Eternidade

·          Antes que os montes nascessem,

ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus. (Sl. 90:2)

Antes que Deus fizesse o universo, não havia matéria e ainda assim, ele criou todas as coisas (Gn 1:1; Jo 1:3; I Co 8:6; Cl 1:16; Hb 1:2). O estudo da física nos diz que a matéria, o tempo e o espaço precisam ocorrer ao mesmo tempo; se não há matéria não pode haver nem espaço nem tempo. Assim, antes que Deus criasse o universo, não havia “tempo”, pelo menos não no sentido de uma sucessão de momentos. Portanto, quando Deus criou o universo, também criou o tempo. Quando Deus começou a criar o universo, o tempo começou, e começou a haver uma sucessão de momentos e acontecimentos encadeados. Mas antes de haver um universo, e antes de haver o tempo, Deus sempre existiu, sem principio e sem ser influenciado pelo tempo. E o tempo, portanto, não tem existência por si mesmo, mas, como o resto da criação, depende do eterno poder divino para continuar existindo.

Mas o facto de Deus ser eterno ou de não sofrer influência do tempo não significa que esteja alheio ao tempo; pelo contrário, o Senhor domina o tempo que para ele é sempre “presente”. Para Deus, não há passado, presente e futuro. Ele sempre vê a história em “tempo real”:

·         “(...) mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite”(Sal.90:4).

Diante de tudo isto, é importante considerarmos o seguinte: O tempo é sempre presente para Deus, mas quando age na história humana respeita os limites que ele mesmo estabeleceu ao criar o universo: o passado, o presente e o futuro. O ser humano está preso ao tempo e ao espaço; por isso, Deus vê os eventos humanos dentro desses limites e atua conforme estes condicionamentos temporais, para poder oferecer seu amor, sua graça, sua misericórdia; para nos salvar usa termos humanos que expressam o passado e o futuro:

·         “Quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde aquele tempo o anunciou? Porventura, não o fiz eu, o Senhor? Pois não há outro Deus, senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21; 46:9-10).

Como igreja crer que o Deus que seguimos é eterno nos dá imensa satisfação e alegria. Porquanto sabemos que o Deus da bíblia prometeu-nos a eternidade com Ele. E falar da eternidade leva-nos a refletir aquilo que é apregoado nas igrejas ("Quando Jesus voltar o planeta vai ser destruído e nós todos transformados estaremos no céu gozando a salvação").

Será que a volta de Cristo trás consigo a eternidade? Se quando Cristo voltar o objetivo passa por irmos ao céu, então quando é que os escolhidos herdarão a sua herança? Pra quem ainda não viu a herança dos escolhidos clica aqui. Alguém no céu pode reinar sem súbditos?

Um dos maiores erros teológicos no sistema religioso e com grande propagação tem sido o início da eternidade, para aqueles que se encontrarão vivos quando Cristo voltar. Se perguntarmos sobre o assunto que é de vital importância para os cristãos, um bom número de cristãos afirmará que começa quando Cristo voltar, Ele nos levará para o céu e reinaremos com Jesus durante mil anos, ou mesmo por toda a eternidade no céu. E, isto quer dizer que, quando Cristo voltar a terra trará consigo a vida eterna, para todos aqueles que permanecerem vivos na Sua presença após o Seu juízo.

Parte deste erro teológico entre nós, os cristãos, surge porque olhamos para o antigo testamento e retiramos somente aquilo que nos interessa. Olhamos para as profecias relacionadas à Israel e achamos que nada interessa para os cristãos. E por causa disto, a igreja hoje crê que toda a herança (eternidade), ou senão mesmo uma parte da herança (milénio) é no céu, o que não é bíblico.

Numa coisa estamos todos de acordo. O reino dos céus terá início quando Cristo voltar à terra. Mas onde se estabelecerá este reino? Na terra, no céu? Uma parte no céu e depois na terra? Ou todo no céu?

·     Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos. Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo destruído; pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo. Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio todavia foi-lhes concedida prolongação de vida por um prazo e mais um tempo. (Dan. 7:9-12)

Os versos mostram claramente que mesmo depois de destruir o quarto animal, Cristo concederá vida aos restantes povos que compõem os 3 reinos/animais por um prazo (não está definido) e por um tempo. Mas antes de os conceder prolongação de vida, lhes será tirado o domínio de seus reinos (não esqueçamos que estes povos são povos que até hoje rejeitam a Jesus. Até hoje não vivem o cristianismo, não se santificaram, logo não fazem parte da igreja de Cristo, e mesmo assim terão prolongação de vida). ...todavia foi-lhes concedida prolongação de vida por um prazo e mais um tempo. (Dan. 7:12)

·      Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim.  O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão. (Daniel 7:25-27)

Daniel viu o reino deste quarto animal a ser destruído para sempre. Mas também em consequência desta destruição, Daniel viu os reinos deste mundo a serem entregues aos santos do Altíssimo.

O que a igreja estará a fazer no céu durante o milénio se todos os reinos, domínios debaixo do céu estarão a ser entregues aos santos do Altíssimo?

O reino milenar não será o sonho humano propagado pelos lideres religiosos (no céu), o reino milenar é sim o restabelecimento do plano de Deus ao criar a terra, é o restabelecer o reino à Israel. Israel será a primeira entre as nações como a foi prometida (Deut. 7:6), e seus filhos serão os reis entre os filhos das nações.

Depois que Jesus ressuscitou dos mortos os seus discípulos perguntaram-lhe sobre o tempo que Ele iria restaurar a glória do reino de Israel: "...Senhor, é nesse tempo que você está restaurando o reino de Israel?..." (Atos 1: 6- 7). De nenhuma maneira Jesus repreende os seus discípulos como foi o caso de João e Tiago, quando queriam ser os primeiros no reino de Cristo (Mar. 10:35-37); pois se a restauração de Israel se tratasse de uma doutrina errada Cristo os repreenderia na hora. Teria dito que não haverá restauração de Israel porque todos os salvos estarão no céu. Em vez disso, Ele lhes assegurou que, no momento adequado, de acordo com o tempo determinado pelo Pai, Ele vai voltar e restaurar o reino de Israel.

O contrário do que acontece hoje, se o homem desejar se rebelar, uma vez que de Israel virá a lei para todas as nações (Is.2:3), o castigo será de imediato (Zac. 14:17), embora este castigo não seja a morte imediata, aquele que viver em pecado, após cem anos será amaldiçoado (Is. 65:20). Cristo em seu reino corrigirá as nações (Miqueias 4:3). Reinos como o Egipto, a Assíria, que até hoje são reinos pagãos, serão convertidos e abençoados, tornando-se em nações bem aventuradas (Isaías 19:19-25). Reino de Cristo será favorável para os habitantes da terra, pois não haverá mais guerras (Is. 2:4; Os. 2:18; Zac. 9:10), animais ferozes terão a sua natureza mudada (Isaías 11:6-8), em Jerusalém as doenças desaparecerão (Is. 33:24; 35:5,6). E como sabemos, satanás e os seus estarão no poço do abismo (Apoc. 20:2,3). O homem não sofrerá influências externas para pecar, o que não quer dizer, que não haverá pecado. Haverá alguns que deliberadamente vão pecar no reino de Cristo (Zac.13:2,3; Is.26:10).

É importante referir que os santos do Altíssimo não estarão todos num só ponto do planeta, em Jerusalém; estarão também entre as nações, governando-as:

·      E o resto de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho da parte do Senhor, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem aguarda filpios de homens. Também o resto de Jacó estará entre as nações, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais do bosque, como um leão novo entre os rebanhos de ovelhas, o qual, quando passar, as pisará e despedaçará, sem que haja quem as livre (Miq. 5:7,8)

Isto acontecerá porque só os escolhidos transformados terão a sua força aumentada exponencialmente (Is. 60:22). E é em meio a este poderio que os filhos de Deus reinarão.

Quer estejamos no Reino Milenar, quer no Reino Eterno nossa morada não será no céu, mas na terra. Contudo é necessário entender os dois reinos para não misturarmos os acontecimentos, transparecendo que um deles ou todos serão no céu.

Tal como João Batista foi percursor  de Cristo preparando o caminho do Messias, mostrando o verdadeiro significado do arrependimento. O reino milenar é um reino percursor do reino eterno. É para preparar os habitantes da terra para a chegada do Altíssimo. É um reino que mostrará aos habitantes da terra o verdadeiro significado da santidade de Deus por meio dos seus santos.

Diferenças entre o reino milenar e o reino eterno:

1.   No Reino Milenar haverá sol, lua e mar: (Is. 30:26; Ezeq. 47:8), enquanto que no Reino Eterno não haverá sol, lua e mar (Is. 60:19,20; Apoc. 21:1; 22:5).

2.   No Reino Milenar haverá um templo: todos os habitantes da terra irão a Jerusalém adorar o Senhor Jesus (Zac. 14:16-19; Ezeq. 40 à 44), enquanto que no Reino Eterno não haverá templo (Apoc. 21:22).           

3.   No Reino Milenar ainda haverá morte: (Is. 65:20), porém no Reino Eterno jamais haverá (Apoc. 21:4).

4.   No Reino Milenar haverá pecado: (Is. 65:20; Zac. 14:16-19), jamais se pecará na eternidade (Apoc. 21:27).

5.   No Reino Milenar haverá um rio revigorador que partirá do Santuário: (Ezeq. 47:12), enquanto que no Reino Eterno o rio partirá do trono de Deus (Apoc. 22:2).

Até os próprios filhos dos homens estarão intitulando aos escolhidos de sacerdotes, de ministros. Por que será?

·      E eles edificarão as antigas ruínas, levantarão as desolações de outrora, restaurarão as cidades assoladas, as desolações de muitas gerações. E haverá estrangeiros, que apascentarão os vossos rebanhos; e estranhos serão os vossos lavradores e os vossos vinheiros. Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus; comereis as riquezas das nações, e na sua glória vos gloriareis. (Is. 61:4-6)

Com que objetivo Deus trocaria os seus planos em relação ao habitat do homem? Como compreender que Deus que é imutável promete a Abraão herdar a terra e reinar sobre os homens, mas na sua ressurreição não vê esta promessa cumprida?

Provavelmente alguém poderia perguntar:
Mas Cristo não prometeu preparar-nos um lugar para onde Ele estiver estejamos nós também?

Sim, Cristo prometeu. Só que não há nenhum texto que suporta a ideia que depois de Cristo estabelecer o reino de seu Pai na terra (Dan. 2:44) volta de novo para o céu. Muito pelo contrário, há inúmeros textos que mostram que Cristo habitará entre nós no reino que Ele mesmo estabelecer.

·      E acontecerá naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém; Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e prantearão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito. Naquele dia será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom no vale de Megido. E a terra pranteará, cada família à parte: a família da casa de Davi à parte, e suas mulheres à parte; e a família da casa de Natã à parte, e suas mulheres à parte; A família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família de Simei à parte, e suas mulheres à parte. Todas as mais famílias remanescentes, cada família à parte, e suas mulheres à parte. (Zac. 12:9-14)

Cristo estará entre nós como Rei dos reis e Sacerdote. As nações desta terra presenciarão o reinado de Cristo, estarão submetidos a justiça do Renovo de Deus aqui na terra. Do contrário o céu seria totalmente diferente do que se prega. Veja:

A bíblia nos diz claramente que na vinda de Cristo haverá um grande terramoto que destruirá as cidades das nações; prenderá a satanás, destruirá a besta, o falso profeta, os ímpios e de seguida estabelecerá o seu reino aqui na terra (Dan. 2:44).

O engraçado é que a bíblia fala que Jesus vai reger as nações, e no seio cristão ninguém diz quem são estas nações. De que nações a bíblia está a tratar? Será que estas nações são os salvos, os santos do Altíssimo?

·         Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. (Apoc. 19:15)

Cristo regerá/governará as nações da terra com vara de ferro. Se estas nações forem os salvos, então muito pouco adianta a nossa abnegação hoje, pois quando Cristo estabelecer o seu reino, quer seja na terra ou no céu seremos servos e não filhos na eternidade. Se estas nações são os santos do Altíssimo vale muito pouco o esforço que a igreja faz para vencer o mundo, pois quando Cristo reger sobre estes salvos não vai dar margem de manobras. Ou aceitas a lei, ou és reprimido, ou seja, para Cristo não vai haver os herdeiros, pois Ele vai reger/governar com vara de ferro. Será?

A verdade é que estas nações não são os salvos. Não são santos do Altíssimo. São os filhos dos homens.

Os santos do Altíssimo, os salvos, os filhos de Deus, a igreja de Deus reinará com Cristo tal como a bíblia diz, e estes também regerão/governarão as nações com vara de ferro. Sim, os que pela graça forem feitos filhos de Deus, e vencerem até o fim regerão os filhos dos homens na vinda de Cristo.

·         Ao vencedor, que guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro. (Apoc. 2:26,27)

Embora Cristo afirma que o vencedor reinará sobre a terra (Apoc. 5:10), o sistema religioso diz o contrário. Diz que é no céu e durante os mil anos. A quem devemos acreditar? No pastor, no padre, no líder ou em Cristo?

O povo de Deus estará com Cristo na terra quando Este estabelecer o seu reino, e juntos com Cristo regerão os nações. Não será no céu porque lá não existe súbditos para a raça humana, pois para se reinar é necessário que além de reis haja súbditos, senão, podem até inventar, querido irmão, mas não seremos reis coisa nenhuma. O rei é aquele que governa/rege/submete outrem; sem que se exerça poder sobre outrem, ninguém no seu juízo perfeito pode se considerar rei.

Em apoc. 1:6, diz que também seremos sacerdotes. Como seremos sacerdotes? O exercício essencial do sacerdócio é fazer intercessão pelos outros. Agora se supostamente estivermos no céu, alguém poderia alterar a sentença daqueles que lá não estarão, uma vez, que estarão todos mortos como se prega?

Não quero fazer parte deste sacerdócio, pois é interceção aos mortos, é interceção daqueles que como a bíblia diz, nada sabem. Qualquer defesa que alguém possa fazer a respeito da ação do sacerdócio no suposto céu será nula, pois será tudo menos sacerdócio. Rever o caso de cada pessoa morta não se chama sacerdócio. Confirmar supostamente os casos de cada pessoa morta na presença de Deus no suposto céu conforme se prega não se trata de sacerdócio. Que ninguém se engane. Esta teoria trata-se sim de testemunhar e não de sacerdócio. Ser testemunha num tribunal não é a mesma coisa ser advogado. São coisas totalmente diferentes.

Lembra-te que hoje Cristo, o sumo sacerdote, tem alterado o percurso dos vivos; muitos pela Sua intercessão são chamados ao arrependimento.

• Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do Senhor. Ele mesmo edificará o templo do Senhor e será revestido de glória; assentar-se-á no seu trono, e dominará, e será sacerdote no seu trono; e reinará perfeita união entre ambos os ofícios. (Zac. 6:12,13)

E neste procedimento Ele vai continuar aqui na terra com os restantes escolhidos (1Cor. 6:2,3). Ninguém exercerá sacerdócio aos mortos no céu, porque o sumo sacerdote, o nosso exemplo, não exerce intercessão pelos mortos. Logo é logico que a vida na terra irá continuar onde os escolhidos de Deus exercerão o sacerdócio e regerão o mundo.

Antes de terminar gostaria de abrir a mente da igreja sobre enumeras passagens usadas, para defender o futuro da raça humana no céu. Mas, não falaremos de todos os textos, quero somente apresentar dois textos e deixar que a igreja faça a devida reflexão sobre os demais textos existentes.

·      Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. (Mat. 5:3)

Imagina que Barack Obama chegasse para as autoridades do mundo inteiro e dissesse: Para que se ultrapasse a crise económica existente os povos do mundo têm de, a partir de hoje, viver a “política dos EUA”, tereis de viver o tipo de “governação dos EUA”, só assim podereis ultrapassar esta crise.

Teria Obama dito que precisamos de viver as suas políticas nos EUA?

Todas as doutrinas devem ser criadas com base naquilo que a bíblia diz, e não em argumentações humanas, para satisfazer o nosso ego. Nem Jesus, nem algum outro profeta, prometeu o “reino nos céus” (governo que está nos céus), o que Jesus e os demais profetas prometeram é o “reino dos céus” (governo que vem dos céus). Alguém poderia dizer: Isto é uma má interpretação tua; não é pelo facto de estar “reino dos céus” que se deve interpretar “reino que vem dos céus”.

Ok, então que tal orarmos: Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Ops! Desculpa pronunciei-me mal, não quis dizer “venha”, quis dizer “vamos”. Vamos começar de novo: Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome. Vamos ao teu reino... Provavelmente Deus no seu interior diz: meu povo não sabe o que pede, pois ele diz venha, mas entende vamos.

A bíblia precisa ser entendida sem sofismas, para não ferir as expectativas dos cristãos que sonham com um céu que não lhes pertence. Cristo virá e estabelecerá o seu reino aqui na terra, não no céu, pois Ele é a pedra cortada sem mão que vem do céu e se faz uma montanha na terra (Dan. 2:44).

“Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”