sexta-feira, 24 de junho de 2016

Amor

·         Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mais tenha a vida eterna (João 3:16).

“Deus é amor” (1JO 4.8) é a definição bíblica mais conhecida de Deus. O amor de Deus que conhecemos é aquele que é incondicional à humanidade, um amor ágape. “Nisto se manifestou o amor de Deus… em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo” 1João 4.9. O termo ágape aqui presente tem comparativamente pouco uso fora do Novo Testamento. Enquanto que o amor Eros fala de um amor associado a alguém digno, ágape é o amor pelos indignos, por alguém que perdeu todo o direito à devoção de quem o ama. O amor de Deus, ágape, é principalmente expresso na redenção dos pecadores e em tudo que está ligado a isso.
Ao longo das Escrituras Sagradas temos vislumbrado o amor de Deus e somos relembrados de que a prova de seu amor ilimitado é que Cristo morreu por nós (Rm 5:8; I Jo 4:9-10). Mas o amor não pretende simplesmente nos fazer sentir bem, mas, especialmente, este amor quer nos motivar a agir de forma que nos faça refletir sua bondade. O amor, requer atitudes práticas e, até mesmo, as desconfortáveis.
Quando entre cristãos nos circulamos de inquietações, colocando em duvida o amor de Deus por nós, me pergunto: É falta de conhecimento ou simplesmente nos dá prazer confundir os neófitos? E surgem perguntas como estas: “Se Deus já sabia o mal que satanás iria causar sobre nós, por que continuou com a criação, uma vez que Ele sabe as dificuldades que estamos a passar? Porque Deus nos deixa passar por este mal?” Questionamos o amor de Deus. E parece que Deus nada fez, senão simplesmente criar o homem. Muitas vezes somos levados a achar que o amor de Deus à humanidade não requereu da parte de Deus nenhum sacrifício. Achamos que foi um simples ato de criação e mais nada.
Facilmente olhamos para o nosso umbigo e gostaríamos que Deus tivesse feito mais, tivesse acabado o nosso sofrimento antes mesmo de ter começado, com a eliminação de satanás. Já parou para pensar que Deus também teve de sofrer e sofre com tudo isto?
A verdade é que o homem hoje sofre por causa do pecado, mas Deus muito antes de criar o mundo já sofria em seu coração, pois Deus sabia que se criasse o mundo também teria de entregar o seu Filho para ser morto. O que achas? Se fosse você querido irmão, seria pra te tão simples criar o mundo? Bem, para um rapaz e caçula da família, talvez não entenda bem o que estou a dizer. Mas para alguém com responsabilidade sobre os mais novos, desde pais, mães, avos, os primogênitos, tios, etc. Sabem que perder um filho, perder alguém sobre nossa tutela é uma dor quase insuportável. Quanto mais perder por causa de homens indignos.
Alguém estaria disposto a trocar a vida de seu "filho" pela vida de terroristas, ISIS, Boko Haran, etc?
Deus não escolheu amar alguns, mais sim o mundo, para que todos tenham acesso à vida eterna. Deus em seu coração sacrificou seu Filho, mesmo antes deste vir ao mundo e por amor daqueles (nós) que põem em causa o Seu amor.
Em causa estava um Filho. Conscientemente não vejo ninguém a trocar seu filho por causa de criaturas que ainda nem se quer foram feitas. Mas Deus sacrificou seu Filho em seu coração por amor de nós, mesmo antes de existirmos. E Deus quer que o amemos, Deus quer que sejamos dedicados a Sua pessoa, sujeitando o nosso eu à sua Pessoa. Jesus Cristo no seu ministério veio mostrar o seu Pai, e diz-nos que confiemos Naquele que sofreu antes de nós sofrermos. Cristo nos orienta a entregar-mo-nos Naquele que antes do mundo ter existido sofreu por amor dos que não existiam (nós).
É esse amor que Jesus requer de nós à Deus:
·         Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. (Mat.22:37,38)
Jesus apresenta três itens sobre o amor a Deus, ou seja, o amor verdadeiro a Deus deve passar pelo coração, alma e entendimento.
O Entendimento.
Quando amamos a Deus usando as faculdades mentais que Ele nos dá, estamos a preencher um lado importante no conhecimento de Deus, ou seja, ninguém que ama a Deus precisa mais de dizer “Deus não se entende, mas se aceita”. É com base neste item que Cristo nos chama a razão para nos envolvermos ao exame das escrituras, pois dela retiraremos não só a verdade que nos liberta, mas também a vida eterna.
Amar a Deus requer de nós o conhecimento de sua Pessoa. E o conhecimento de sua Pessoa requer um exame às escrituras (2Pe. 1:2). Requer de nós o provar de cada espirito (pregação, palavra, etc)
Quando Jesus esteve com a samaritana disse-lhe:
·         Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus. (Jo. 4:22)
Embora esta mulher desconhecesse muitas coisas devido à separação das dez tribos e meia com a tribo e meia (Judá e Benjamim), e com isso não pode conhecer muitas verdades. Cristo para nós nos diz que o uso das faculdades mentais, o exercício da mente para o entendimento das coisas que estão relacionadas com Deus são de vital importância, pois assim revelamos o amor que temos para com este Deus; porque não só conhecemos melhor, mas também fizemos a sua verdadeira vontade, não fabulas (sofismas) enraizado no cristianismo.
Quantos de nós seguimos a multidão e não a palavra? Quantos preferem se guardar no meio de muita gente (entenda-se: no meio das denominações) porque crê que a salvação em Cristo não passa alem daquela multidão? Quantos preferem salvaguardar a boa imagem de sua denominação em detrimento do cristianismo?

Como poderíamos guardar os mandamentos (Êx. 20) se não examinássemos, se não empreendêssemos o esforço para entender a palavra de Deus? Que amor estaríamos a transmitir se assim não fosse(1Jo.)?

O entendimento como parte do amor a Deus é importante, porque prova se realmente estas comprometido com a verdade ou não. Prova se realmente estas disposto em colocar a bíblia (a palavra de Deus) acima de qualquer doutrina denominacional. Só assim seremos libertos como prometeu Jesus (Jo. 8:32).
A Alma.
A bíblia não diz que alma é algo invisível que anda por aí desassociado do corpo. Muito pelo contrario, a bíblia diz que alma vivente é o resultado do corpo + espírito (folego de vida).
·         E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente. (Gên. 2:7)
Se alma é o nosso corpo vivente, então o que Cristo deseja ao dizer ama a Deus com a tua alma?
Cristo pede que amemos a Deus com o nosso corpo vivente. Cristo pede que amemos a Deus nas nossas praticas. Em cada ação Cristo clama que o dediquemos a Deus. Em nossos passos, nossa conduta, ao falarmos, ao olharmos, ao vestirmos mostremos que amamos a Deus.
·         Fugi da fornicação. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que fornica peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? (1cor. 6:18,19)

Examinemos as escrituras, buscando o conhecimento de Deus e de se Filho, e dispo-mo-nos ao espírito de Cristo para que Ele possa morar em nós.

Cada ação de um cristão de ser medido no termômetro divino (bíblia), pois Deus reclama do corpo a nós emprestado. Ninguém pode amar a Deus se não o fazer refletir nas obras que faz (não falo de salvação). Ninguém pode amar a Deus se seus atos são contrários as orientações dadas pelo próprio Deus. Então, revelamos nosso amor se aceitarmos entregar nosso corpo (entenda-se: Deus toma conta de nossos atos) a Deus para que seja Deus a cuida-lo e não nós. 
O Coração.
Pesquisas indicam que o coração é o símbolo das emoções. É como se todos os nossos sentimentos por ele passassem e nele deixassem suas marcas, as boas e as ruins. Essa concepção tem servido de matéria-prima para os poetas ao longo da história. Agora, a ciência está mostrando que a influência das emoções sobre o coração vai muito além da beleza da poesia. Novas pesquisas começam a revelar que amor, raiva, alegria, irritação, tristeza e toda a vasta gama de sentimentos experimentada pelo ser humano promovem modificações orgânicas de tal dimensão que podem contribuir de maneira decisiva para a vigor ou a falência do órgão. Pela primeira vez, essas descobertas dão as pistas do real peso das emoções sobre a saúde cardíaca. E forma-se pelo mundo uma corrente de especialistas que defende a inclusão de sentimentos como ansiedade e depressão na lista dos fatores de risco para males cardiovasculares. Eles estariam ao lado do colesterol, da hipertensão, o sedentarismo e de outras ameaças conhecidas.
“Com meu cérebro atinjo as barreiras da inteligência. Com o meu coração não consigo atingir um alvo certeiro, porque nunca houve limite e definição concreta pra o que se sente. Com os dois, sou invencível...”.
De: Sayuri Ogasawara
Falar do coração é falar de emoção, é falar de sentimentos. E Cristo nos alerta a demonstrarmos os nossos sentimentos a Deus. Cristo quer que reflitamos sobre o nosso amor para com Deus.
Voltemo-nos única e exclusivamente a Deus. Amamos a Deus de todo nosso coração, alma e entendimento?
Que sentimento expressamos para Deus?
Em nossa convivência com Deus temos errado, temos pecado e com certeza temos ferido o nosso Deus. E quando O ferimos demonstramos esse amor (abnegação do eu)? Mostramos para Deus que nós o ferimos que nós erramos contra Ele? Ou tememos as consequências que advêm dos nossos erros para apresentar as nossas desculpas?
Tal como no artigo Onisciência, pergunto: Quem de nós se preocupa com Deus quando peca? Quem de nós em detrimento do Juízo vindouro preocupa-se com Deus quando o ofende? Sim, o amor requer sacrifício de nossa parte para com Deus e não só de Deus para connosco (claro que não precisamos morrer, porque Cristo já o fez por todos nós).
Lembraste? Muito antes de enviar seu Filho ao mundo, Deus já O havia sacrificado. Muito antes da cruz, antes da criação do mundo, Deus sacrificou seu Filho por amor de nós. Por quê? Porque Deus nos ama de todo o seu coração.
O mínimo que podemos fazer quando erramos é sentir dor (arrependimento) por ter ferido Aquele que se fez nosso Amigo muito antes de termos existido.  Amar a Deus é aperfeiçoar o entendimento para com Ele. É confiar a sua alma nas mãos do Doador. Amar a Deus é coloca-Lo em primeiro e acima das consequências dos nossos atos, pois no juízo Ele não falhará conosco.
·         Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo. (1Jo. 4:17)
Amamos a Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, e de todo o nosso entendimento? Que cada cristão se certifique disso.


“Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”

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