bênção de Deus
vem apenas para os cristãos porque estes são dignos dela, então toda a
humanidade está condenada. Pois, como a Bíblia nos lembra, "todos
pecaram" (Rom. 3:23; 5:12).
A igreja precisa tirar da mente que Deus relegou,
baniu a nação de Israel em detrimentos dos cristãos. Queridos, é só ler um
pouco mais e verás que não houve nenhuma renúncia da parte de Deus, em relação
ao seu povo escolhido.
·
Que vantagem, pois, tem o judeu? ou qual a
utilidade da circuncisão? Muita, em todo sentido; primeiramente, porque lhe
foram confiados os oráculos de Deus. Pois quê? Se alguns foram infiéis, porventura a
sua infidelidade anulará a fidelidade de Deus? De modo nenhum; antes seja
Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso; como está
escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores
julgado. (Rom. 3:1-4)
Precisamos
de perceber que não é a infidelidade de alguns do povo de Israel, em não aceitarem o
evangelho pregado pelo Senhor Jesus, que anularia a promessa que Deus fez a
Abraão e sua descendência. O povo de Israel ainda é o povo escolhido, ainda é a
nação herdeira de Deus, ainda faz parte dos planos de Deus.
Paulo
ao escrever estas palavras aos Romanos, acredito que procurava dissipar algumas
duvidas que surgiram naquele tempo. E chego a pensar, que talvez tenha sido
para um grupo de israelitas que ali estavam, ou para alguns gentios que se
julgavam superiores aos Israelitas, por estes (gentios convertidos) abraçarem o
cristianismo. Isto é notório na maneira como Paulo fala mais tarde no capitulo
11:
·
E se alguns dos ramos foram quebrados, e
tu, sendo zambujeiro, foste enxertado no lugar deles e feito participante da
raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra
eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás
então: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está bem; pela
sua incredulidade foram quebrados, e tu pela tua fé estás firme. Não te
ensoberbeças, mas teme; porque, se Deus não poupou os ramos naturais, não te
poupará a ti. (Rom. 11:17-21)
Paulo
aplica o sentido figurativo, caracterizando cada pessoa de Israel como um ramo
da arvore de oliveira, e diz que alguns desses ramos foram quebrados (não todos). Diz ainda ao zambujeiro (oliveira incapaz de dar frutos
ou impróprio para o consumo) para não se gloriar de estar enxertado na arvore de
oliveira e achar que os ramos quebrados perderam-se para sempre.
Vamos
entender melhor este capitulo:
·
Pergunto, pois: Acaso rejeitou Deus ao seu
povo? De modo nenhum; por que eu
também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou ao seu povo que antes
conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de
Elias, como ele fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus
profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e procuraram tirar-me a
vida? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil varões que
não dobraram os joelhos diante de Baal. Assim, pois, também no tempo
presente ficou um remanescente segundo a eleição da graça. Mas se é pela
graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Pois
quê? O que Israel busca, isso não o alcançou; mas os eleitos alcançaram; e os outros
foram endurecidos, (Rom. 11:1-7)
Paulo no capitulo 11, volta a afirmar que
Deus não é mutável, pois não rejeitou o seu povo. Se os cristãos de hoje querem
realmente banir a Israel como povo escolhido, também devem abandonar os
escritos de Paulo. Porquê?
Primeiro, porque os cristãos creem que
Israel foi rejeitada depois da morte de Cristo. Então Paulo só pode ser um
falso profeta uma vez que sendo ele Israelita de nascença, Deus não usaria um
rejeitado que perseguia os cristãos, não usaria um anticristo para ser o
mensageiro dos gentios, sendo ele dos “rejeitados” (para os cristãos). Deus
deveria usar os novos escolhidos para pregar aos gentios.
Segundo, porque Paulo supostamente mentiu
quando disse: Deus não rejeitou ao seu povo que antes conheceu.
Terceiro, porque Paulo exalta um povo mais
do que os outros, povo este que supostamente foi rejeitado. É só observarmos a
maneira como ele trata o povo Hebreu como herdeiro legitimo de Abraão nos
méritos de Cristo e diz aos gentios que são coerdeiros do mesmo pacto,
não herdeiros.
Queridos, o que Paulo está a nos
transmitir é que mesmo havendo alguns que rejeitaram a mensagem de Jesus e não
aceitaram o evangelho, Deus, tal como no tempo de Elias, guardou alguns que
aceitaram o evangelho de seu Filho, na qual, Paulo da tribo de Benjamim, também
faz parte e ele os denominou de remanescente
segundo a eleição da graça.
·
como está escrito: Deus lhes deu um
espírito entorpecido, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até o
dia de hoje. E Davi diz: Torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, e em
tropeço, e em retribuição; escureçam-se-lhes os olhos para não verem, e tu
encurva-lhes sempre as costas. Logo, pergunto: Porventura tropeçaram de modo
que caíssem? De maneira
nenhuma, antes pelo seu tropeço veio a salvação
aos gentios, para os incitar à emulação. Ora se o tropeço deles é a riqueza do
mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!
Mas é a vós, gentios, que falo; e, porquanto sou apóstolo dos gentios,
glorifico o meu ministério, para ver se de algum modo posso incitar à
emulação os da minha raça e salvar alguns deles. Porque, se a sua rejeição é a
reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os
mortos? (Rom. 11:8-15)
Embora um bom número de Israelitas tenha
tropeçado, a verdade é que não caíram, como diz as escrituras. Apenas o seu
tropeço serviu de salvação aos gentios. Deus na sua onisciência viu que tudo
isso aconteceria. Se Deus viu que tudo isso iria de acontecer antes da fundação
do mundo como poderia Ele escolher um povo e depois rejeita-lo? Das duas uma,
ou Deus não viu, logo não é Onisciente, ou Deus não é imutável, pois cansou-se
do povo que Ele já sabia que rejeitaria o seu Enviado na sua caminhada.
Será que a parte de Israel que tropeçou
pode se arrepender e voltar para Cristo? Se sim, então porquê rejeita-la. Se no
final eles podem receber Cristo e viver o cristianismo: Porque, se a sua rejeição é a
reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os
mortos? A parte de Israel que tropeçou não permanecerá para sempre
assim, e tal como os gentios cristãos despertaram, haverá também um
despertamento para a nação Israelita (Rom.11:30-32).
·
Considera pois a bondade e a severidade de
Deus: para com os que caíram, severidade; para contigo, a bondade de Deus, se
permaneceres nessa bondade; do contrário também tu serás cortado. E ainda eles,
se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus
para os enxertar novamente. Pois se tu foste cortado do natural zambujeiro, e
contra a natureza enxertado em oliveira legítima, quanto mais não serão
enxertados na sua própria oliveira esses que são ramos naturais! Porque
não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não presumais de vós
mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude
dos gentios haja entrado; e assim todo o
Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o
Libertador, e desviará de Jacó as impiedades; e este será o meu pacto com
eles, quando eu tirar os seus pecados. Quanto ao evangelho, eles na verdade,
são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos
pais. Porque os dons e a vocação de Deus
são irrevogáveis. (Rom. 11:22-29)
Como
disse anteriormente, Paulo prefigurou cada Israelita como um ramo da oliveira
(v.17), mostrou que existe os ramos zambujeiros (v.17), mostrou que existe uma
raiz (Cristo) que alimenta a arvore. Agora, quem é esta arvore de oliveira?
A
arvore de oliveira é a nação escolhida, o Israel. Nós os zambujeiros é que
somos enxertados a esta arvore (Israel), e não o que se prega hoje,
transparecendo que os oráculos de Deus foram confiados aos zambujeiros, é o
contrário (Rom.3:2). Paulo ao dizer que todo o Israel será salvo refere-se aos
ramos naturais e aos zambujeiros enxertados. Somos nós que ao aceitarmos o
cristianismo, estamos a fazer parte deste grupo, pois Jesus não virá por outro
grupo que não seja o seu Israel, disso a cristandade pode ter certeza, pois o
que Deus estabeleceu é irrevogável.
·
Portanto, lembrai-vos que outrora vós, gentios na
carne, chamam circuncisão, feita pela mão dos homens, estáveis naquele
tempo sem Cristo, separados da
comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo
esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vós,
que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de
ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação
que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos
mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em si mesmo, dos dois um novo
homem, assim fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um
só corpo, tendo por ela matado a inimizade; e, vindo, ele evangelizou paz
a vós que estáveis longe, e paz aos que estavam perto; porque por ele
ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Assim, pois, não sois mais
estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da
família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos
profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no
qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no
qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no
Espírito. (Ef. 2:11-22)
Querida
igreja, acho que o texto acima é tão elucidativo que não requer mais nenhuma
explicação, mais ainda assim é necessário destacar o sublinhado, e realçar
aquilo que Paulo disse: Todo aquele que anda sem Cristo neste mundo, está sem a
comunidade de Israel, está sem a promessa, está sem esperança e sem Deus no
mundo; e estar separado da comunidade de Israel é perder a herança, pois serão
eles que herdarão o reino que há de vir.
Porquê
Paulo diz que estamos sem a comunidade de Israel, se esta supostamente foi
rejeitada? Por isso volto a afirmar, se Israel foi banida, também devemos banir
os escritos de Paulo, pois neste texto, ele transmitiu uma inverdade aos
cristãos de Efésios e de outras gerações.
A
verdade é que a promessa do qual os zambujeiros fariam parte de Israel, foi antecipadamente
planejada, mas esteve oculta até a plenitude dos tempos. O enxerto dos zambujeiros
era um mistério, que só foi revelado quando a igreja que Cristo deixou, atingiu
a maturidade espiritual suficiente, para abraçar esta verdade.
·
Por esta razão eu, Paulo, o prisioneiro de
Cristo Jesus por amor de vós, gentios, se é que tendes ouvido a dispensação da
graça de Deus, que para convosco me foi dada; como pela revelação, me foi dado a
conhecer o mistério, conforme acima em poucas palavras vos escrevi, pelo que,
quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do
mistério de Cristo, o qual em outras gerações não foi manifestado aos
filhos dos homens, como se revelou agora no Espírito aos seus santos apóstolos
e profetas, a saber, que os
gentios são coerdeiros e membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa
em Cristo Jesus por meio do evangelho; do qual fui feito ministro, segundo o
dom da graça de Deus, que me foi dada conforme a operação do seu
poder. (Ef. 3:1-7)
Paulo
fala aos zambujeiros da cidade de Efésios que, o que vos escrevi acima (cap.
2:11-22), estava guardado em mistério, só foi revelado agora aos apóstolos e
profetas: Que a partir do momento em que o plano da salvação foi consumado na
cruz, vós zambujeiros naturais, deixareis de ser zambujeiros e passareis a ser
ramos naturais da arvore de oliveira (Israel) por meio do evangelho, fazendo
parte da promessa de Deus à Abraão.
·
Porquanto procede da fé o ser herdeiro,
para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a
descendência, não somente à que é da lei (os ramos naturais), mas também à que
é da fé (os zambujeiros) que teve
Abraão, o qual é pai de todos nós. (como está escrito: Por pai de muitas
nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, que vivifica
os mortos, e chama as coisas que não são, como se já fossem. O qual, em
esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações,
conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência; (Rom. 4:16-18)
Sabemos
que Deus tem todos os motivos para rejeitar a Israel, pois este povo foi
idolatra, adultero, fazia coisas que não eram aceites por Deus e para culminar
a maior parte do povo rejeitou o Filho de Deus, Aquele que é o salvador deles
em particular, e nosso no geral. Mas a verdade é que antes deste povo existir Deus
fez um juramento (Gên. 17:7) e igualmente faz um desafio pra você que rejeitas o
seu povo eleito (Israel): que meças os céus, que meças os fundamentos da
terra. Se conseguires então Deus rejeitará a nação Israelita.
·
Assim
diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às
estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas;
SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante de Mim,
diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante
Mim para sempre. Assim diz o SENHOR: Se poderem ser medidos os céus lá em cima
e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a
descendência de Israel por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR. (Jer. 31:35-37)
Embora
o sistema religioso quer fazer dos ramos zambujeiros o centro do cristianismo,
a verdade é que o centro passa por aqueles que desde a eternidade lá atrás
foram escolhidos pelo próprio Deus (Rom. 3:1,2). Atentemos com diligência para
as escrituras, vigiemos na sã doutrina. Estejamos sóbrios e em especial quando
se trata de uma doutrina que substitui uns pelos outros como se Deus fosse
mutável. Vigiemos, pois com ela (doutrina errônea) atrai outros tantos erros doutrinários.
Oremos também por aqueles a quem Deus tem voltada a sua especial atenção (Israel),
tal como a bíblia nos alerta sobre Jerusalém (sal. 122:6; Rom. 10:1).
“Consolai-vos, pois, uns
aos outros com estas palavras”
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