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Pois
tu, Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra! És exaltado muito acima de todos
os deuses! (Sal. 97:9)
No dicionário da língua portuguesa, a palavra soberania está explicada como autoridade suprema que detém o poder sem restrições. Ser soberano é possuir poder supremo e autoridade, de forma que alguém está no completo controle de tudo e pode realizar qualquer coisa que queira. Soberania significa controle e domínio absoluto de Deus sobre tudo e sobre todos. Assim, Deus é, e está além e acima de toda força ou poder ou autoridade.
No dicionário da língua portuguesa, a palavra soberania está explicada como autoridade suprema que detém o poder sem restrições. Ser soberano é possuir poder supremo e autoridade, de forma que alguém está no completo controle de tudo e pode realizar qualquer coisa que queira. Soberania significa controle e domínio absoluto de Deus sobre tudo e sobre todos. Assim, Deus é, e está além e acima de toda força ou poder ou autoridade.
Quando se diz que Deus tem o
controlo absoluto de tudo e todos, não quer dizer que até os nossos pensamentos são planejados
por Deus (existe a crença que diz que: “Até o mover de nosso dedo Deus
planejou”). Deus bem poderia ter o controlo absoluto (no sentido literal da palavra), bem poderia
privar as pessoas de pensarem, de agirem, mas isso
iria contrariar o carater de Deus. Cair neste laço de passarinheiro colocaria Deus em
posição de que é Ele a origem do mal. É mesmo que dizer que é Deus quem colocou o mal em nós. É o mesmo que dizer que não somos nós quem fizemos o mal, mas é Deus que faz o mal em nós. E indo nesta crença, é ir
contra aquilo que a bíblia afirma (1João 3:4). Pecamos quando por nós mesmos pensamos e agimos
contrário daquilo que a lei de Deus orienta.
Muitos cristãos quando analisam a soberania
de Deus olham-no sempre na perspetiva errada das coisas como se até o “mover
dos dedos fosse preordenado pelo Deus soberano”. Olhar na perspetiva errada é
analisar um atributo isoladamente sem ter em conta todos os outros atributos
de Deus. Além de soberano, Deus é onipotente, santo, onipresente, justo,
amoroso, etc. E é pelo facto de ser amoroso que é inconcebível que um Deus
soberano cheio de amor coloque em pé de igualdade homens e máquinas, pois
ninguém teria liberdade de escolha, se de facto até o “mover dos dedos fossem
preordenados por Deus”. De modo nenhum isto pode ser assim, Deus é soberano
sim, mas também, pelo seu amor concede liberdade aos seus filhos para viverem
segundo suas escolhas.
Façamos então uma observação da soberania de Deus, mas dentro de
nossa esfera humana: Se o dono de uma empresa não é obedecido é porque o seu
trabalhador não está reconhecendo sua autoridade. Mas será que o dono da
empresa não tem autoridade na sua própria empresa? Acreditamos que tem. Da
mesma forma um rei não deixa de ser rei se algum de seus súditos resolve
desobedecer-lhe.
O mesmo também acontece para aquele que vive sob a autoridade de Deus, ou sob a autoridade de satanás. Deus não pode ser soberano na vida daquele que vive em desobediência (Ef. 5:5,6).
Deus é soberano porque a partir do
momento que sabe antecipadamente tudo aquilo que há de acontecer,
pode intervir sem que ninguém ouse questioná-lo. Deus não projetou o mundo para
o caus que hoje vivemos, mas ainda assim, em sua soberania, Deus intervém em
todos aspetos que Ele desejar sem que ninguém interfira. O mesmo também acontece para aquele que vive sob a autoridade de Deus, ou sob a autoridade de satanás. Deus não pode ser soberano na vida daquele que vive em desobediência (Ef. 5:5,6).
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Ele vos
vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais outrora
andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar,
do espírito que agora opera nos filhos de desobediência, entre os quais todos
nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da
carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os
demais. (Ef. 2:1-3)
Embora possa parecer estranho
para alguns, mas a soberania de Deus não muda o curso da vida de cada ser
humano a não ser que este permita. Deus criou o homem livre para obedecê-lo ou
não. Somos nós quem confirmamos a soberania
de Deus quando nos deixamos levar pela obediência à sua palavra.
·
Não sabeis que daquele a quem vos apresentais
como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja
do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que,
embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina
a que fostes entregues; e libertos do pecado, fostes feitos servos da justiça
(Rom. 6:16-18)
A quem decidirmos obedecer
este será o soberano em nossas vidas. Ninguém que pecando diga que é vontade de
Deus (Tiago 1:13). O ser humano foi criado para ser livre. Deus não é o soberano na
vida do homem a menos que este o permita, a menos que este escolha obedece-lo.
Como igreja de Deus somos chamados a viver uma vida de obediência ao Soberano
Deus. Deixar que Ele suplante nossas paixões, mentirinhas, cobiças, avareza e
tudo aquilo que nos distancia Dele.
Que ninguém se engane, em
pensar que pelo fato de pertencer a uma denominação, de estar ligado a uma
instituição religiosa seja sinónimo absoluto de estar sob autoridade de Deus,
pois satanás também tem os seus filhos dentro das instituições, quer estes
saibam ou não. Não é o louvor, a adoração que prestamos a Deus em nossas
instituições que define de quem realmente somos, mas sim, a quem dedicamos a
nossa obediência . E isto nos leva a seguinte pergunta: Quem controla a sua mente?
Por mais que fujamos desta
pergunta a verdade é que aquele que controla a nossa mente é este o soberano
de nossas vidas. É este que exerce autoridade sobre nossos corpos através da
mente.
·
Pois não é contra carne e sangue que temos que
lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes
do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões
celestes. (Ef. 6:12)
A luta, a guerra a se travar
não é carnal, mas sim espiritual e o campo de batalha é a mente. É onde os
súditos do Rei do universo travam as batalhas de decisões.
Não importa se somos os
maiores religiosos da nossa igreja, mas ao dedicar-mos maior parte do nosso
tempo em coisas desnecessárias, em coisas deste mundo, ao dedicarmos o nosso
tempo para realizações de sonhos carnais, ao dedicarmos o nosso tempo para a
satisfação do nosso ego, em vão é a nossa religiosidade, pois maior autoridade
exerce Satanás em nossa vida do que Deus.
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Tenha cuidado com o que você
pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos. (Prov. 4:23)
Para a igreja do final dos
tempos é primordial purificar a mente e deixar-se guiar pelo espírito de Cristo.
Naquilo que pensamos, naquilo que escolhemos diariamente, determinamos se
vivemos sob a influência, domínio e autoridade de Deus e seu Filho ou de
Satanás. O corpo é obediente à mente. Então quando o dia começa, devemos definir
desde já quem será a autoridade, o soberano do dia;
se para a carne ou para o espírito (Rom. 8:6).
Vamos criar uma cena imaginária, para ilustrar melhor a ausência ou presença da soberania de Deus em nossas vidas:
Vamos criar uma cena imaginária, para ilustrar melhor a ausência ou presença da soberania de Deus em nossas vidas:
v “Imagina
uma mulher prostituta, que com o passar do tempo entrega-se a Cristo e resolve
mudar o rumo de sua vida, abandonando antiga maneira de viver. Passa a ser uma
mulher dedicada na causa do Senhor, procura ter uma vida irrepreensível entre
os irmãos em Cristo. Sempre disposta a dar o seu melhor por cristo e pela
igreja. Mas esta mulher diz que diariamente tem lutado muito, de forma exaustiva
para não voltar a velha vida de prostituição, ela diz que sente um desejo de
voltar, mas luta e se sente cansada, porque não está a encontrar forças para
vencer, por isso ela partilha com a igreja para que orem por ela”.
Que luta é esta que ela trava todos os dias? É uma tentação ou uma
provação de Deus? O cristão não deve esquecer que nossas batalhas começam na
mente e transbordam para o exterior. Quando uma situação como esta é
apresentado à igreja o que acontece? É fácil visualizar um grupo dos líderes
da igreja deslocar-se ao encontro dessa irmã para fortalece-la. Numa sumula
poderia dizer que os argumentos, normalmente, são mais ou menos assim:
v Sabemos
o que estás a passar, saiba que isto é uma provação de Deus para ver se O amas,
tenha fé e esperança que tudo vai correr bem, é só perseverar na fé que esta
situação vai passar.
Muitos de nós tal como esta senhora imaginária enfrentamos lutas
diárias em nossas mentes, e sem percebermos a luta torna-se mais e mais
intensa a medida que o tempo passa. Quando demos por nós já estamos
mergulhados na vida que nos distancia do Soberano. Deixamos de estar sob a
tutela do soberano Deus. Por incrível que pareça lutamos, lutamos
incansavelmente para vencermos nossas paixões e cobiças diárias, mas ainda
assim voltamos a mergulhar nos mesmos erros que outrora decidíramos abandonar.
Por que não ser forte o suficiente para abandonar definitivamente um pecado? O
que falta? Tem sido as perguntas que nos inquieta: eu oro, jejuo, louvo,
evangelizo, e ainda assim quando tentado, volto a cair de novo. O que se passa?
Há um ditado que diz: “Aquilo que não é eterno, é eternamente inútil”. Quando o cristão alimenta-se de suas paixões,
mesmo sem saber, o resultado dá sempre numa separação entre Deus e o Homem.
Quando nos alimentamos de coisas frívolas, de carácter sensual, violento, entre
outros, abre sempre espaço para a sedução de nossa alma, e com a sedução à
nossa queda. Devemos entender que as nossas ações diárias, as nossas escolhas
momentâneas podem nos afastar ou não da presença de Deus. Quando alimentamos
nossas almas com aquilo que mais nos dá prazer não temos como agradar a Deus.
·
Finalmente,
irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo,
tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma
virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.
(Fp. 4:8)
Prestemos atenção: Para que tenhamos força de abandonar o pecado, e
possamos colocar Deus como soberano de nossas vidas temos de tomar escolhas
sábias. Escolhas que nos fortalecerão e nos colocarão de novo na rota de Deus
(Jó 34:4). Escolhas que permitirão a Deus encontrar de novo o nosso coração
limpo e fazer morada nele. Quando pecamos devemos ter consciência de que
nossas ações, quer sejam roubo, calunia, adultério, cobiça, idolatria são
apenas o efeito de nossas escolhas diárias. Não é contra estes (roubo,
calunia...) que devemos lutar diretamente, mas sim com as causas. Devemos olhar
antes para as causas que fizeram com que falhássemos. As causas que fizeram com
que nos separássemos de Deus. Maior parte das vezes não é o desejo do adultério, do roubo,
de calunias por si só que nos motiva a pratica-los. Antes pelo contrário são as
escolhas (causas) que fizemos que nos levam a adulterar, a roubar, etc.
Façamos uma analise:
Se tivéssemos poder para penetrar nos corações, e fizéssemos um
inquérito poderíamos ver que algumas mulheres ou homens entregam-se em muitos
relacionamentos (namoro), e as vezes até se intrometem em relacionamentos
conjugais, porque gostariam de ter uma vida melhor. Não porque gostam de sexo,
ou têm prazer em ter vários parceiros. Então, isto quer dizer que é a cobiça
que as persuadem a ter esses relacionamentos. E muitas vezes, mesmo sem que
elas queiram, acabam por se prostituir, devido a frequência de relacionamentos
que tiveram. Ou seja, não é o sexo propriamente dito que as motivou a esta
prática, mas sim a cobiça de ter uma vida melhor.
Não será que a maior parte dos ladrões passa por isso? Então cada um de nós deve tomar em atenção para a causa que nos persuade dia-a-dia a cair em pecado.
Não será que a maior parte dos ladrões passa por isso? Então cada um de nós deve tomar em atenção para a causa que nos persuade dia-a-dia a cair em pecado.
Mesmo que mintamos para nós mesmo, as tecnologias infelizmente têm sido
um dos catalisadores que nos impulsiona a cairmos em tentação. São eles que de
forma lenta e progressiva ganham espaço em nossas vidas. Perguntaria a alguém:
Como nos sentiríamos, num dia de folga, se ficássemos 24 horas sem ver aquilo que
alimenta as nossas paixões (televisão, facebook, telefone,etc.)?
Se não dar-mos atenção para as causas em todos os sentidos, o efeito
(pecado) morre sem culpa, ou pelo menos morre com culpa mal fundamentada, o que em direito da absolvição do suposto culpado. Neste sentido continuaremos intrinsicamente a dize: Eu oro, louvo, jejuo, evangelizo e não sei
porquê que continuo vivendo uma vida de pecado.
Voltemos ao imaginário:
v Imagina
que aquela mulher mesmo sabendo que foi uma prostituta não se retrai em
assistir programas sensuais que passam na TV.
Diria que a luta desta mulher é uma causa perdida. Ninguém, mais
absolutamente ninguém, que não alimenta uma tentação fica vivendo diariamente
com este desejo diário de querer voltar a velha vida. De querer voltar ao
pecado antigo. Não estou querendo dizer que o cristão não é tentado. É sim, mas
quando você é tentado somente num pecado especifico é porque o alimentas mesmo sem saber que o fazes. O que quero dizer é que nenhum filho de Deus sofre com um pecado especifico durante muito tempo sem que para tal não o alimente. É a escolha de não deixar este alimento (causa) distante de nós que sofremos tentação constante e cada vez mais forte.
·
Ninguém,
ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado
pelo mal e Ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela
sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de
haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a
morte. (Tiago 1:13-15)
Se voltasse a fazer a mesma pergunta acredito que fica claro a todos
que se trata de uma tentação, pois ela (a mulher) alimentou suas antigas
paixões. Mesmo não querendo, alimentou o que já estava morto em sua vida. E tal
como esta mulher, muitos de nós cristãos ficamos sem entender quando caímos em tentação. Negligenciamos as escolhas que fizemos a cada dia, e a cada momento. Deus é santo e para que estejamos diante de
sua presença devemos nos santificar, abandonar tudo o que nos faz distanciar
Dele.
Precisamos rever nossos
procedimentos, nossos pensamentos se estão de acordo com aquilo que Deus quer.
Precisamos nos certificar de que nossas escolhas são da vontade de Deus, pois
ao desobedecermos a Deus colocamos em causa a sua soberania em nossas vidas.
Querida igreja, devemos ter em mente que mais do que a reconhecida
soberania de Deus sobre o universo e tudo o que nele existe está a soberania
de Deus na vida de cada ser humano. Deus quer ser o soberano de nossas vidas, e
poder dirigir nossos passos em todos os sentidos. As escolhas que tomamos a
cada dia revela o nosso compromisso para com aquele a quem servimos, revela o compromisso para com aquele a
quem obedecemos. Revela quem é o soberano em nós; se é Deus ou Satanás.
"Consolai-vos, pois, uns
aos outros com estas palavras"
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