sábado, 5 de novembro de 2016

O Toque das Trombetas. Parte 2

O tempo fechará. O mundo se aperceberá que as coisas não serão mais as mesmas. A negação do juízo divino, por parte da humanidade na primeira, segunda e terceira trombeta, em nada adiantará.
Deus dará um sinal inegável, irrefutável, que colocará toda a humanidade em êxtase.

A apreensão será tão grande que a humanidade se desnorteará no tempo. Mas, é mesmo em meio a esta apreensão, que Deus fará com que os seus servos percebam o sinal, que antecederá os três ais que soprarão sobre a terra.

Como disse no vigésimo terceiro paragrafo da "parte 1" deste artigo: Nem todo acontecimento que ocorre devido ao toque das trombetas são ventos dirigidos aos homens. É só olharmos pra o fato de que na primeira até na quarta trombeta o juízo divino está direcionado sobre a natureza e astros. Por mais que indiretamente morram pessoas durante as ocorrências destas quatro trombetas, o foco principal destas não é o homem. O foco são os astros e a natureza.

Já quando olhamos para a quinta e sexta trombeta o foco principal é o homem. Isto fica tão claro porque os seres que guerreiam contra a humanidade lhes são dado ordens de não afetar nenhuma árvore, erva da terra, nem mesmo que tocassem nas verduras. Os únicos homens que também não devem ser tocados são os 144.000 Israelitas, os selados.

Aqui nestas duas trombetas (quinta e sexta) vemos claramente que o foco muda de direção. Passa da natureza e astros e vira-se para a humanidade. Vemos claramente que os seres intervenientes na quinta e sexta trombeta sopram ventos sobre a humanidade.

Estes dois ais que estão por vir, após a quarta trombeta tratam-se de guerras (ventos) que assolarão (soprarão) exclusivamente sobre o homem, sem afetar os astros e a natureza. Logo, não há nenhum motivo para interpretarmos a saraiva (primeira trombeta), o monte grande (segunda), a grande estrela (terceira) ou o sol, a lua e as estrelas (quarta trombeta) que não têm o foco no homem como ventos (guerras) entre exércitos, até porque em meio às trombetas não há nenhum texto que apoia guerra entre os homens.
  • O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que havia caído do céu sobre a terra. À estrela foi dada a chave do poço do Abismo. (Apoc. 9:1)
Quem é esta estrela que abre o poço do abismo? Esta estrela é a mesma que cairá quando o terceiro anjo tocar a sua trombeta. É o Absinto que vai cair do céu e na sua cólera intentará o mal sobre a criação (natureza) de Deus. Sabendo que pouco tempo lhe resta, envenenará a terça parte dos rios e fontes de água.

Sei que muitos estudantes de escatologia dizem que aqui o anjo caído se trata de Satanás. Sim, na verdade este ser é Satanás, o grande dragão, a antiga serpente, que daqui a alguns anos estará entre os homens e abrirá o abismo, conforme foi mostrado a João.

Mas, espera um pouco, Artur! O abismo existe? Abismo não é a terra sem forma e vazia?

Muitos têm se deixado levar pela teoria de que abismo não existe. E fruto disto, descartam a possibilidade de que os seres que saem do abismo sejam anjos. Fruto disto, rejeitam a possibilidade de futuramente aparecerem demônios a atormentarem a humanidade. Preferem antes acreditar que são homens comandados por satanás que guerrearão contra os servos de Deus, ou guerras entre nações.

Amigos, o abismo existe. O abismo é um dado real. Não é o facto de desconhecermos o seu paradeiro que faz dele inexistente. E a bíblia prova isto mesmo.
  • E perguntou-lhe Jesus, dizendo: Qual é o teu nome? E ele disse: Legião; porque tinham entrado nele muitos demônios. E rogavam-lhe que não os mandassem para o abismo. (Lc. 8:30,31)
Se o abismo fosse um lugar inexistente, ou fosse a terra sem forma e vazia, a Legião de anjos que se apossou daquele homem nunca pediria ao Messias, que não os enviassem ao abismo. Se os anjos acreditassem que o abismo não existia naquele contexto, nem existem no nosso contexto atual, os anjos simplesmente aceitariam qualquer castigo. E ainda, se o abismo fosse a terra sem forma e vazia, então, o Messias e toda a humanidade viviam na terra sem forma e vazia.

Por que houve repulsa ao abismo por parte desses anjos? Porque o Abismo encobre da humanidade o lado mais perverso, o lado mais violento do mal. É ali que se encontram muitos demônios de satanás e que sairão para se cumprir o que o próprio Deus profetizou.
  • Pois Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo. (2 Pe. 2:4)
Seria ilógico afirmar que não existe abismo, ou ser a terra sem forma e vazia, uma vez que o próprio Deus, atempadamente, nos mostrou que existem anjos malignos em uma parte desconhecida da humanidade chamada abismo ou trevas. Pedro na sua carta não disse que Deus vai prender os anjos que pecaram. Pedro disse que Deus os prendeu (o verbo não está no futuro). E prendeu-lhes, porque com certeza há um propósito em Deus, pra agir assim.

O Abismo é real. É um lugar de trevas. Um lugar de escuridão. Um lugar que qualquer pecador angelical existente estremece só de pensar, pois é um lugar preparado para os mais perversos entre estes seres.

A realidade do abismo é um facto, como é facto a existência dos seres que de lá sairão. Não são homens comandados por satanás, como muitos preferem acreditar. São os correligionários de satanás armados para a guerra (vento). Esta guerra tem um alvo único, a saber: A humanidade no seu todo.
  • Quando ela abriu o Abismo, subiu dele fumaça como a de uma gigantesca fornalha. O sol e o céu escureceram com a fumaça que saía do abismo. Da fumaça saíram gafanhotos que vieram sobre a terra, e lhes foi dado poder como o dos escorpiões da terra. Eles receberam ordens para não causar dano nem à relva da terra nem a qualquer planta ou árvore, mas apenas àqueles que não tinham o selo de Deus na testa. (Apoc. 9:2-4)
Ordens expressas são passadas a estes anjos. A relva da terra, as plantas, as arvores e os selados não devem ser visados nesta guerra. Mas, aqueles que não tiverem o selo do Deus vivo, tal como no Egito (anjo da morte), os anjos do abismo assolarão os não selados.

Amigos, não se deixem enganar. Os selados só são 144.000, e são Israelitas. Neste juízo Deus não separou ninguém além dos selados. Todos os restantes serão visados nesta guerra, levada a cabo pelos anjos do abismo. Sabes por quê? Porque nesta guerra nenhuma alma se perderá.
  • Não lhes foi dado poder para matá-los, mas sim para causar-lhes tormento durante cinco meses. A agonia que eles sofreram era como a da picada do escorpião. Naqueles dias os homens procurarão a morte, mas não a encontrarão; desejarão morrer, mas a morte fugirá deles. (Apoc. 9:5,6)
O tormento durante cinco meses sobre a humanidade será um castigo (juízo Divino) direto sobre o homem pelos males feitos. Mas ainda assim, pelo Seu amor, Deus não dizimará a humanidade neste castigo e nenhuma alma morrerá, embora os homens desejarão a morte.

E esta é a maior prova que estes seres que saem do abismo não podem ser homens que guerreiam com outros homens. Porque não existe nenhuma guerra em que em ambos os exércitos não haja perdas de homens. Não existe nenhuma guerra em que os exércitos não destroem arvores, ervas e plantas. Os textos são claros em afirmar que nenhuma planta, erva ou arvore será destruída. São claros em afirmar que ninguém morrerá, nem mesmo o maior ímpio da terra.

Creio que este castigo é destinado a refletirmos os males que fizemos até então. Se o próprio Deus de amor solta demônios para nos atormentarem, é porque este tormento tem a finalidade de alertar o homem do pecado.
  • Os gafanhotos pareciam cavalos preparados para a batalha. Tinham sobre a cabeça algo como coroas de ouro, e o rosto deles parecia rosto humano. Os cabelos deles eram como os de mulheres e os dentes como os de leão. Tinham couraças como couraças de ferro, e o som das suas asas era como o barulho de muitos cavalos e carruagens correndo para a batalha. Tinham caudas e ferrões como de escorpiões, e na cauda tinham poder para causar tormento aos homens durante cinco meses. (Apoc. 9:7-10)
As caraterísticas destes seres em nada se assemelham a homens ou máquinas usadas pelos homens na guerra como alguns interpretam. Os homens não têm asas. As máquinas não têm cabeças, nem rosto e muito menos rosto parecidos aos dos homens. Nem João poderia ser tão ignorante que não saberia identificar o ser vivente de uma maquina. Não creio.
  • Tinham um rei sobre eles, o anjo do Abismo, cujo nome, em hebraico, é Abadom, e, em grego, Apoliom. (Apoc. 9:11)
Há um detalhe neste verso que tem passado despercebido a muitos leitores. Pois para além de apontarem para os seres que saem do abismo como homens, identificam o rei do abismo como satanás.

É um erro. E muito comum entre os leitores. Mas, numa descrição detalhada do verso não temos como identificar o Abadom ou Apoliom a pessoa de satanás. Vejamos a cronologia dos acontecimentos que João detalhou até a quinta trombeta:

O terceiro anjo toca a sua trombeta e a grande estrela (satanás) cai. Ao cair envenena os rios e as fontes das águas. Depois lhe é dado à chave do poço do abismo e este o abre. Ao abrir saem de lá seres que atormentam os homens.

Amigos, satanás não entra sequer no abismo. Logo não pode ser o anjo do abismo. Satanás é a estrela (anjo) caída do céu que abre o abismo, não o anjo que sobe do abismo. Como o texto diz, os seres que subiram do abismo tinham sobre eles um rei, "o anjo do abismo". Esta identificação: "o anjo do Abismo" que João descreve, denota superioridade deste anjo em relação aos demais, que de lá saíram com ele. É como se o texto quisesse transmitir assim:
  • Tinham um rei sobre eles, o Senhor do Abismo, cujo nome, em hebraico, é Abadom, e, em grego, Apoliom. (Apoc. 9:11)
Então, torna-se claro que entre os anjos do abismo há um rei de nome Abadom em hebreu, ou Apoliom em grego. Rei este que quando saírem do abismo comandará os restantes anjos do abismo numa ofensiva contra a humanidade.
  • O primeiro ai passou; dois outros ais ainda estão por vir. (Apoc. 9:12)
A primeira dor (ai) já passou, eis que mais duas dores (ais) virão sobre os homens...
  • O sexto anjo tocou a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das pontas do altar de ouro que está diante de Deus. Ela disse ao sexto anjo que tinha a trombeta: Solte os quatro anjos que estão amarrados junto ao grande rio Eufrates. (Apoc. 9:13,14)
Uma ordem vinda de uma das pontas do altar de ouro é dada ao sexto anjo. A ordem dada é para soltarem os quatro anjos que estão amarrados nas proximidades do grande rio Eufrates. Talvez a pergunta que colocaríamos fosse: Se este rio é sobejamente conhecido, como é que até aqui nunca se visualizou anjos amarrados? Provavelmente porque para se vir anjos tem de se ter a aprovação de Deus. Pois tanto os anjos de Deus são espíritos ministradores (Heb. 1:14) como os demônios são espíritos malignos ou imundos (Luc. 8:2; 9:42). E espíritos são invisíveis. Não são para serem vistos, a menos que Deus conceda ao homem, como concedeu a João, Daniel e outros esta visão.
  • Os quatro anjos, que estavam preparados para aquela hora, dia, mês e ano, foram soltos para matar um terço da humanidade. O número dos cavaleiros que compunham os exércitos era de duzentos milhões; eu ouvi o seu número. (Apoc. 9:15,16)
Estes quatro anjos não são os anjos do Deus vivo. Estes quatro anjos não estão nos quatro cantos da terra (Apoc. 7:1), estão junto do rio Eufrates e comandam um exercito enorme de duzentos milhões de anjos. Ou seja, os quatro anjos que seguram os ventos sobre a terra, mar e arvores em nada tem haver com os quatro anjos que estão amarrados junto ao grande rio Eufrates. Pois nenhum anjo que serve ao Eterno é amarrado. E a sexta trombeta é ainda mais clara a respeito dos seres intervenientes. Afirma que são anjos e que estão amarrados, mas que serão soltos para matar.

Por mais que contornemos esta trombeta. Por mais que interpretamo-la do nosso jeitinho. Uma coisa precisamos perceber: João não escreveu cada palavra ou frase para enfeitar sua profecia. Tudo o que escreveu cada palavra, cada detalhe, cada frase foi por ordem Divina e cumprir-se-á na integra, tal como está escrito.

Se esta profecia se tratasse de homens, então, os amarrados junto ao grande rio Eufrates também teriam de ser homens. E não o que o texto disse.

Amigos, Deus soltará os quatro anjos que estão amarrados nas proximidades do rio Eufrates, para que estes junto com os seus exércitos de duzentos milhões de anjos dizimem a humanidade na sua terça parte. Haverá mortes atrás de mortes, numa guerra invisível (a menos que Deus nos conceda a visão destes seres).

Por esta altura a humanidade já estará sofrendo com o corte significativo da população, quando um quarto da população mundial morrer (quarto selo) devido aos conflitos entre as nações. Ao adicionarmos a terça parte da população mundial morta nesta trombeta, o numero de pessoas no mundo sofrerá um revés significativo.
O que significa que cumprida esta profecia metade da população mundial morrerá. Metade dos homens existentes na terra expirará.
  • Os cavalos e os cavaleiros que vi em minha visão tinham este aspecto: as suas couraças eram vermelhas como o fogo, azul-escuras, e amarelas como o enxofre. A cabeça dos cavalos parecia à cabeça de um leão, e da boca lançavam fogo, fumaça e enxofre. Um terço da humanidade foi morto pelas três pragas de fogo, fumaça e enxofre que saíam das suas bocas. O poder dos cavalos estava na boca e na cauda; pois as suas caudas eram como cobras; tinham cabeças com as quais feriam as pessoas. (Apoc. 9:17-19)
Por causa destas passagens muitos são levados a crer que se trata de maquinas de guerras e não de cavalos e cavaleiros. Não posso deixar de dizer que por mais que se rejeite a possibilidade de serem cavalos, João não seria tão ignorante a ponto de confundir e trocar uma maquina por um animal. Uma vez que desde há muito tempo sempre existiram carros de guerra, catapulta e outros.

Amigos, desta vez os anjos armados para a batalha com suas couraças virão a cavalo, que por sua vez, apresentarão caraterísticas que diferem de um cavalo comum ou da terra. Serão os cavalos que matarão um terço dos homens na terra. E por serem seres invisíveis, suas ações serão vistas como pragas que assolarão o mundo, a saber: fogo, fumaça e enxofre.
  • O restante da humanidade que não morreu por essas pragas, nem assim se arrependeu das obras das suas mãos; eles não pararam de adorar os demônios e os ídolos de ouro, prata, bronze, pedra e madeira, ídolos que não podem ver nem ouvir nem andar. Também não se arrependeram dos seus assassinatos, das suas feitiçarias, da sua imoralidade sexual e dos seus roubos. (Apoc. 9:20,21)
As investidas destes seres angelicais sobre a humanidade não serão ilimitadas. Um terço é o numero limite de mortes. Mas, mesmo em meio a todo este sofrimento. Mesmo em meio a todo o temor que estas mortes provocarão a humanidade, esta não se arrependerá das obras das suas mãos. As mortes misteriosas (matança por meio de espíritos malignos) não demoverão os homens dos seus maus caminhos.

E após este cenário algo assustador é revelado indiretamente. O anjo não disse a João que o segundo ai (dor) havia passado. Logo, pressupõe-se dizer que, o segundo ai (dor) é ainda maior do que esperamos, pois não termina com aquilo que é descrito somente no capitulo 9. E esperam-se ainda mais dores, que completarão o segundo ai (dor).



“Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”
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